De uma notícia de Lusa e transmitida pela SIC (ver aqui) Recortei o seguinte:
"No mesmo Palacio de la Moneda, que em 1973 foi bombardeado pelos militares de Pinochet, num golpe de Estado que teve o apoio da CIA e do Departamento de Estado norte-americano, Obama defendeu hoje que o seu Governo apoia a democracia, a erradicação da pobreza e o desenvolvimento social.
Nos últimos dias, sindicatos, organizações de esquerda e o ex-Presidente cubano, Fidel Castro, pediram que Obama aproveitasse a sua visita ao Chile para pedir perdão pelo apoio do Governo norte-americano de então ao golpe dirigido por Augusto Pinochet".
Obama responde:
"Creio que é importante que não fiquemos presos pela história, e o facto é que nas últimas décadas vimos um progresso extraordinário do Chile, que não foi impedido, pelo contrário, foi apoiado pelos Estados Unidos".
Comentário meu:
Quanto ao pedido de desculpas, zero! Em troca, a "boa vontade" de os EUA não terem "impedido", pelo contrário, terem "apoiado" o progresso do Chile. Obrigado!!!
Isto pode querer significar algo mais do que as meras palavras de Obama. Pode significar que Obama relaciona o progresso do Chile ao apoio dos EUA à ditadura de Pinochet e ao actual governo conservador liderado por Sebastian Piera. Seja como for, é lamentável o posicionamento egocentrista e hegemónico da visão da política internacional dos EUA e de Obama. Todas as relações internacionais são vistas, não de forma de cooperação entre povos, mas subordinadas aos interesses económicos do grande capital dos EUA.
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