23 de maio de 2011

Avivar a memória dos esquecidos

Os últimos anos de política em Portugal


Creio que não é preciso repetir que a direita governa, ou desgoverna, o país há 35 anos.

Recordemos, resumidamente, os últimos dez anos que são ilustrativos.
Depois de três Governos consecutivos de Cavaco Silva (PSD), Guterres, (PS) culpando o governo anterior, pediu sacrifícios aos portugueses prometendo que a adesão ao Euro nos traria prosperidade num futuro próximo. Foi um "falhanço" total que, em 2002, o levou a pedir a demissão e a refugiar-se no Alto Comissariado para os Refugiados. 


Entrou Durão Barroso (PSD), em sociedade com CDS, afirmando que o país estava de "tanga", e pediu mais sacrifícios para recuperar a economia. Ao fim de dois anos, com a tanga ainda mais rota, Durão Barroso, abandonou o Governo e foi para Presidente da Comissão Europeia. Santana Lopes, que desgraçou Lisboa, substituiu Durão Barroso, para continuar a desgraçar o país, com o CDS a ajudar. 


Ao fim de um ano de desastres, perde as eleições para Sócrates (PS) que, para "salvar" o défice orçamental, continuou a política de privatizações e de sacrifícios dos anteriores. 


Na campanha eleitoral, Sócrates disse que a taxa de desemprego era de 7,1%. e "que esse número é bem a marca de uma governação falhada, de uma economia mal conduzida". Prometeu entre muitas coisas, 150.000 empregos. 


Sócrates e as constantes mentiras


A um ano do final do primeiro mandato a taxa de desemprego era de 8.4%. Então, a crise do capitalismo, nos Estados Unidos, serviu de desculpa para as dificuldades que já não podia disfarçar. Apesar disso, não se inibe de contratar os serviços dos que fizeram a campanha de Obama, para o ajudar (a mentir) nas eleições de 2009. Sócrates fez por esquecer que tinha criticado a taxa de desemprego de 7.1% em 2005 e que a elevou para 9,4% em 2009. Promete e despromete aumentos e abaixamentos de impostos. Afirma que o pior da crise já passou, que os sacrifícios depressa vão acabar e que 2010 será o ano da recuperação. O povo crédulo, para não dizer pior, acreditou. 
Sócrates (PS) voltou a ganhar as eleições. 


Será que a mentira continua a beneficiar o infractor?


O desemprego, a dívida e os sacrifícios continuaram a aumentar. A situação económica afundou-se ainda mais. 


Aproximam-se novas eleições. Voltam as promessas, as desculpas e a afirmação de que não existe alternativa. 


Mesmo antes das eleições PS+PSD+CDS assinam um contrato com a troika que compromete Portugal à política que imposeram aos portugueses. Mais sacrifícios sem fim à vista e sem qualquer resultado para a salvação necessária.


As troikas bem combinadas


O acordo das troikas interna e externa, não serve Portugal.
Pedir empréstimos para pagar dívidas, ficando com mais dívidas dos novos empréstimos, nada resolve. Pelo contrário. Juros em cima de juros.
Quem ganha com isto? Certamente os Bancos. 


É mentira que não há alternativa. 


A alternativa existe mas não convém aos bancos. 
A alternativa é renegociar a dívida enquanto é tempo, é aumentar os impostos aos bancos e às mais valias especulativas e canalizar o dinheiro para apoio à nossa produção, à agricultura, às pescas e às pequenas e médias empresas para reduzir o desemprego e pôr Portugal a produzir.

A política da troika interna não é incompetência. É a política que convém aos que têm ganho à custa dos trabalhadores. Aos que se dão bem com os favores e negociatas com os dinheiros públicos. Aos que enriquecem com o empobrecimento dos que trabalham.


O voto é uma possibilidade de fazer vencer a alternativa. Uma política patriótica e de esquerda. Uma política para Portugal e para quem produz.


Depois de tudo isto, destes anos de política sempre igual e de desastre, de quem é a responsabilidade?
Será, alguma pandemia de Alzheimer e síndrome de Down? Será "mau olhado"?



Sem comentários:

Enviar um comentário