25.09.28
Os meios de comunicação modernos
A direita capitalista apodera-se dos meios de comunicação desenvolvidos pela ciência e novas tecnologias para difundir a sua ideologia e manipular as pessoas, convencendo-as a votar em partidos que defendem interesses privados contra os da maioria. Estamos perante uma verdadeira guerra ideológica em que a direita tem meios muito poderosos que precisamos de combater com imaginação e criatividade das massas populares.
A extensão da luta ideológica
A luta ideológica é permanente, por ela somos influenciados por quem tem os meios e ferramentas que atingem as nossas mentes, sentimentos e valores. Ela é estendida pelas pessoas que reproduzem, muitas vezes sem refletir, aquilo que ouvem e veem nos meios de comunicação, na televisão e na Internet.
A ameaça aos valores do humanismo e democracia
A guerra ideológica desenvolvida pela direita, que abre as portas ao fascismo, assume as proporções de uma guerra cultural, de anti-valores, que entrava o progresso das sociedades e prepara o terreno para que as pessoas aceitem ser subjugadas e exploradas.
A Razão e o Sentimento
Algumas camadas sociais e em especial os jovens, dão mais importância ao Sentimento do que à Razão.
A "Guerra Cultural"
A expressão "Guerra Cultural" foi referida nos EUA em 1991 por James Davison Hunter no seu livro a Luta para definir a América. Consiste na intervenção da extrema-direita para impor uma "cultura" anti-humanista de valores retrógrados contra os direitos adquiridos pelas mulheres, pelos trabalhadores, contra a interrupção voluntária da gravidez, contra a paz e o desarmamento, fomentando o medo, através de linguagem vazia de conteúdo, linguagem emotiva e de ódio, com ofensas a adversários, utilizando o palavrão como forma de autoridade, mentindo sem pudor, deturpando os factos, os contextos e a história, com o objectivo declarado de destruir o comunismo.
A criação de laboratórios de ideias, think tanks, gabinetes estratégicos, centros de pensamento ou centro de reflexão, que influenciam intelectuais e univer4sidades, a utilização dos algorítmos na Internet amplificam esta guerra híbrida.Os exemplos recentes
A CIA elaborou manuais de utilização destas práticas para as "revoluções coloridas" e para derrube de governos na forma que designou de "Golpes Brandos". São exemplos mais recentes da utilização deste tipo de guerra híbrida, ou Guerra Cultural as ações de Bolsonaro, de Milei e até de Trump.
O "manual" da CIA contempla várias fazes desta "guerra":
Promover a instabilidade com ações fomentadas e financiadas para criar mal-estar social.
Utilizar os meios de comunicação para ampliar e difundir acontecimentos, verdadeiros ou não.
Promover lutas nas ruas com reivindicações que influenciem as pessoas.
Criar um clima de ingovernabilidade que possa provocar novas ações de protestos.
Se possível criar situações de ocupação de instituições e de terrorismo que exijam a intervenção de forças militares e policiais.
etc.
O uso da mentira na política
Embora não exista a verdade absoluta é desejo honesto a sua procura através dos avanços da ciência e de todas as formas possíveis.
O uso da mentira, em especial na política, é uma prática de quem procura impor uma ideia para dominar ou manter o domínio que não corresponde aos interesses mais gerais da coletividade. É famosa a frase do nazi que Goebbels ensinava os seus servidores: "uma mentira contada mil vezes acaba por ser tornar numa verdade".
Hoje, os que pretendem manter o domínio indispensável para poderem continuar a subjugar ou explorar, precisam de enganar, para fazer crer à maioria que, como dizia Goebbels, os males que as pessoas sentem são culpa da oposição.
O uso da emoção para fazer vingar a irracionalidade
Os textos mais antigos deste separador foram colocados (aqui) no blogue C de Conjeturas
21 de outubro de 2014
Com esta imagem a Visão publica um artigo interessante de Inês Rapazote
O artigo de Inês Rapazote conclui de forma brilhante o que poderíamos chamar "A Febre do Liberalismo Capitalista e as Privatizações". Até à última palavra foi uma conjectura interessante:
"a história divide-se em dois momentos: o tempo antes de Bava e o tempo depois Bava. No primeiro, a PT era uma empresa que, apesar de ter ultrapassado os 20 mil funcionários, era considerada "familiar". Pública, com uma tecnoestrutura muito forte, foi crescendo e investido e espalhando a sua operação pelo País e, depois, pelo mundo. Depois de Bava, a PT entrou no mundo moderno, global, dominado pelos mercados financeiros. Comprou, vendeu, fundiu-se".
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