25 de abril de 2012

25 de Abril - Discursos na AR

Algumas notas a quente dos discursos que acabei de ouvir


Os Verdes falaram com simplicidade,  em casos concretos que exemplificam as opções políticas desastrosas.


O BE denunciou algumas das políticas de desastre e a corrupção na política de direita. Um discurso também simples e normal.


O PCP fez um discurso em profundidade focando as causas dos problemas e as políticas responsáveis pela crise. Importante discurso ideológico. Merece ser relido e analisado.


O CDS fez um discurso à sua medida. Intragável. Na forma e no conteúdo.


O PS fez um discurso de esquerda, como costuma fazer quando está na oposição. "Esqueceu" as suas responsabilidades e as opções de direita que tomou nas várias vezes que foi governo. Um discurso que pretendeu ser politicamente correto mas falso - por quem o fez. Falso e com fins eleitoralistas. Falso porque não é como nunca foi para cumprir. Merece ser guardado para mais tarde analisar.


O PSD foi ainda mais hipócrita no seu discurso. Alicerçou-se em frases de esquerda, de autores e intelectuais de esquerda, cheias de conteúdo na defesa da justiça social, mas a que o PSD inverteu o significado. Foi uma fraude, para desviar as intenções da sua ideologia e da política que serve interesses dos grandes capitalistas, e agrava os problemas sociais. Merece ser desmascarado.


O Presidente da República não surpreendeu. Foi o mesmo medíocre de sempre. Um discurso de chefe de Marketing, para "vender" Portugal no estrangeiro. Falou, sem o dizer, nas nossas potencialidades que ele e a sua política destruíram. Falou no aumento de diplomados e estudantes universitários e científicos, só que se "esqueceu" de dizer que estão no desemprego. Falou dos nossos "grandes feitos" como a Via Verde e os Cartões de telemóveis, o Fado e a Moda, mas não falou daquilo que dá de comer e emprego aos portugueses. Elogiou a lingua portuguesa muito falada no Twiter mas não disse que a direita está a trocar o português pelo inglês. 
Numa das raras frases ideológicas, "não é combatendo-nos uns aos outros que combatemos a crise" enganou como engana a direita, esquecendo que o combate à crise exige o combate aos autores da crise, aos que dela se aproveitam, aos traidores internos que aumentam a crise. É discurso para o lixo, tóxico, não reciclável.


Este texto foi revisto e rectificado às 13.30h.

9 comentários:

  1. As notas a "quente" dão nisto!...
    Sem cabeça "fria", saiem estes monumentos, ou melhor, estes hinos prosélitos, a que vamos estando habituados.

    Os discursos foram todos maus (ou assim assim, "conforme a hora" a que nos estiverem a ouvir), com excepção dos da minha equipa, que "jogou em profundidade", "atacou que se fartou" e que não obstante ter sido goleada, era a que merecia a vitória pois é de longe a que joga o melhor "andebol" deste país. Mas foi escandalosamente roubada pelo árbitro.
    Os regulamentos do jogo, feito pela "troika" dos grandes que dominam a Federação, a que têm a lata de chamar de Futebol, impõem regras que só os beneficiam a eles, entre as quais, a mais gritante, a mais absurda e a mais inacreditável de todas... aquela de obrigar os atletas a jogar a bola com os pés, quando com as mãos é que seria natural, lógico e ergonómicamente justo. E depois "os nossos", inebriados com o calor do jogo, (a "quente" e sem tempo para pensar), esquecem aquelas regras impostas à força pelo imperialismo internacional, metem golo com a mão e o ladrão árbitro que está feito com o "sistema", invalida, marca falta e ainda expulsa o nosso jogador por protestos e injúrias.
    "It's an injustice, it is"!
    (como diria Calimero, o infeliz pintainho, o único negro duma família de galos amarelos)

    ps - A propósito desta frase vergonhosamente escrita em inglês, aproveito para protestar reiterando a ideia do autor, porque o chefe de Marketing da Federação, no seu discurso à Nação nesta efeméride do 25 de Abril, não denunciou que a direita está a trocar o português pelo inglês.
    Falha imperdoável e escandalosa omissão, da principal causa dos problemas da Nação!

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    1. Primeiro. Não classifiquei de bons ou maus os discursos a que me referi. Como tenho dito essa classificação maniqueísta não é minha. Bom ou mau depende de quem o classifica.
      Seria interessante que o Carlos, neste comentário, se reportasse à minha apreciação dos vários discursos e desse a sua opinião sobre o que é que eu errei, ou omiti. Isso sim seria um comentário útil para um debate sério que não se ficasse por bocas de futebol. A situação porque passa o país merece essa utilidade. Basta de folclore de discursos sem conteúdo, de frases feitas que nada dizem. De frases ambíguas que podem ser interpretadas como se quiser.
      É um desafio que pode ajudar muitos leitores deste blog a compreenderem melhor o que está dentro da embalagem de um produto que nos querem vender. Deixemos a embalagem no lixo para reciclar e vamos analisar o produto que vem dentro.

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    2. A táctica do costume... dar o dito por não dito; desmentir o que se acaba de dizer ou escrever, com o intragável à-vontade de quem falseia e o faz com fins eleitoralistas, de forma hipócrita, fraudulenta e medíocre, com o objectivo de enganar os seus leitores. Um artigo para o lixo, tóxico não reciclável...

      Caro Eduardo, não usaria estes termos, para comentar este teu artigo.
      Mas uma vez que entendes que esta linguagem arruaceira, não é classificável nem de “má” nem de “boa”, sem cairmos em maniqueísmos, aí a tens, sem tirar nem pôr copiada da que utilizaste sem que tenhas classificado, como afirmas, os discursos em causa.
      Pois não! Só querias dizer que os discursos tinham sido todos parecidos. Ou seja,
      “um importante discurso ideológico” é intragável, falso, hipócrita, fraudulento ou medíocre. Já percebi mas não estou de acordo!... Até acho que todos os discursos foram bastante razoáveis, e que as comemorações do 25 de Abril estiveram à altura deste histórico evento.

      Não comentei esses discursos, pois não era esse o meu objectivo, nem vinha a propósito faze-lo. Tens de aprender a dar alguma liberdade “editorial”, de expressão e de pensamento aos teus leitores. As regras do jogo, não são as que propões. Neste jogo, por vontade da grande maioria do povo português, a bola é para chutar, não para agarrar. Neste jogo, respeita-se a democracia pluralista, respeitam-se os Direitos Humanos de praticantes e espectadores e a ditadura e os totalitarismos são faltas para penalty, aliás penalti, que isso de usar o inglês tem conotações políticas negativas.

      Quanto ao discurso do Presidente, deduzo que o tenhas considerado "muito bom" (passe o maniqueísmo), a avaliar pelo facto da tua crítica, profunda e cheia de conteúdo, não ter ido muito além da omissão da "gravíssima" falta da direita andar a trocar o português pelo inglês.
      Facto de tão grande relevância e crítica de tão forte conteúdo, que só por si justificava a existência deste blogue. Curiosamente sem que tenhas feito uma referência à omissão nesse discurso, do nosso prémio Nobel da Literatura.

      Quanto ao futebol, como metáfora que é, não a podes levar à letra. Quando estiveres de cabeça fria, com algum (grande) esforço e capacidade de isenção, sem fanatismos e sectarismos e com a ajuda do Calimero, talvez consigas perceber a profundidade do meu comentário à qualidade deste teu artigo.

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    3. Caro Carlos
      Pelos vistos não aceitaste o meu desafio de concretizar a apreciação dos vários discursos e dar a tua opinião sobre o que é que eu errei, ou omiti. Continuas com frases ocas sem que se saiba a que se referem. Porque gosto sempre de saber onde erro, novamente apelo que passemos das palavras aos "concretos". As afirmações tuas que mais fácilmente podem ser concretizadas, creio que são, as que peço, mais uma vez, agora de forma mais concreta, para que respondas:

      1. Onde está o dito por não dito?
      2. Onde está a falsidade, a hipocrisia, e os fins eleitoralistas, aplicados ao que escrevi?
      3. Onde está, da minha parte, o "enganar os leitores"?
      4. Onde está a linguagem arruaceira?
      5. Onde é que eu classifiquei de bom ou mau os discursos? Que eu saiba fiz críticas no concreto, classificando-os de intragável, falso, hipócrita, fraudulento, medíocre, simplicidade, simples e normal, importante, de esquerda, politicamente correto, Ou não foi assim?
      6. Onde é que estas minhas opiniões falharam?
      7. Onde é que eu disse que os discursos eram todos parecidos?
      8. Se as "regras do jogo, não são as que eu proponho, quais são então e que invalidam as minhas opiniões?
      9. Onde é que eu desrespeitei a democracia pluralista, e os Direitos Humanos? Ou defendi esse desrespeito?
      10. Como podes concluir que eu considerei muito bom o discurso do Presidente e que a minha crítica não foi muito além da omissão da "gravíssima" falta da direita andar a trocar o português pelo inglês? Não leste certamente que disse.
      As críticas que fiz, ao discurso do Presidente se não falei de coisas importantes foi justamente porque ele também não falou. E o que disse foi aquilo que não fez como Primeiro Ministro nem como PR.

      Por último lembro que as minhas críticas aos discursos, as classifiquei de "Algumas notas a quente dos discursos que acabei de ouvir". Não tive a pretensão de fazer análises profundas, nem tenho o "dever" de as fazer. Contudo já comecei a aprofundar as ideias que me pareceram mais importantes. Espero continuar.

      Agradeço, mais uma vez, a resposta simples e concreta às perguntas que fiz sobre as acusações que me fizeste. Demora menos tempo que grandes frases sem qualquer utilidade pois se resumem a acusações não provadas.
      Caso seja possível, e isso sim é útil para um debate democrático e pluralista, gostaria de ter também resposta ao meu "desafio" para uma crítica ao discurso do PCP (e dos outros caso estejas em maré cordata).

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    4. Estás a inverter os papéis. Já tinha dito: “não comentei esses discursos, pois não era esse o meu objectivo, nem vinha a propósito faze-lo”. O bloguista és tu e mesmo assim disseste não ter esse “dever”. Porque havia eu de o ter?
      Comentei o teu artigo porque para além do sectarismo que revela, quis criticar aquilo que agora me acusas: “Basta de folclore de discursos sem conteúdo, de frases feitas que nada dizem. De frases ambíguas que podem ser interpretadas como se quiser”.
      Eu não resumiria melhor o teu artigo. Tanto assim que logo vieste com o maniqueísmo; a tal ambiguidade da interpretação.

      Respondendo às tuas perguntas:

      1- Toda a gente percebe que fazes uma apreciação “muito positiva” ao discurso do PCP, de “assim-assim” ao dos Verdes e BE e de “muito negativa” aos restantes. Em bom português, usei os adjectivos “bons e maus” para traduzir legítima e fielmente essa tua apreciação.
      “Deste o dito por não dito” ao negar que os tenhas classificado dessa forma, com o argumento despropositado do maniqueísmo.
      2- A falsidade, a hipocrisia, etc., não estão em lado nenhum; só no teu artigo, quando comentas os discursos dos teus adversários políticos. Foi para sentires na pele que esses adjectivos são “maus”, aqui e em qualquer parte onde se fale bom português, como acabaste de reconhecer ao fazer esta pergunta, “acusando o toque”. Tive o cuidado de explicar, que em condições normais “não usaria essa linguagem, para comentar o teu artigo”. Mas adianto agora, que não deixa de haver hipocrisia ao acusares o PS, de no passado ter tomado opções de direita, esquecendo que o PCP ajudou a “derrubar” esse governo de esquerda, centro esquerda se quiseres, para entregar o poder ao centro-direita do PSD e à direita do CDS, chumbando o PEC IV para trazer a Troika do FMI e ficar agora nas suas “sete quintas” a dar largas ao seu botabaixismo e a protestar contra a austeridade.
      3- Idem, aspas. É um complemento ao chorrilho de impropérios que tinhas utilizado.
      4- Perceberás se comparares a linguagem e o estilo da impressa da extrema-esquerda e a deste blogue, com a imprensa que tanto criticas.
      5- Achas que intragável, falso, hipócrita, fraudulento, medíocre, são qualidades boas? E que um importante discurso ideológico, devia ser relido e analisado se fosse mau? É esse o teu conceito de maniqueísmo?
      6- Não sei a que te referes. Não falei de falhas.
      7- Não disseste! Foi uma ironia para mostrar que um importante discurso ideológico “não é” a mesma coisa que um discurso intragável, falso, hipócrita, fraudulento e medíocre e que é lixo tóxico, etc.
      8- As que defendem os Direitos Humanos, a Democracia Pluralista e as Liberdades dos cidadãos.
      9- Desrespeitas ao defender, tal como o PCP, o Marxismo-Leninismo-Stalinista, caracterizado por regimes Totalitários e de partido único que controlam anti-democraticamente, os meios de comunicação, os poderes Legislativo, Executivo e Judicial; restringem os Direitos Humanos, tais como a liberdade de expressão, de opinião, de consciência, de reunião, de manifestação, de religião e de greve consignados na Declaração Universal dos Direitos do Homem, que oito países, quase todos do Bloco Soviético (URSS, Checoslováquia, Jugoslávia, Polónia, Ucrânia, Bielo-Rússia), não puderam, por coerência ideológica, votar favoravelmente na ONU.
      10- Foi outra ironia. Se dizes que foi medíocre e enganador e o classificas de lixo tóxico, como achas que poderia pensar que o consideravas de “muito bom”, mesmo sem maniqueísmos?
      Quanto ao discurso do PCP terá sido muito bom, sobretudo para os comunistas. É por isso um importante discurso ideológico.
      Mas percebe que da mesma forma que apelidaste de falso e com fins eleitoralistas, um discurso de qualidade equivalente, invocando o passado do PS, também eu terei o direito de considerar o do PCP, como demagógico e hipócrita, considerando os dramáticos exemplos passados (e presentes) de repressão e terror do comunismo mundial de que os comunistas nunca se demarcaram.

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    5. Mais uma vez estão esclarecidas as opções políticas e a "cassete" anticomunista.
      Tal como dizes, o discurso do PCP é bom para os comunistas e também para os que defendem os trabalhadores e todos os explorados. E os discursos da direita são bons para quem defende os banqueiros e o grande capital financeiro e especulativo que impõe esta política de ruína do povo e do país. Hoje isso é claro.
      Já o sabia mas foi só para confirmar.

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    6. "Tal como dizes" ???

      Estou indignado, não disse nada disso que agora escreveste. A calúnia está-vos na massa do sangue, como está a demagogia e a conspiração política.

      “as opções políticas de quem”?
      “quem fez discursos de direita”?
      “foi para confirmar o quê”?

      Bela maneira de não dizer nada, tu que me acusavas ontem de “frases ocas sem que se saiba a que se referem”. E agora, sem assumires claramente o que insinuas, usando uma linguagem dúbia para depois as poderes desdizer se for caso disso, como fizeste no artigo que deu origem a este debate, desmentindo o que está à vista de todos; bela maneira dizia eu, de lançares a ideia que sou de direita, que defendo os banqueiros, o grande capital financeiro e o resto do palavreado bacoco da estafada cassete comunista.

      Estas tuas palavras são novinhas neste debate! Eu não as disse.
      É uma deturpação obscena para fugires às questões, (como já o tinhas feito com o questionário anterior, a que benévola e condescendentemente respondi, não obstante serem perguntas de diversão para desviar as atenções do essencial); recusando o debate de ideias e dos factos que relevo.
      Não defendo o golpismo especulativo dos banqueiros e do grande capital financeiro e especulativo, nem combato quem defende os explorados, os trabalhadores, a classe média ou a população em geral. Defendo o justo equilíbrio entre essa defesa, as liberdades e o desenvolvimento. O equilíbrio entre o social e os direitos humanos. Defendo a democracia parlamentar e combato o controle do estado, de todos os meios de produção, como acontece em Cuba, Vietname, Coreia do Norte, (até na China capitalista, dos dois sistemas, um para criar riqueza, outro para reprimir o povo atravez dum autoritarismo feroz), onde a posse desses meios de produção mantêm a classe trabalhadora na pobreza e submetidos à situação de salários de miséria, que são obrigados a aceitar sem protestos, manifestações ou greves.

      Sei que não gostas que denuncie as nódoas do comunismo internacional, tão cuidadosamente escondidas e desmentidas na tentativa frustrada de enganar a História. Como fazem os nazis fascistas ao negarem ou minimizarem o Holocausto; e como fez o vosso grande amigo e aliado, o teocrático e autoritário Mahmoud Ahmadinejad presidente do Irão, perante o lamentável e cumplice silêncio comunista.

      Percebo mas não aceito, a vossa estratégia de não comentar os partidos irmãos, fugindo assim à discussão desse passado, como sejam os genocídios de Stalin, de Mao ou Pol Pot, os massacres de Tiananmem, ou as invasões e ocupações dos países do leste europeu.

      Também percebo e repudio a estratégia de chamar anti-comunistas a quem não for da vossa cor, seja José Pinto Coelho, Manuel Monteiro, Francisco Louçã ou Mário Soares; todos no mesmo saco, num egocentrismo sectário, que engana as massas lançando a confusão entre a ideologia da esquerda democrática e as ideologias da direita e da extrema-direita; com o argumento estafado do anti-comunismo primário dos tempos de Salazar tão mal visto na nossa população; nesses tempos em que o PCP mantinha aí sim, uma oportuna e justa luta contra a tirania e a opressão e onde esse anti-comunismo primário era realmente exacerbado.

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    7. Aquilo que te indigna está escrito por ti no penúltimo parágrafo do teu comentário de 30 de Abril. Quanto ao resto, peço-te para não utilizares este blog para veiculares injúrias que nada têm a ver com o que publiquei. Seria mais honesto que editasses um blog onde pudesses descarregar todo o anti-comunismo que enche a tua cabeça. Lamento que nem os exemplos que estamos a viver sirvam para te abrir os olhos. Sobre este assunto creio que nada mais há a dizer.

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    8. Penso que não fiz injúrias, mas se classificas assim as minhas palavras, estarás no teu direito e deves ter razão. O que escrevi foi o resultado de teres "insinuado coisas" que nunca disse, tocando as raias dum ataque pessoal. Daí a muinha indignação.
      Podes negar-me o acesso ao teu blogue, podes negar-me o direito de nele expressar essa indignação, mas não poderás negar-me o direito de me sentir indignado.

      O penúltimo parágrafo é uma transcrição duma ideia tua, (um importante discurso ideológico) que entendo perfeitamente. O que não entendo é porque me havia de indignar por compreender o valor que, sobretudo para os comunistas, ele possa ter. O que lamento, é que não tenhas aceitado tão bem o valor do discurso do PS e tenhas feito, aí sim injúrias e juízos de valor impróprios para um blogue que deveria ser lido por outras correntes ideológicas. Aliás foi essa uma das principais razões porque comentei o teu artigo, com aquele meu conceito maniqueísta inaceitável.

      Não faço um blogue, por várias razões, a primeira das quais por não me sentir à altura de tão grande responsabilidade. Podia no calor dum qualquer acontecimento, fazer "a quente" as tais injúrias e juízos de valor aos meus adversários políticos, factos que me fariam arrepender e me deixariam muito embaraçado. Precisava para isso, de ter maior conhecimento das normas e procedimentos da ética jornalística, para que nunca fosse acusado de falta de isenção e de parcialidade nos artigos que escrevesse.
      Enquanto tiver esta noção de honestidade, definitivamente não farei um bogue.
      Mas se por absurdo o fizesse, não seria tão democrático como tu e não abriria "janelas" para que os meus leitores pudessem comentar os meus artigos; precisamente para não ter de os convidar a deixar de escrever coisas que eu não gostasse e que pudesse sentir como injúrias. Para que nunca me dissessem que tenho os olhos fechados, pelo simples facto de expressar o meu direito de opinião, ao interpretar qualquer situação política. O meu orgulho, não resistiria a tanto. E para que nunca me chamassem de anticomunista, pela simples razão de não o ser, de não aceitar processos que considero antidemocráticos e repudiar factos que a História registou.

      Peço desculpa de não ter tido o cuidado de, no "calor" do debate, escrever palavras dúbias, que pudessem ser interpretadas como injuriosas.

      Definitivamente, assim tão desastrado, nunca farei um blogue.

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