1 de janeiro de 2015

manual da CIA para assassinatos políticos

Wikileaks revela manual da CIA para assassinatos políticos

Um manual secreto da Agência Central de Inteligência (CIA) que define o assassinato político como forma de limitar a ação de grupos insurgentes circula atualmente na internet, após ter sido revelado pelo site Wikileaks.

A REUTERS/Petar Kujundzic reproduziram partes de um relatório secreto da CIA que analisa diversas operações de assassinato em vários países. Estão referenciados os alvos entre os quais está a Organização para a Libertação de Palestina (OLP), Exército Republicano Irlandês (IRA), a Frente de Libertação Nacional de Argélia (FLN) e as FARC.

A publicação do Wikileaks foi divulgada na Internet dez dias depois do Comitê de Inteligência do Senado norte americano ter apreciado o relatório secreto, só parcialmente divulgado, sobre o emprego da tortura contra prisioneiros supostamente vinculados a acções terroristas, sem acusações formais nem julgamento em Tribunal.

O manual revelado pelo Wikileaks data de 7 de julho de 2009, seis meses depois de Leon Panetta assumir a direção da CIA e pouco depois de que o agente John Kiriakou – atualmente preso – denunciasse pela primeira vez a prática de crueis torturas por parte de oficiais interrogadores.

Segundo o Wikileaks, o relatório da CIA inclui estudos de casos no Afeganistão (2001-2009), Argélia (1954-1962), Colômbia (2002-2009), Iraque (2004-2009), Israel (de 1972 a 2009), Peru (1980-1999), Irlanda do Norte (1969-1998) e Sri Lanka (1983-2009).

As operações descritas nos planos da CIA incluem: assassinatos políticos, sequestros, remoção de lideranças, neutralização e marginalização de dirigentes guerrilheiros.

Ademais, encontram-se evidências sobre a participação da CIA na luta contra as guerrilhas na Colômbia durante o mandato de Álvaro Uribe, através de ataques a objetivos de alto valor combinando operações militares e de informação e programas para provocar e tratar desertores.

Não são referidas as acções em Portugal após o 25 de Abril, em conluio com Mário Soares e Carlucci. Essas estão noutros documentos.



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