09 setembro 2025

É preciso proteger o autêntico jornalismo e combater a hegemonia na informação

Cada vez mais é preciso vencer a luta pela verdade contra a falsificação da História.

Comunicadores da América Latina e das Caraíbas reunidos no Fórum de Media do Sul Global 2025, realizado em Kunming, na China com mais de 500 participantes de 110 países e regiões de todo o mundo, bem como mais de 1.000 meios de comunicação consideraram importante construir uma narrativa que desafie a supremacia e a hegemonia dos poderosos media internacionais.

“Estar aquí reunidos mostra que estamos decididos a trabalhar juntos, superar nossas dificuldades, cooperar e aprender a contarmos uns com os outros”, afirmou a presidente da TeleSUR, Patricia Villegas. Foto: Xinhua.


Erika Hoffmann, presidente do Serviço Nacional de Comunicação Audiovisual (SECAN) do Uruguai e diretora do Canal 5, defendeu que a chave está em "romper com a narrativa hegemónica que nos faz pensar que só uma coisa está a acontecer no mundo". Salientou que é preciso proteger o jornalismo autêntico, reconhecer e expressar a diversidade humana perante narrativas assentam em preconceitos: "Temos uma diversidade de culturas no Sul e em todo o mundo, que merece ser contada".

A Importância de Contar as Nossas Histórias

Os participantes do fórum concordaram que é crucial mostrar as narrativas das regiões do mundo. Luis Laínez, diretor do jornal El Salvador, destacou o benefício do intercâmbio profissional de jornalistas.

A presidente do canal de notícias multinacional TeleSur, Patricia Villegas, defendeu um trabalho conjunto. “Temos de pensar e agir como se cada um dos nossos veículos de comunicação fosse uma janela para os outros. Temos de trabalhar em conjunto”. Disse que mais jornalistas latino-americanos e caribenhos estejam na China, e vice-versa, para contar as narrativas de uns e dos outros e mostrar os pontos em comum, apesar das distâncias geográficas: “Partilhar verdadeiramente, falar em conjunto, aprender uns com os outros, será a chave para desafiar a hegemonia da comunicação que atualmente mantém o mundo sob controlo”, concluiu.

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