Como não podia deixar de ser, perante objetivos tão globais e idênticos, os BRICS e a Organização de Cooperação de Xangai OCX devem trabalhar complementarmente e interligados.
No mundo que se projeta, o principal objectivo é abandonar progressivamente a dependência dos velhos paradigmas ocidentais.
Na Cimeira, foi apresentada a criação do Banco de Desenvolvimento da OCX, tal como o NDB, o banco dos BRICS e paralelo ao Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (AIIB).
Nas estratégias de desenvolvimento delineadas, estão empenhados vários países que estão a cooperar, na prática, em projetos como Iniciativa Cinturão e Rota (em inglês, Belt and Road Initiative - BRI), um projeto estratégico de infraestrutura global lançado pela China em 2013 para construir redes de comércio e transporte, ligando a Ásia com a Europa e a África, tanto por terra (Cinturão Económico da Rota da Seda) como por mar (Rota da Seda Marítima do século XXI) e ainda o Corredor Económico China-Paquistão (CPEC), o Parque Industrial China-Bielorrússia.
A OCX, só por si, abrange quase metade da população mundial, e combinada com os BRICS amplifica o enorme potencial em todas as áreas.
No imediato surgem também como objetivos práticos, o combate ao impacto das sanções impostas pelos EUA. Não é por acaso que estas sanções atingem os quatro principais membros dos BRICS e da OCX, a Rússia, a China, a Índia e Irão.
Foram já aqui assinalados os factos (na mensagem de ontem) que mostram a coincidência de interesses entre esses países.
Modi visitou a China pela primeira vez em sete anos e foi recebido com grande cordialidade por Xi que disse: "A China e a Índia são grandes civilizações cujas responsabilidades vão para além dos assuntos bilaterais". Estas palavras abrangem também a Rússia que teve papel importante na reunião destes parceiros.
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