10 de agosto de 2011

A política de direita e as alternativas

Tarde piaste... mas, mais vale tarde que nunca

Andam há anos a querer convencer-nos que as medidas económicas de austeridade, flexibilização do desemprego, ataque à legislação laboral, aumento dos impostos sobre o trabalho, etc., são as medidas necessárias para resolver os problemas que esta mesma política criou.

Dizem eles que não há alternativa.

Os que têm afirmado que é preciso uma ruptura com esta política, que é preciso mudar de rumo, e que as medidas a tomar devem ser exactamente ao contrário do que estão a fazer, esses, têm sido silenciados.

Os Governos há anos que nos dizem que no ano seguinte tudo se irá resolver. Para isso é preciso fazer os trabalhos de casa, então:
Aumentam os impostos.
Sobem os preços dos bens essenciais incluindo a alimentação.
Reduzem os salários... e tudo o mais que bem conhecemos.

Fazer os trabalhos de casa

Veio a troika a Portugal e, sapientemente, impôs "novas" medidas, sempre iguais às que têm sido aplicadas.
A troika portuguesa (PS; PSD e CDS-PP), agora com o apoio da troika estrangeira, confirmou essas medidas como boas e, novamente, garantiu que é preciso continuar a fazer os trabalhos de casa.

Os comentadores, os analistas, os politólogos, pagos pelos interesses dos que lucram com estas medidas, (sim, porque os mais ricos estão cada vez mais ricos) vêm todos os dias à televisão dizer que é preciso mais. Cada vez mais austeridade. Retirar mais dinheiro aos pobres -  "porque são muitos e já estão habituados" como dizia Salazar.
Contudo, as medidas aplicam-se, são cada vez mais duras para quem trabalha, (Passos Coelho foi para férias mas avisou: "os sacrifícios exigidos aos portugueses não serão suaves" ). Os trabalhos de casa são feitos mas a economia dos países está cada vez pior.


O que eu ouvi... calculem!

Hoje ouvi pela primeira vez um dos tais comentadores, reconhecer que as mesmas medidas não podem continuar e que os bancos têm que fazer sacrifícios. Admitiu mesmo ter que haver reestruturação das dívidas mesmo que isso implique prejuízos para os bancos.

Eu vou guardando o que foi dito e escrito, os vídeos das raras entrevistas a políticos e economistas de esquerda, (recordo a entrevista de Carlos Carvalhas no Prós e Contras, e muitas das Intervenções de Jerónimo de Sousa, de Bernardino Soares, de António Filipe, de João Ferreira, de Honório Novo, de Agostinho Lopes, e outros deputados do PCP na Assembleia da República).

A Televisão têm escondido essas opiniões, tem silenciado as propostas que não sejam as que defendem os banqueiros e os grandes capitalistas especuladores. No entanto, nem a televisão nem os politólogos, nem os comentadores, poderão esconder por muito mais tempo que esta política não serve, que o sistema capitalista está numa crise que não tem solução, numa crise que interessa a alguns mas que acabará por arruinar todos.

Muitos dos que agora fecham os ouvidos às alternativas de esquerda, dos que sempre foram “educados”, "formatados", para não ouvir os comunistas, vão torcer a orelha e dizer “afinal os comunistas é que tinham razão”.

Ver ainda:

A Alternativa


Avivar a memória dos esquecidos





Etc.

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