Muitas acusações de fraudes eleitorais e ilegalidades, levam "hackers" a bloquear os sites que as denunciavam
Hackers bloquearam o acesso às edições online dos jornais Kommersant e Slon, da revista New Times e outros como o site Golos, da organização de observadores independentes que tem estado a acompanhar as eleições russas.
A Golos criou uma página online que agregava as denúncias de todas as irregularidades relacionada com a campanha e com o dia das eleições propriamente dito e onde surgiram exemplos de 4000 casos concretos, 3000 dos quais relacionados com o partido Rússia Unida. A polémica criada por esta acção foi de tal forma grande, que a directora desta organização não governamental foi detida quando regressava ao país.
Alexeï Venediktov, director da Ekho Moskvy, denunciou no Twitter, "que o carácter massivo dos ataques coloca em causa a legitimidade do processo eleitoral". Também Maxim Kashulinsky, director do Slon denunciou, à Reuters, que “existe um sentimento de que a Comissão Eleitoral Central da Rússia e os hackers estão a agir juntos”.
Segundo contou à AFP Dmitri Merechko, porta-voz da Golos, a organização recebeu cerca de 50.000 tentativas de visita por segundo, o que bloqueou o site. Na semana anterior às eleições os colaboradores da organização tiveram os seus emails bloqueados. O ciberataque tentou também atingir a plataforma Live Journal.
O Presidente Dmitri Medvedev recusou-se a comentar as alegadas situações de fraude que têm ensombrado estas legislativas. A comissão eleitoral também não quis fazer comentários.
O Rússia Unida não deverá ter grandes dificuldades em confirmar uma vitória, mas o descontentamento é crescente e deverá impedir-lhe o domínio absoluto que têm. Analistas admitem a perda na Duma da maioria constitucional do Rússia Unida, liderado por Vladimir Putin.
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