As revoltas populares no Magrebe e Médio Oriente
Do Conselho Português para a Paz e Cooperação, recebi o convite que passo a divulgar. não só porque considero importante este debate, como o texto que o acompanha, levanta questões que, no debate, poderão ajudar a esclarecer as preocupações que coloquei no meu post de ontem.
Casa do Alentejo
Sexta-feira, 18 de Fevereiro
18.00h
Com
Rui Namorado Rosa - Presidente do CPPC
Carlos Carvalho - Dirigente da CGTP/IN
Adel Sidarus - Professor Universitário, Dirigente do MPPM
Frei Bento Domingues - Dirigente do MPPM
José Manuel Rosendo - Jornalista
O Magrebe e o Médio Oriente vivem tempos de grande convulsão social e política. Sopram ventos de mudança no Mundo Árabe.
No Egipto, Tunísia, Jordânia, Iémen, Argélia, Marrocos - entre outros -os povos, nomeadamente os jovens desempregados e os trabalhadores, tomam as ruas e as praças exigindo emprego, direitos sociais, melhores condições de vida, liberdade, democracia e paz.
A violenta repressão sobre os movimentos populares e cívicos não consegue calar os protestos e desmobilizar as massas populares. Nas ruas ecoam e fortalecem-se as palavras de ordem exigindo a demissão dos responsáveis políticos e o início de processos democráticos
respeitadores da vontade popular.
Os gritos de revolta do Mundo Árabe abrem os noticiários internacionais e o Mundo está de olhos postos nas lutas populares. As principais
potências ocidentais - com destaque para os EUA e a União Europeia - movem-se entre o inevitável reconhecimento das demandas populares e a protecção dos ditadores, fieis guardiões dos seus interesses na região.
Indissociáveis da crise internacional, dos profundos retrocessos e ataques sociais que a caracterizam e da instabilidade da situação
internacional, os acontecimentos nesta região do globo têm já um impacto e importância que vai muito para além das fronteiras nacionais e regionais.
Para analisar os impactos desta onda de luta e de esperança que percorre o Mundo Árabe, a CGTP, o CPPC e o MPPM, juntam-se na organização de um debate público de solidariedade com os povos em luta no Mundo Árabe e de análise dos acontecimentos em curso.
O peso das questões sociais e laborais nos movimentos populares em curso; o passado de luta dos povos árabes e o papel do movimento
operário e sindical nas revoltas populares; as diferentes componentes políticas em presença no terreno e o real alcance das mudanças; a
geo-estratégia regional e a independência e soberania face às principais potências ocidentais; os impactos internacionais das mudanças em curso; os possíveis impactos na luta do povo palestiniano pelos seus direitos nacionais, são alguns dos temas que se pretende abordar num debate que visa o esclarecimento e a acção do povo português em nome da justiça, da liberdade, da democracia, da paz e da solidariedade.
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