17 de maio de 2012

Presos políticos em Israel

A greve de fome dos presos políticos palestinos nas prisões israelitas: 
Grito de alerta sobre a condição do martirizado povo palestino.


Cerca de vinte organizações nacionais, apelam à participação no acto simbólico de solidariedade, com os presos políticos palestinos em prisões israelitas. 
Esse ato simbólico decorre hoje, 17 de Maio, pelas 18h00, em frente à Embaixada de Israel, em Lisboa.


Cerca de 5.000 presos palestinos, muitos dos quais encarcerados há vários anos sem que contra eles tenha sido pronunciada uma única acusação, estão sujeitos a desumanas e indignas condições, ao isolamento, por vezes durante anos, à proibição de visitas de familiares ou dos próprios advogados, a espancamentos, sevícias e chantagens. Apesar de Israel informar que estiveram em greve da fome 1.600 presos, na Palestima afirma-se que essa luta foi travada por mais de 2.500 presos. Tal facto levou as autoridades israelitas a aceitar o fim das «detenções administrativas», o fim do confinamento ao isolamento na prisão e as visitas de familiares dos detidos, entre outras reivindicações.
  

Como refere o documento a ser entregue na Embaixada de Israel, sem a libertação dos presos políticos palestinos das prisões israelitas não haverá uma solução justa para a questão palestiniana. É o seguinte o texto do documento:


"A greve de fome dos presos políticos palestinos nas prisões israelitas constituiu um grito de alerta sobre a condição do martirizado povo palestino.
Com a sua corajosa acção, mais de dois mil presos políticos palestinos denunciaram a violência da ocupação israelita e a sua determinação em prosseguir a luta pela realização dos seus legítimos direitos.
Cerca de 5000 presos palestinos, muitos dos quais encarcerados há vários anos sem que contra eles tenha sido pronunciada uma única acusação, estão sujeitos a desumanas e indignas condições, ao isolamento, por vezes durante anos, à proibição de visitas de familiares ou dos próprios advogados, a espancamentos, sevícias e chantagens.
O estado de saúde de muitos dos prisioneiros palestinos - alguns tendo ultrapassado os setenta dias de privação de alimentos - é de extrema gravidade.
A condição dos prisioneiros políticos palestinos nas cadeias israelitas ilustra o drama do povo palestino sob a ocupação israelita, a violência de um quotidiano feito da repressão sistemática, da contínua espoliação das terras, da destruição das casas e dos campos de cultivo, das expulsões, do alargamento contínuo dos colonatos, da meticulosa aplicação de uma política que visa o esmagamento da sua identidade e da supressão dos seus direitos, como a constituição de um estado nos territórios ocupados em 1967, com Jerusalém Oriental como capital, e uma solução justa para a situação dos refugiados palestinos.
Deste modo, as organizações signatárias:
- Expressam a sua solidariedade com os presos políticos palestinos que realizaram a greve de fome e, através deles, com todo o povo palestino vítima da ocupação israelita
- Reclamam dos órgãos de soberania portugueses uma intervenção firme e determinada que responsabilize Israel pela situação dos presos políticos palestinos e que exija o cumprimento, por aquele estado, dos princípios e normas do direitos internacional e humanitário a que está obrigado pela sua condição de membro das Nações Unidas
- Apelam à opinião pública portuguesa para que se mobilize na denúncia dos crimes da ocupação israelita e na afirmação da sua solidariedade com o povo e os presos políticos palestinos, pugnando pela sua libertação
- Decidem promover um acto público de solidariedade para entrega desta tomada de posição, dia 17 de Maio, pelas 18h00, frente à Embaixada de Israel, em Lisboa".

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