O significado do silenciamento do discurso de Putin
No sítio de O Diário info, foi feita uma análise ao importante discurso de Putin, discurso também aí publicado.
Sem comentar a análise de Atílio A. Boron nem o "importante e histórico" discurso, quero apenas alertar para uma questão que me é muito cara e várias vezes referida:
O domínio da Comunicação Social, ou da Informação, a nível mundial, por um conjunto de cadeias de difusão das notícias, privadas e públicas controladas pelo poder económico que manipula também governos e políticas.
O que aconteceu a este importante discurso é um exemplo flagrante.
Os factos são:
- Putin fez uma análise da situação internacional e lançou sérios avisos a todo o mundo.
- Esta análise e avisos foram silenciados, (censurados), por toda a Comunicação Social.
Diz Atílio A. Boron: «Este discurso foi ignorado porque nele se traça um diagnóstico realista e isento de qualquer eufemismo para denunciar a aparente e imparável deterioração da ordem mundial e os diferentes graus de responsabilidade dos principais actores do sistema».
Conclusão:
Não fora a acção, ainda que débil, da informação alternativa, em especial na Internet, e, hoje, o direito de sermos livremente informados, estaria suprimido. O total controle das informações e da formação das opiniões, é o objectivo para "formatar as consciências" de acordo com o modelo que interessa, para que sejamos autómatos obedientes, máquinas para trabalhar, pensando apenas no que, para o "sistema", é útil.
Os comentários de Boron e o discurso de Putin põem, também, o dedo nessa ferida.
Alerta à navegação:
O controlo da Internet, é passo importante para que o poder económico seja também o poder do total domínio das consciências. Não sendo fácil que nos calem, os objectivos passaram a ser:
- Primeiro: Que o que dissermos não tenha qualquer efeito.
- Segundo: Que o que falarmos seja o que eles querem que digamos.
Então seremos mais um veículo de transmissão das suas vontades tidas como "ideias".
De facto, é bem conhecido o papel que a informação tem na nossa (de)formação.
Afinal não é assim tão segura a mensagem de Manuel Freire:
Não há machado que corte
a raíz ao pensamento...
Por isso, enquanto é tempo, é preciso garantir que:
Nada apag(ue) a luz que vive
num amor num pensamento...
Porque, assim, não deixaremos que dominem a nossa vontade, de "ser livre como o vento".
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