23 de março de 2012

Violência policial

Uma fotografia que corre pelo mundo
Un agente golpea a Patricia Melo, fotoperiodista de la agencia AFP, durante la carga policial en la manifestación de la capital portuguesa.

5 comentários:

  1. so atacam indefesos, se fossem atacar alguem que estivesse em pé de igualdade com eles... mas não! um dia destes as cargas policiais é a porta dos jardins de infancia e lares

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  2. Repudio a acção vergonhosa daqueles polícias.Mas haja coerência...

    Não se pode deixar de comparar este caso, com outras situações e outras notícias que correm pelo mundo, e que os "grandes defensores" dos Direitos Humanos, apoiam:

    « A ONU voltou a condenar nesta sexta-feira as "sistemáticas e graves violações das liberdades fundamentais" cometidas pelo Governo da Síria "contra manifestantes, refugiados, ativistas de direitos humanos e jornalistas". A condenação foi aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, em uma resolução que contou com 41 votos a favor, duas abstenções e três votos contra, a Rússia, a China e Cuba». (pois quem havia de ser?)

    «...o texto aprovado nesta sexta pelo Conselho de Direitos Humanos condena "os ataques contra civis em cidades e localidades de todo o país", com "bombardeios de artilharia em zonas residenciais", feitos "sob ordens das autoridades, incluindo oficiais militares de alto escalão". O documento reprova as "estendidas violações dos direitos das crianças pelas autoridades sírias, inclusive o assassinato de menores durante manifestações" e a "prática generalizada de detenções arbitrárias, tortura e maus-tratos". A ONU volta a denunciar a "violência sexual cometida pelas autoridades sírias, inclusive contra homens e crianças detidos" e a "deliberada destruição de hospitais e clínicas", além do "assassinato de manifestantes feridos em hospitais". O Conselho destacou que a "generalizada e sistemática" violação dos direitos humanos é "contrário ao direito penal internacional e requer que os autores sejam levados à Justiça". Neste sentido, o Conselho recolhe a constatação da comissão internacional de investigação para a Síria - que não consegui visitar o país -, na qual "oficiais nos níveis mais altos do Governo são responsáveis por crimes contra a humanidade"».

    Qual é o governo fascista, amigo Próspero?
    Quem é que ataca crianças, amigo pachacuti?
    Quem é que branqueia estes crimes, amigo Eduardo?

    Qual é a imprensa que denuncia com isenção e imparcialidade todos estes abusos?
    A que está ao serviço do imperialismo americano e do grande capital financeiro, ou a que está ao serviço da agitação e da desestabilização?

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    1. Amigo Carlos. Lá vem a técnica do costume. Quando os argumentos falham vais buscar a "cassete" da Coreia do Norte do Pol Pot há uns meses do Kadafi e agora da Síria. Que tem a ver a Síria com esta situação? Isso é mesmo de quem não tem argumentos.
      Outra técnica é o debate das palavras quando não há argumentos para o debate das ideias.
      Claro que eu entendi que o amigo Próspero quando chamou fascista ao Governo não se referia ao regime existente mas aos métodos utilizados que estão a fazer regredir a nossa vida aos tempos do fascismo.
      Da mesma forma que quando se chama a alguém "filho da puta" não se trata, literalmente, de chamar prostituta à mãe.
      Entendi também que o amigo Pachacuti quando se referiu ao bater em pessoas desarmadas e inofensivas deu a "imagem" de bater em crianças, como quem diz "qualquer dia ainda te vejo a fumar".
      Quanto ao amigo Eduardo que "branqueia estes crimes" esclareço, mais uma vez, que o papel do blog C de... é denunciar o que a "comunicação social ao serviço do imperialismo americano e do grande capital financeiro" não diz ou, diz mentindo.
      Quanto à outra que "está ao serviço da agitação e desestabilização" quero esclarecer, mais uma vez, que o amigo Carlos confunde os meios com os fins. "Imprensa", "agitação" e "desestabilização" são meios para atingir fins. Portanto esses meios de comunicação ou os métodos de agitação e desestabilização servem fins e interesses que podem "interessar" a quem domina ou a quem é dominado. São esses os interesses que importa analisar.
      Quando um ventilador agita o ar poluido essa agitação pode ser tão benéfica como quando alguém agita outro que está adormecido e precisa acordar.
      Quando uma pedra que rolou da montanha e "estabilizou" no meio da estrada barrando o curso do trânsito é preciso "desestabilizá-la" para deixar o caminho livre. Não é por ser uma desestabilização que a ação é má. Depende de "a quem interessa essa ação".
      Portanto amigo Carlos, não utilizemos as palavras com a sua carga (negativa ou positiva) ou com a carga dada pela cultura e preconceitos, para as confundir com os interesses que elas servem. "Carago" no Porto não tem a mesma carga que em Lisboa. "Agitação" para quem quer vencer o imobilismo é uma ação positiva.
      Salazar pretendeu que as palavras "agitador", "subversivo", "vermelho", "comunista" fossem ofensivas e, sem querer que se soubesse o que representavam, mandou ensinar nas escolas, que eram sinónimos de "malandros" "malfeitores" de quem os jornais publicavam fotografias tiradas pela PIDE propositadamente com a barba por fazer, mal encarados, mal vestidos, sujos (porque a PIDE os sujava para as fotografias). Essa terminologia ficou arreigada no subconsciente da maioria do povo, que ouvia nas notícias que quando algum mal sucedia eram os comunistas, sem que alguma vez fosse posta em causa pelo pensamento crítico que aprofundasse o seu significado. Hoje esse significado perdeu a força que Salazar lhes quis dar mas ainda perdura a ideia de serem uma coisa má mesmo que muitos não saibam porquê. Por isso hoje os comunistas têm orgulho em que assim sejam considerados, porque na realidade ser comunista não é fácil, porque são os que lutam contra o poder de uma minoria que engana a maioria para a explorar sem que os explorados se apercebam.
      Por isso é preciso desestabilizar esta estabilidade e agitar o ar parado e poluído, que nos adormece e retira as forças, para o renovar.

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  3. Do "JN" (um OCS ao serviço do Imperialismo Americano e do grande capital financeiro, como diz a "cassete" e ao serviço do Governo Fascista, como diria o amigo Próspero, num “riquíssimo” debate de ideias que o Eduardo tão bem compreende e interpreta)

    «O ministro Miguel Macedo lamentou a "situação dos jornalistas" que foram agredidos pela polícia e quis sublinhar a diferença entre os manifestantes do Chiado e os manifestantes da CGTP.

    É bom comparar as palavras dum ministro “fascista” com a "ideia" que este blogue, (sem mentir) transmitiu aos seus leitores, na esperança que aparecesse um comentário a dar força à "ideia"

    É claro que "filho da puta", não quer dizer que mãe seja prostituta.
    Saramago sabia que Deus não tem Mãe e chamou-lhe “filho da puta” numa exemplar demonstração do respeito que os comunistas têm pelas mais íntimas convicções do povo e de tantos camaradas crentes.

    Este blogue denuncia o que a «comunicação social ao serviço do imperialismo americano e do grande capital financeiro não diz ou, diz mentindo».

    É por isso mesmo, que aqui faço comentários. Para denunciar o que a Imprensa Comunista não diz, “mentindo por omissão”.

    Não diz que no dia da “foto do Chiado” a polícia cubana reprimia opositores do regime, a propósito da visita do Papa.
    Não fala que nesse mesmo dia, os revoltosos que combatem o governo "socialista" sírio, foram vítimas dos tanques e canhões do exército; e cala a morte dos JORNALISTAS, há dias bombardeados por rockets no seu refúgio.
    Mas vem hipocritamente denunciar uma agressão isolada com cassetete, a uma jornalista, por razões que ainda se desconhecem.

    Essa imprensa, que não condenou Tiananmen, com o argumento hipócrita de que o PCP não critica partidos irmãos. Por isso não diz que Fidel quis iniciar uma Guerra Mundial Nuclear (conforme ele próprio admitiu em entrevista ao Granma, órgão oficial do PC Cubano).
    Condena Hitler e omite os milhões de vítimas de Stalin; esconde os “Gulags”, o “Holodomor” e o “Grande Expurgo” na URSS.
    Esconde que os Soviéticos assinaram o pacto Molotov-Ribentrop, onde “ajustaram” com Hitler, a divisão da Polónia, país que invadiram pelo Norte ao mesmo tempo que os Nazis o invadiam pelo Sul, dando início à Guerra. Cala o Massacre de Katyn, onde foram assassinados mais de 20.000 polacos. Tantos quantos o foram, na Hungria, onde estudantes se manifestaram contra a ocupação soviética para instituir o verdadeiro socialismo.
    E sobre a Primavera de Praga entusiasticamente apoiada por Álvaro Cunhal?

    Criticam os OCS “ao serviço do grande capital financeiro”, mas omitem que os regimes comunistas fazem o controle da informação e reprimem o direito de reunião, expressão e de manifestação, tal como Salazar o fazia; mas em Portugal aproveitam-se hipocritamente desses direitos para combater a democracia que lhos concede!!!

    «Agitação para quem quer vencer o imobilismo é uma ação positiva».
    Pois será. Mas a agitação para derrubar uma economia “capitalista”, ajudando o país a ir à bancarrota, será uma acção negativa para a grande maioria do povo que tanto sofreria com isso.

    Falas das técnicas de Salazar, mas escondes as técnicas dos "irmãos" Stalin, Kim Jong-il, Fidel e tantos outros.

    Devias rever os objectivos deste blogue, que aqui enunciaste tão pomposamente.

    Não leio jornais dos clubes de futebol, pois aborrece-me ouvir críticas aos árbitros, em jogos ganhos à custa dos erros de arbitragem. Chateia-me que se queixem dum penalti não assinalado, quando ganham um jogo com dois golos em fora-de-jogo. Que se queixam duma falta mal marcada e omitem que o adversário sofreu duas expulsões mal assinaladas.
    Eles não mentem mas enganam, mostrando o seu sectarismo e fanatismo.

    Não devias fazer a apologia da parcialidade e reconhecer tão orgulhosamente que não és isento. Devias fazer um esforço para perder esse mau hábito, em vez de o ter como uma regra de ouro da ortodoxia comunista.

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