8 de agosto de 2015
Um blogue que devemos registar
170 canções do que há de mais representativo das músicas que nos tocaram nos anos 60 e 70.
Clique no link: http://marius708.com.sapo.pt/Cantores%20de%20Intervencao.html
2 de dezembro de 2014
28 de outubro de 2014
Música e não só. É diferente mas merece registo.
VERNÁCULO - UHF
25 de Abril de 2012
Uma curiosa interpretação do Coro da Primavera de José Afonso
Uma forma de assinalar o 25 de Abril
17 de janeiro de 2012
Manuel Fraga Iribarne, ministro do ditador Francisco Franco e que sempre se afirmou franquista, até ao fim da sua vida, morreu ontem sem ter sido julgado.
Já depois da ditadura, Fraga Iribarne, foi senador por decisão do Parlamento autónomo galego (PP, PSOE e BNG), e presidente da Junta da Galiza entre 1990 e 2005.
Foi nas fileiras do franquismo que se formou e alcançou postos de responsabilidade em diferentes governos fascistas desde 1962. Reabilitado, manteve-se na política até à sua recente morte.
Foi ministro de Informação e do Interior nos anos 60 e 70. Nesse posto, converteu-se no máximo responsável político das mortes de trabalhadores numa greve em Gasteiz (Euskal Herria), ao mandar a polícia franquista atacar a tiros uma igreja ocupada por operários.
Com a sua responsabilidade fizeram-se execuções judiciais e sem defesa, como a do comunista Julián Grimau ou do estudante Enrique Ruano, torturas, espancamentos brutais e mortes.
Franquista até ao final, mas "reabilitado" polos partidos do atual regime espanhol, em 1979 fundou a Alianza Popular que dirigiu durante anos. Foi a principal força institucional da estrema direita espanhola, até se converter no atual Partido Popular em 1989, do também direitista José María Aznar.
Tal como aconteceu ao seu admirado Augusto Pinochet, morreu sem que fosse julgado, graças à reabilitação recebida por parte deste regime espanhol que considerou Fraga como um "reformista" que, partindo das entranhas do franquismo, se fez redator da Constituição "democrática" de 1978.
O cantor catalão Lluís Llach, denuncia a impunidade de Fraga e dos restantes responsáveis institucionais do assassinato policial de 5 trabalhadores em Gasteiz, e cantando "Campanades a morts", dedicada às vítimas daqueles assassinatos protagonizados pela polícia de Manuel Fraga Iribarne.
19 de Dezembro de 2012
Em 19 de Dezembro de 1961 José Dias Coelho, militante do PCP, é assassinado pela PIDE
Natural de Pinhel, ainda muito jovem aderiu à Frente Académica Antifascista, e mais tarde, ao MUD Juvenil.
Foi aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa onde entrou em 1942. Frequentou o curso de Arquitectura e o de Escultura.
Participante em várias lutas estudantis em 1947, aderiu ao Partido Comunista Português, participou na Campanha Eleitoral do General Norton de Matos e, em 1949, foi detido pela PIDE. Em 1952, foi expulso da Escola Superior de Belas Artes e impedido de ingressar em qualquer faculdade do país. Foi também demitido do lugar de professor do Ensino Técnico.
Em 1955 entra para a actividade clandestina no PCP e foi assassinado pela PIDE, em 19 de Dezembro de 1961, na Rua da Creche, que hoje tem o seu nome, junto ao Largo do Calvário, em Lisboa.
O Zeca Afonso a escreveu e dedicar-lhe a música "A morte saiu à rua".
17 de Dezembro de 2011
Morreu Cesária Évora
A cantora cabo-verdiana, de 70 anos, morreu esta manhã no hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, Cabo Verde. A «diva dos pés descalços», foi uma cantora de grande reconhecimento internacional. A maior de toda história da música popular cabo-verdiana. Apesar de cantar diversos géneros musicais, Cesária Évora foi sempre relacionada com a morna, por isso também apelidada "rainha da morna".
Mercedes Sosa
Mercedes participou na década de 60, do Movimento do Novo Cancioneiro, surgido em Mendoza e centrado na música popular latino-americana, com ênfase na componente social. A temática social e a ligação com a esquerda renderam-lhe dissabores. Em 1979, um show da artista foi invadido pelos militares, durante a ditadura argentina (1976-83). Não apenas ela foi presa, mas inclusive o público presente. Naquele mesmo ano, Mercedes decidiu exilar-se. "La Negra", como também era conhecida, voltou à Argentina em 1982, na fase final da ditadura. Mercedes realizou trabalhos em parceria com Milton Nascimento. Entre os brasileiros que também cantaram com ela estão ainda Caetano Velloso, Daniela Mercury e Beth Carvalho.
No dia do seu funeral, 5 de Outubro de 2009, o Ministério da Cultura do Brasil publicou:
"...o Brasil começou a despertar para a riqueza da voz de Mercedes Sosa em 1976, após um dueto da cantora argentina com Milton Nascimento. A faixa “Volver a los 17″, da compositora chilena Violeta Parra - de quem Mercedes foi uma das principais intérpretes -, virou um dos maiores destaques do hoje clássico álbum “Geraes”. A partir daí, a barreira da língua não mais impediu que brasileiros se apaixonassem pelo marcante timbre de contralto de Mercedes Sosa e por seu repertório, que incluía desde canções folclóricas a músicas de conteúdo político e social. Os discos de Mercedes passaram a ser lançados regularmente no Brasil, e a cantora gravou novos encontros com artistas da MPB, como Fagner e Chico Buarque. Em outubro do ano passado, aproveitando uma visita ao Rio para receber a ordem do mérito cultural, em cerimônia no teatro Municipal, Mercedes gravou com Caetano Veloso uma faixa que fez parte do disco de duetos dela, lançado este ano, com vários convidados, incluindo a colombiana Shakira, o uruguaio Jorge Drexler e a mexicana Julieta Venegas. (...) Mercedes merece ser ouvida por sua grande voz e seu repertório, em discos como “El grito de la tierra”, “Homenaje a Violeta Parra”, “Cantada sudamericana”, “Interpreta Atahualpa Yupanqui”, “Corazón americano” (com Milton Nascimento e León Gieco) e “Alta fidelidad” (com Charly García). Seu último disco, “Cantora, vol. 1″, teve três indicações ao Grammy Latino deste ano - que será anunciado no mês de novembro.(...) A morte de Mercedes Sosa entristeceu não somente seus amigos e familiares, mas também políticos e intelectuais, além de parceiros musicais.(...) A presidente Cristina Kirchner, que também convocou a cantora para o ato de comemoração de sua posse, em dezembro de 2007, decretou luto nacional pela morte de Mercedes Sosa."
25 de Novembro de 2011
Para comemorar a importante Greve Geral que abalou os poderosos do dinheiro e seus executivos no Governo, aqui vai uma canção que também incomodou outros da mesma família.
Occupy With Aloha
Foi sábado à noite no Hawaii, em Waikiki Beach. Num jantar para ‘líderes’, entre os quais Obaobama e chiqu’esposa, que Makana foi convidado para tocar um ‘luau’ (festa hawaiana). A pauta da reunião era o pacto de livre comércio (essa é boa…) para o Pacífico. E foi daí que Makana teve a coragem de abrir o paletó e mostrar a camiseta com a escrita “Occupy with Aloha” – palavra que inclui paz e amor e começou a cantar seu ‘luau’ um tanto singular. Tímido e apavorado no início, sua voz ganhou força, cor e intensidade e a canção foi repetida durante mais de 40 minutos. Se a canção tiver qualquer impacto na agenda neoliberal para o Pacífico, não sabemos. Mas que, pelo menos, um dos seres no local tenha reafirmado, de fato, perante a superior indiferença dos presentes e assalariados ‘líderes’ neoliberais que querem prosseguir engaiolando o mundo, sua condição de humano indignado e revoltado, isso não se discute.
2 de dezembro de 2014
Dulce Pontes & Os Ganhões de Castro Verde
É Tão Grande o Alentejo
28 de outubro de 2014
Música e não só. É diferente mas merece registo.
VERNÁCULO - UHF
25 de Abril de 2012
Uma curiosa interpretação do Coro da Primavera de José Afonso
Uma forma de assinalar o 25 de Abril
17 de janeiro de 2012
Manuel Fraga Iribarne, ministro do ditador Francisco Franco e que sempre se afirmou franquista, até ao fim da sua vida, morreu ontem sem ter sido julgado.
Já depois da ditadura, Fraga Iribarne, foi senador por decisão do Parlamento autónomo galego (PP, PSOE e BNG), e presidente da Junta da Galiza entre 1990 e 2005.
Foi nas fileiras do franquismo que se formou e alcançou postos de responsabilidade em diferentes governos fascistas desde 1962. Reabilitado, manteve-se na política até à sua recente morte.
Foi ministro de Informação e do Interior nos anos 60 e 70. Nesse posto, converteu-se no máximo responsável político das mortes de trabalhadores numa greve em Gasteiz (Euskal Herria), ao mandar a polícia franquista atacar a tiros uma igreja ocupada por operários.
Com a sua responsabilidade fizeram-se execuções judiciais e sem defesa, como a do comunista Julián Grimau ou do estudante Enrique Ruano, torturas, espancamentos brutais e mortes.
Franquista até ao final, mas "reabilitado" polos partidos do atual regime espanhol, em 1979 fundou a Alianza Popular que dirigiu durante anos. Foi a principal força institucional da estrema direita espanhola, até se converter no atual Partido Popular em 1989, do também direitista José María Aznar.
Tal como aconteceu ao seu admirado Augusto Pinochet, morreu sem que fosse julgado, graças à reabilitação recebida por parte deste regime espanhol que considerou Fraga como um "reformista" que, partindo das entranhas do franquismo, se fez redator da Constituição "democrática" de 1978.
O cantor catalão Lluís Llach, denuncia a impunidade de Fraga e dos restantes responsáveis institucionais do assassinato policial de 5 trabalhadores em Gasteiz, e cantando "Campanades a morts", dedicada às vítimas daqueles assassinatos protagonizados pela polícia de Manuel Fraga Iribarne.
19 de Dezembro de 2012
Em 19 de Dezembro de 1961 José Dias Coelho, militante do PCP, é assassinado pela PIDE
Natural de Pinhel, ainda muito jovem aderiu à Frente Académica Antifascista, e mais tarde, ao MUD Juvenil.
Foi aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa onde entrou em 1942. Frequentou o curso de Arquitectura e o de Escultura.
Participante em várias lutas estudantis em 1947, aderiu ao Partido Comunista Português, participou na Campanha Eleitoral do General Norton de Matos e, em 1949, foi detido pela PIDE. Em 1952, foi expulso da Escola Superior de Belas Artes e impedido de ingressar em qualquer faculdade do país. Foi também demitido do lugar de professor do Ensino Técnico.
Em 1955 entra para a actividade clandestina no PCP e foi assassinado pela PIDE, em 19 de Dezembro de 1961, na Rua da Creche, que hoje tem o seu nome, junto ao Largo do Calvário, em Lisboa.
O Zeca Afonso a escreveu e dedicar-lhe a música "A morte saiu à rua".
17 de Dezembro de 2011
Morreu Cesária Évora
A cantora cabo-verdiana, de 70 anos, morreu esta manhã no hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, Cabo Verde. A «diva dos pés descalços», foi uma cantora de grande reconhecimento internacional. A maior de toda história da música popular cabo-verdiana. Apesar de cantar diversos géneros musicais, Cesária Évora foi sempre relacionada com a morna, por isso também apelidada "rainha da morna".
Mercedes Sosa
Mercedes participou na década de 60, do Movimento do Novo Cancioneiro, surgido em Mendoza e centrado na música popular latino-americana, com ênfase na componente social. A temática social e a ligação com a esquerda renderam-lhe dissabores. Em 1979, um show da artista foi invadido pelos militares, durante a ditadura argentina (1976-83). Não apenas ela foi presa, mas inclusive o público presente. Naquele mesmo ano, Mercedes decidiu exilar-se. "La Negra", como também era conhecida, voltou à Argentina em 1982, na fase final da ditadura. Mercedes realizou trabalhos em parceria com Milton Nascimento. Entre os brasileiros que também cantaram com ela estão ainda Caetano Velloso, Daniela Mercury e Beth Carvalho.
No dia do seu funeral, 5 de Outubro de 2009, o Ministério da Cultura do Brasil publicou:
"...o Brasil começou a despertar para a riqueza da voz de Mercedes Sosa em 1976, após um dueto da cantora argentina com Milton Nascimento. A faixa “Volver a los 17″, da compositora chilena Violeta Parra - de quem Mercedes foi uma das principais intérpretes -, virou um dos maiores destaques do hoje clássico álbum “Geraes”. A partir daí, a barreira da língua não mais impediu que brasileiros se apaixonassem pelo marcante timbre de contralto de Mercedes Sosa e por seu repertório, que incluía desde canções folclóricas a músicas de conteúdo político e social. Os discos de Mercedes passaram a ser lançados regularmente no Brasil, e a cantora gravou novos encontros com artistas da MPB, como Fagner e Chico Buarque. Em outubro do ano passado, aproveitando uma visita ao Rio para receber a ordem do mérito cultural, em cerimônia no teatro Municipal, Mercedes gravou com Caetano Veloso uma faixa que fez parte do disco de duetos dela, lançado este ano, com vários convidados, incluindo a colombiana Shakira, o uruguaio Jorge Drexler e a mexicana Julieta Venegas. (...) Mercedes merece ser ouvida por sua grande voz e seu repertório, em discos como “El grito de la tierra”, “Homenaje a Violeta Parra”, “Cantada sudamericana”, “Interpreta Atahualpa Yupanqui”, “Corazón americano” (com Milton Nascimento e León Gieco) e “Alta fidelidad” (com Charly García). Seu último disco, “Cantora, vol. 1″, teve três indicações ao Grammy Latino deste ano - que será anunciado no mês de novembro.(...) A morte de Mercedes Sosa entristeceu não somente seus amigos e familiares, mas também políticos e intelectuais, além de parceiros musicais.(...) A presidente Cristina Kirchner, que também convocou a cantora para o ato de comemoração de sua posse, em dezembro de 2007, decretou luto nacional pela morte de Mercedes Sosa."
25 de Novembro de 2011
Para comemorar a importante Greve Geral que abalou os poderosos do dinheiro e seus executivos no Governo, aqui vai uma canção que também incomodou outros da mesma família.
Occupy With Aloha
Foi sábado à noite no Hawaii, em Waikiki Beach. Num jantar para ‘líderes’, entre os quais Obaobama e chiqu’esposa, que Makana foi convidado para tocar um ‘luau’ (festa hawaiana). A pauta da reunião era o pacto de livre comércio (essa é boa…) para o Pacífico. E foi daí que Makana teve a coragem de abrir o paletó e mostrar a camiseta com a escrita “Occupy with Aloha” – palavra que inclui paz e amor e começou a cantar seu ‘luau’ um tanto singular. Tímido e apavorado no início, sua voz ganhou força, cor e intensidade e a canção foi repetida durante mais de 40 minutos. Se a canção tiver qualquer impacto na agenda neoliberal para o Pacífico, não sabemos. Mas que, pelo menos, um dos seres no local tenha reafirmado, de fato, perante a superior indiferença dos presentes e assalariados ‘líderes’ neoliberais que querem prosseguir engaiolando o mundo, sua condição de humano indignado e revoltado, isso não se discute.
Por: Mario S. Mieli
14 de novembro de 2011
25 de Setembro de 2011
As canções de luta contra o fascismo, nomeadamente as da Guerra Civil de Espanha,as da Resistência Francesa e Italiana, eram cantadas em Portugal, como estímulo para a luta contra o regime de Salazar.
É evidente eram canções proibidas e, por isso, cantadas em grupos de amigos, em convívios estudantis, ou grupos restritos.
Com o início da Guerra nas Colónias portuguesas, a essas canções, juntaram-se muitas outras de cantores portugueses, normalmente com raízes nas canções tradicionais e populares.
O Canto dos Partisans, foi composto em Londres em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial.
Esta canção patriotica enaltece a mobilização popular contra as tropas de ocupação nazi em muitas circunstâncias com o apoio de traidores. Os patriotas franceses organizados pelo Partido Comunista Francês formaram brigadas de combate, "os partisans" que genericamente constituiam a "Resistência Francesa".
As lutas e organização na clandestinidade tinham por principal objectivo sabotar os movimentos das tropas de Hitler, a quem chamavam "corvos" devido às fardas escuras dos soldados e oficiais alemães.
Os partisans tiveram também muitos outros importantes papeis na organização e ajuda das populações e na libertação de presos e segurança dos perseguidos.
29 de Maio de 2011
Riccardo Muti acabara de reger o célebre coro dos escravos, Va pensiero, do terceiro acto de Nabucco, e o público do Teatro da Ópera de Roma, aplaudia incessantemente e bradava bis!
VA PENSIERO foi também uma espécie de hino dos patriotas do Risorgimento e daí o enorme apelo emocional que preservou entre os italianos.
Ricardo Mutti volta-se para a plateia e, depois de recordar o significado patriótico do Va pensiero, pede ao público que o cante agora, com a orquestra e o coro do teatro, como manifestação de protesto patriótico contra a ameaça de morte contida nos cortes do orçamento da Cultura.
8 de Março de 2011 Dia Internacional da Mulher
A beleza da Música e da Imagem em homenagem à Mulher
6 de Março - Aniversário do PCP 90 anos a lutar ao lado do povo.
21 de Fev.
20 de Fev.
No blog PHONO encontrei esta interessante referência à música "revolucionária" que em Portugal de antes do 25 de Abril de 1974, era proibida.
"No mesmo ano em que José Afonso compôs e gravou “Grândola Vila Morena”, 1971, realizou-se em Cascais a primeira edição do seu Festival de Jazz, acontecimento que se tornaria marcante para um dos mais qualificados músicos daquela tipologia, o contrabaixista norte-americano Charlie Haden, que nesse ano actuou pela primeira vez em Portugal, integrando o quarteto de Ornette Coleman. Durante a sua actuação, quando apresentava o seu tema “Song For Che”, Charlie Haden dedicou esse tema aos movimentos de libertação que àquela época lutavam pela independência das colónias portuguesas de África. Desse facto resultou então um autêntico pandemónio no Pavilhão de Cascais, com grande parte do público daquela sala a aplaudir até à exaustão aquela dedicatória, em aberto confronto com o carácter repressivo do regime político que então governava Portugal. No final daquele concerto, Charlie Haden foi imediatamente detido e interrogado por inspectores da PIDE, tendo sido apenas posteriormente libertado devido à intervenção directa do representante do governo norte-americano em Lisboa, tendo sido, contudo, expulso do nosso país, atitude que então causou enorme estupefacção em inúmeros países democráticos.
Esse facto influenciou definitivamente a carreira artística de Charlie Haden, que em 1970 havia fundado uma orquestra que dedicava essencialmente a sua arte à interpretação de música revolucionária, a Liberation Music Orchestra. Foi precisamente por essa via que Charlie Haden e essa sua orquestra gravaram e editaram, em 1983, um outro disco dedicado às músicas da revolução, que, entre outras, incluía uma versão instrumental da canção “Grândola Vila Morena”, de José Afonso, em homenagem à Revolução de Abril. Curiosamente, a faixa que nesse disco se seguia àquela épica canção portuguesa era um tema muito celebrizado em Portugal, após o eclodir da Revolução dos Cravos. Esse tema, “El Pueblo Unido Jamás Será Vencido!”, havia sido anteriormente celebrizado no Chile, então governado por Salvador Allende, em 1973, pelo cantor Sérgio Ortega e pelo agrupamento Quilapayun, tendo-se posteriormente transformado em hino e slogan revolucionário um pouco por todo o mundo…" Aqui vai ele e a sua famosa interpretação. Sem vídeo, claro, senão nem um minuto tocava.
11 Fev.
As imagens que vimos da madrugada no Cairo (Egito) recordaram-me o alvorecer do 25 de Abril de 1974.
31 Jan.
Carlos Paredes
29 Jan.
Adriano Correia de Oliveira
Cantar d'emigração
Adriano Correia de Oliveira nasceu a 9 de Abril de 1942, no Porto, e morreu a 16 de Outubro de 1982, em Avintes.
Aos 17 anos ingressou na Universidade de Coimbra, para frequentar o curso de direito e tornou-se membro do Orfeão Académico. Juntamente com José Afonso, foi um dos principais renovadores da canção de Coimbra, e da música em Portugal, que ficaria conhecida por "balada", Foi uma das principais vozes da Resistência ao fascismo.
Militante do Partido Comunista Português, a partir da década de 1960, envolveu-se nas greves académicas de 1962 e concorreu à Direcção da Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo Movimento de Unidade Democrática (MUD).
Adriano Correia de Oliveira empenhou-se no combate político e cultural, antes e depois do 25 de Abril, até à sua morte. Permanece como um dos artistas mais importantes da segunda metade do século XX.
27/jan
Natalie Cardone - Hasta Siempre
21 Jan. 2011
Geraldo Vandré - Pra não dizer que não
falei das flores
14 de novembro de 2011
25 de Setembro de 2011
As canções de luta contra o fascismo, nomeadamente as da Guerra Civil de Espanha,as da Resistência Francesa e Italiana, eram cantadas em Portugal, como estímulo para a luta contra o regime de Salazar.
É evidente eram canções proibidas e, por isso, cantadas em grupos de amigos, em convívios estudantis, ou grupos restritos.
Com o início da Guerra nas Colónias portuguesas, a essas canções, juntaram-se muitas outras de cantores portugueses, normalmente com raízes nas canções tradicionais e populares.
O Canto dos Partisans, foi composto em Londres em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial.
Esta canção patriotica enaltece a mobilização popular contra as tropas de ocupação nazi em muitas circunstâncias com o apoio de traidores. Os patriotas franceses organizados pelo Partido Comunista Francês formaram brigadas de combate, "os partisans" que genericamente constituiam a "Resistência Francesa".
As lutas e organização na clandestinidade tinham por principal objectivo sabotar os movimentos das tropas de Hitler, a quem chamavam "corvos" devido às fardas escuras dos soldados e oficiais alemães.
Os partisans tiveram também muitos outros importantes papeis na organização e ajuda das populações e na libertação de presos e segurança dos perseguidos.
29 de Maio de 2011
Nabucco de Verdi
dirigido por Riccardo Muti contra os
cortes no orçamento da Cultura
Riccardo Muti acabara de reger o célebre coro dos escravos, Va pensiero, do terceiro acto de Nabucco, e o público do Teatro da Ópera de Roma, aplaudia incessantemente e bradava bis!
VA PENSIERO foi também uma espécie de hino dos patriotas do Risorgimento e daí o enorme apelo emocional que preservou entre os italianos.
Ricardo Mutti volta-se para a plateia e, depois de recordar o significado patriótico do Va pensiero, pede ao público que o cante agora, com a orquestra e o coro do teatro, como manifestação de protesto patriótico contra a ameaça de morte contida nos cortes do orçamento da Cultura.
8 de Março de 2011 Dia Internacional da Mulher
A beleza da Música e da Imagem em homenagem à Mulher
6 de Março - Aniversário do PCP 90 anos a lutar ao lado do povo.
21 de Fev.
20 de Fev.
No blog PHONO encontrei esta interessante referência à música "revolucionária" que em Portugal de antes do 25 de Abril de 1974, era proibida.
"No mesmo ano em que José Afonso compôs e gravou “Grândola Vila Morena”, 1971, realizou-se em Cascais a primeira edição do seu Festival de Jazz, acontecimento que se tornaria marcante para um dos mais qualificados músicos daquela tipologia, o contrabaixista norte-americano Charlie Haden, que nesse ano actuou pela primeira vez em Portugal, integrando o quarteto de Ornette Coleman. Durante a sua actuação, quando apresentava o seu tema “Song For Che”, Charlie Haden dedicou esse tema aos movimentos de libertação que àquela época lutavam pela independência das colónias portuguesas de África. Desse facto resultou então um autêntico pandemónio no Pavilhão de Cascais, com grande parte do público daquela sala a aplaudir até à exaustão aquela dedicatória, em aberto confronto com o carácter repressivo do regime político que então governava Portugal. No final daquele concerto, Charlie Haden foi imediatamente detido e interrogado por inspectores da PIDE, tendo sido apenas posteriormente libertado devido à intervenção directa do representante do governo norte-americano em Lisboa, tendo sido, contudo, expulso do nosso país, atitude que então causou enorme estupefacção em inúmeros países democráticos.
Esse facto influenciou definitivamente a carreira artística de Charlie Haden, que em 1970 havia fundado uma orquestra que dedicava essencialmente a sua arte à interpretação de música revolucionária, a Liberation Music Orchestra. Foi precisamente por essa via que Charlie Haden e essa sua orquestra gravaram e editaram, em 1983, um outro disco dedicado às músicas da revolução, que, entre outras, incluía uma versão instrumental da canção “Grândola Vila Morena”, de José Afonso, em homenagem à Revolução de Abril. Curiosamente, a faixa que nesse disco se seguia àquela épica canção portuguesa era um tema muito celebrizado em Portugal, após o eclodir da Revolução dos Cravos. Esse tema, “El Pueblo Unido Jamás Será Vencido!”, havia sido anteriormente celebrizado no Chile, então governado por Salvador Allende, em 1973, pelo cantor Sérgio Ortega e pelo agrupamento Quilapayun, tendo-se posteriormente transformado em hino e slogan revolucionário um pouco por todo o mundo…" Aqui vai ele e a sua famosa interpretação. Sem vídeo, claro, senão nem um minuto tocava.
11 Fev.
As imagens que vimos da madrugada no Cairo (Egito) recordaram-me o alvorecer do 25 de Abril de 1974.
31 Jan.
Carlos Paredes
29 Jan.
Adriano Correia de Oliveira
Cantar d'emigração
Adriano Correia de Oliveira nasceu a 9 de Abril de 1942, no Porto, e morreu a 16 de Outubro de 1982, em Avintes.
Aos 17 anos ingressou na Universidade de Coimbra, para frequentar o curso de direito e tornou-se membro do Orfeão Académico. Juntamente com José Afonso, foi um dos principais renovadores da canção de Coimbra, e da música em Portugal, que ficaria conhecida por "balada", Foi uma das principais vozes da Resistência ao fascismo.
Militante do Partido Comunista Português, a partir da década de 1960, envolveu-se nas greves académicas de 1962 e concorreu à Direcção da Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo Movimento de Unidade Democrática (MUD).
Adriano Correia de Oliveira empenhou-se no combate político e cultural, antes e depois do 25 de Abril, até à sua morte. Permanece como um dos artistas mais importantes da segunda metade do século XX.
27/jan
Deolinda - Movimento Perpétuo Associativo
Um tema muito actual. Se por um lado há quem tenta mudar, "dar a volta a isto", infelizmente há também muitos outros que dizem mal mas, quando é preciso que ajudem a resolver as coisas, deixam-se estar, calçam as pantufas e ficam a intoxicar-se em frente da televisão. É de facto necessário dar uma volta a isto e às mentalidades, à falta de carácter e à falta de consciência política e social revelados nas alturas decisivas. Senão... depois queixem-se.Anna Marly - Le chant des partisans
Natalie Cardone - Hasta Siempre
21 Jan. 2011
Geraldo Vandré - Pra não dizer que não
falei das flores
