14 de abril de 2012

Paradigmas, culturas e preconceitos

Refletir!











Esta experiência, já antiga, alerta-nos para tanta coisa que fazemos, em que acreditamos, e não sabemos porquê.

Ao longo dos anos das "civilizações" a sociedade, sem se aperceber, comporta-se como os macacos reagindo ao chuveiro de agua gelada da repressão, do poder da classe dominante e mantém essas atitudes auto-reprimindo-se, de forma que se substitui à repressão do poder.

Alguns trabalhadores dizem coisas assim:

- Não peças aumento pois isso parece mal e o patrão pode não gostar.
- Se queres ter sucesso como vendedor tens que usar gravata e ter um bom carro.
- Não deves manifestar as tuas ideias políticas. Política é política, trabalho é trabalho.
- Trabalhador é para trabalhar, não é para pensar. O senhor doutor é que sabe. 
- Filho de operário é operário, filho de doutor é doutor. 
- A política é para os políticos.
  
Muitos exemplos poderiam ser dados. Pergunto: Porque é que as meninas tem que brincar com bonecas e os rapazes com pistolas espadas e carrinhos? 

Só muito recentemente, após o 25 de Abril, se venceram muitos preconceitos como "as mulheres é para ficar em casa a tratar dos filhos, a coser meias e fazer bordados" e muitos outros socialmente injustos e repressivos.
  
O 25 de Abril proporcionou valores progressistas, mais justos mais humanos. Temos que os defender!

Nas várias épocas, as leis impostas pelos senhores esclavagistas, pelos senhores feudais, pela burguesia da revolução industrial, pelos liberais ou, mais recentemente, pelo neo-liberalismo, neste regime a que se chama de democracia, foram moldando as pessoas e levaram-nas a aceitar regras, que não têm justificação a não ser para a classe exploradora, manter o domínio sobre os explorados. 

As nossas consciências estão influenciadas por conceitos (e preconceitos) que nos retiram a liberdade de pensar no novo, no avanço da humanidade. 

Os macacos não falam uns com os outros, não refletem em conjunto, não fazem análises críticas mas, os homens, têm essa possibilidade.
Não aceitemos como justas muitas das medidas que as leis, as regras, a educação, nos impõem, sejam elas, ou não, sujeitas a castigos e a penalizações, das leis do Estado ao serviço da classe exploradora (duche frio), ou as regras "morais" ou conduta da sociedade e que nada têm a ver com os interesses e relacionamento coletivo da Humanidade.

Interroguemo-nos!
Refitamos!
Critiquemos!
  
Só assim, progressivamente, poderemos melhorar o mundo ao serviço da felicidade dos homens e mulheres, colectivamente.
Só assim poderemos tornar-nos mais livres.

Quem viu o filme "O Clube dos Poetas Mortos", têm ali ilustrado o que significa a repressão numa sociedade elitista, que impõe aos jovens, hábitos atitudes e conceitos que os (de)formam para, por sua vez, reprimirem as futuras gerações.

Peço aos leitores para nos comentários que poderão fazer abaixo, apontem opiniões e criticas de paradigmas, regras, conceitos e preconceitos que nos retiram a liberdade e não têm justificação na atual sociedade. 



1 comentário:

  1. São tantas as regras, paradigmas e preconceitos, injustificadamente impostos, que nem conseguiria enumerá-los.
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