70 anos dos bombardeamentos nucleares contra Hiroxima e Nagasáqui
Pela sua importância e significado para os dias de hoje, quando os Estados Unidos da América espalham a guerra no mundo e desenvolvem as mais terríveis armas para mostrar a hegemonia do seu poder imperialista, publicamos o veemente apelo do Conselho Português para a Paz e Cooperação:
Os bombardeamentos atómicos das duas cidades japonesas – sem qualquer importância para o desfecho da guerra – constituíram acima de tudo uma aterrorizante demonstração de superioridade militar por parte dos EUA. Pela sua própria natureza, a arma atómica não tem como destino a utilização na frente de batalha, mas sim as populações civis e os centros urbanos e industriais.
Para além das 250 mil mortes provocadas no imediato, e nos dias subsequentes, os bombardeamentos atómicos deixaram uma herança de sequelas graves nas populações vizinhas: a proliferação de doenças cancerígenas e malformações genéticas, que persistem hoje, sete décadas passadas, atribuídas à exposição às radiações ionizantes e às substâncias radioactivas.
Num momento em que muitos milhões de seres humanos são confrontados com a regressão das suas condições de vida e dos seus direitos, as despesas militares mundiais atingiram, em 2014, qualquer coisa como 1,8 biliões de dólares, parte considerável dos quais canalizados para a manutenção e modernização de armas nucleares.
Reafirmando o seu compromisso com a construção de um mundo de justiça e paz o CPPC presta homenagem às vítimas das armas nucleares lançadas em Hiroxima e Nagasáqui, e exige:
-Que nunca mais se repita o holocausto nuclear;
-A abolição das armas nucleares e de extermínio em massa e o desarmamento geral e controlado;
-O cumprimento das determinações da Constituição da República Portuguesa e da Carta das Nações Unidas, em respeito pelo direito internacional e pela soberania dos Estados e igualdade de direitos dos povos.
Sem comentários:
Enviar um comentário