Ora toma!
Não acredito que a senhora Isabel Stilwell seja tão parva como mostra no seu Editorial do Destak de 17/02/2011, que só hoje vi por uma referência no Facebook. Certamente parva não é, pois, quem se faz de parva tão bem como mostra, deve ser bem competente. Por isso as suas funções num grupo económico que domina uma boa parte da comunicação social em Portugal. A tal comunicação dita "social" que manipula a informação de acordo com as ordens do dono, ou as ordens que o dono recebe dos seus donos. É assim que se moldam as mentalidades.
Voltando ao Destak, de acordo com as palavras de um dos 1585 comentadores que puderam exprimir-se livremente, pois muitos foram censurados, "O jornal destak é distribuido pela Cofina Media, do qual fazem parte, entre outras edições, a revista Sábado, a Revista GQ, a Automotor, a Rotas & Destinos, a PC Guia, a Máxima, a Máxima Interiores, a TV Guia, a Vogue, a flash!, a semana informática, o Jornal Record, o Jornal de Negócios, e (imagine-se) o Correio da Manhã (porque é que isso não me deixa surpreso?)". Seguidamente o comentador Joaquim Ribeiro avança com a sugestão de manifestar o repúdio por tal editorial, cancelando e boicotando a compra de qualquer daqueles jornais e revistas, para que "esta Sra. vá para o fundo de desemprego, para assim começar a fazer parte da solução, e deixar de fazer parte do problema".
Na realidade, os 1585 comentadores, foram um desmentido às torpes acusações da Directora do Destak e, uma prova de que, apesar das acusações parvas, os jovens não se deixam levar como cordeirinhos (tal como se deixam levar alguns "jornalistas") por quem os quer escravizar ou, mais propriamente, os quer explorar, como mão de obra barata para os altos lucros de alguns.
Isto, de quem é parvo, chamar parvo a outros, fez-me lembrar uma quadra de António Aleixo, a quem peço desculpa por trocar uma palavra.
Dizem que pareço um parvalhão
Mas há muitos que eu conheço
Que não parecendo o que são
São aquilo que eu pareço.
Agora digo eu:
Não fora eu gerar
um problema de rima
bem deveria trocar
parvalhão por parvalhona.
Li o artigo e só não fiquei também parva porque conheço o estilo da criatura. Petulante, "intelectual" de jet-set,atreve-se a fazer um editorial desprovido de inteligência e bom senso. A reacção da geração que ofendeu reagiu prontamente, como seria de esperar. Que anda esta criatura a fazer no mundo se não percebe patavina do que está a acontecer à sua volta, fora do círculo de protegidos e protectores que lhe dão, por enquanto, trabalho? Há cada uma!!!!
ResponderEliminarEnganei-me e escrevi "reagiu prontamente" em vez de "foi pronta".
ResponderEliminarParvo devo ser eu que não entendo o que "a Diolinda" quer dizer com "Eu fico a pensar, que mundo tão parvo, onde para ser escravo é preciso estudar"
ResponderEliminarSerá que a escravidão só atinge os que estudam?
Se não se estudar não se corre esse risco?
Basta de tanta parvoice.
Boa Tarde Jorge. A explicação que procura, talvez a encontre na resposta do Jovem Gonçalo Marques que está reproduzida em http://www.facebook.com/note.php?note_id=10150140354846421&id=544036420
ResponderEliminarem especial no seguinte parágrafo: Tal não é o meu espanto que quando acabo o curso e sou obrigado a fazer um estágio profissional de 2 anos (inerente à profissão de advogado em que pretendia ingressar) e me dizem que não existe nenhuma obrigatoriedade de pagamento de tal estágio, ou seja, seria um escravo (é essa a definição que tenho). Tentei vários escritórios de advogados e havia sim os que realmente pagavam aos seus estagiários (cerca de 5%), mas as funções eram sempre as mesmas e pouco ou mesmo nada se aprendia (o estágio serve para isso mesmo, aprender!). Optei por um escritório de advogados mais pequeno em que pudesse realmente aprender qualquer coisa, mas tal como 95% dos escritórios em que fiz entrevistas, este não pagava aos estagiários. TORNEI-ME UM ESCRAVO! Ou melhor, PIOR QUE UM ESCRAVO pois pagava para trabalhar (despesas de transporte, alimentação, telemóvel, entre outras). E no meio disto tudo, como pagava essas despesas!?
Resumindo: Um jovem é obrigado a estudar para arranjar um emprego sem garantia de remuneração.
Está explicado?
Amigo Eduardo. Pois lamento mas não está explicado. Não foi isso que perguntei! Se reler as perguntas verificará que não me respondeu.
ResponderEliminarPara além de considerar que comparar a situação agora descrita à escavatura, é não ter a devida consideração e respeito, pelo sofrimento e condição deplorável dos verdadeiros escravos. Será lamentável a situação do estagiario, mas não sejamos demagogos na utilização da linguagem, única razão que encontro para o sucesso duma canção tão pobre musical e literáriamente.
Esta é mais uma razão, para além das subentendidas nas minhas perguntas, para entender que a frase da "Deolinda" é infeliz e despropositada.
A menos que a demagogia fosse um objetivo comercial, e então aí rendo-me á sua inteligência. Boa noite.
Amigo Jorge
ResponderEliminarCreio que sabe que qualquer poeta, cantor ou mesmo romancista, utiliza metáforas para caracterizar o que pretende descrever. Uma poesia, uma canção não é um discurso político. Portanto é inútil, e isso sim demagógico, interpretar o rigor das palavras em vez de interpretar o sentido que representam. Sentido comercial pode ser uma explicação também demagógica para qualquer canção de sucesso. Por isso esse julgamento é variável consoante a pessoa vê ou não um conteúdo que faça pensar, que acrescente algo à nossa consciência social.
Experimente o amigo Jorge percorrer as letras das canções dos indiscutíveis cantores ou poetas e verificará que imagens como as dos Deolinda todos têm.
Poeta Castrado, Não!
ResponderEliminarSerei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
Da fome já não se fala
--- é tão vulgar que nos cansa ---
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
--- a morte é branda e letal ---
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
--- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
--- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
José Carlos Ary dos Santos
Bom dia amigo Jorge
ResponderEliminarCreio que foi um bom exemplo de um grande poeta contemporâneo. Entretanto publiquei no separador Cortes e recortes, um texto que vi noutro blogue. http://c-de.blogspot.com/p/cortes-e-recortes.html