Recente relatório de segurança alimentar da ONU mostra a situação de fome generalizada em Gaza. António Guterres, Secretário Geral da ONU, revela a impotência desta organização para intervir. Mais de meio milhão de pessoas em Gaza estão passando fome.
O genocídio que Israel tem vindo a cometer e que afeta, na maioria, crianças e idosos, é um crime contra a humanidade, reconhecido pela generalidade dos países na ONU. Contudo Estados Unidos, União Europeia e muitos dos países ricos do “ocidente” nada fazem para impedir esta situação, numa evidente cumplicidade com Israel.
O relatório da ONU chama a atenção para o facto de ser «a primeira vez que a fome é declarada no Oriente Médio». Estima-se que até ao final de setembro, mais de 640 mil pessoas enfrentarão níveis "catastróficos" de insegurança alimentar, em toda a Faixa de Gaza.
A fome não tem a ver com a falta de comida, pois é o colapso deliberado provocado pelo boicote que Israel faz à distribuição de alimentos. A monstruosidade é tal que Israel mata as pessoas que se dirigem aos locais na procura de alimentos.
As agências da ONU têm destacado a extrema urgência de fornecer ajuda humanitária imediata e em larga escala, dada a escalada de mortes por fome. Centenas de milhares de pessoas passam dias sem ter o que comer.
António Guterres, reconhece que Israel não cumpre o direito internacional, incluindo o dever de garantir alimentos e suprimentos médicos para a população. Contudo não é capaz de exigir medidas para que os países da ONU ultrapassem o boicote feito pelos EUA, UE e países cúmplices de Israel. Diz que «não é mais possível tolerarem-se desculpas e a “negação de Israel”», mas as palavras, "levadas pelo vento", nada resolvem.
A intensificação da ofensiva militar em Gaza tem consequências ainda mais arrasadoras para os civis, onde a fome já mata centenas de pessoas e mais de 12 mil crianças foram identificadas como gravemente desnutridas — o maior número mensal já registado e um aumento de seis vezes desde o início do ano.
O coordenador de Ajuda de Emergência da ONU, Tom Fletcher, disse que os alimentos para Gaza “estão sendo acumulados na fronteira e Israel proíbe a entrada dos carregamentos.”
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