14 de janeiro de 2012

Soldados americanos urinam em cadáveres

A missão militar dos EUA
 
Tenho escrito sobre o não respeito dos Direitos Humanos nos EUA. Escrevi anteontem sobre a Prisão de Guantanamo, ontem sobre a fascização das forças armadas dos EUA.
Hoje escrevo sobre o exemplo da consciência adquirida pela educação militar e cultura transmitida pela hierarquia que leva a que tropas de "elite", que invadem a casa de outros povos, assasinem indiscriminadamente e cometam os abjectos crimes de torturas, de humilhação indigna e obscena, violações sexuais, e agora o miserável ato de urinar sobre os corpos das suas vítimas.
Arrisco-me a não ter tempo nem "espaço" para expandir a minha indignação (mas não surpresa), por no séc. XXI, um país que se afirma das Liberdades, Democrático, Desenvolvido e a suprema referência do Capitalismo, ser o maior e mais negativo exemplo de barbárie e falta de civilização. 

7 comentários:

  1. O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, declarou que "aqueles que se engajaram em tal conduta serão responsabilizados em toda a extensão". Segundo representantes do Pentágono, uma investigação sobre o suposto abuso está a caminho.

    A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, manifestou nesta quinta-feira sua "consternação" e considerou que "quem quer que tenha participado ou esteja a par (deste incidente) deverá prestar contas". O secretário americano de Defensa, Leon Panetta, lamentou o comportamento dos quatro militares apresentados como marines (fuzileiros). "Vi as imagens e considero o comportamento absolutamente lamentável", afirmou, em um comunicado, o chefe do Pentágono.

    Já o secretário de Defesa, Leon Pannetta, telefonou para o presidente afegão, Hamid Karzai, prometeu punir severamente os envolvidos. Pelo menos dois dos quatro fuzileiros que aparecem no vídeo foram identificados, segundo um militar disse à BBC.

    "Esta conduta é totalmente inadequada para os militares americanos e não reflete as normas ou valores das nossas forças armadas. Eu vi o filme e acho este comportamento totalmente deplorável. Condeno-o em termos mais fortes possíveis", afirmou Panetta, por meio de um comunicado.

    A secretária de Estado amerciano, Hillary Clinton, disse estar desanimada com "a história dos nossos fuzileiros navais" e juntou-se à Panetta ao condenar "o comportamento deplorável que está refletido nesse vídeo".

    O porta-voz do Pentágono, capitão John Kirby, disse que embora as imagens ainda não tenham sido autentificadas, nenhum indício aponta que elas sejam falsas. "O vídeo demonstra um comportamento inaceitável da parte de soldados americanos", acrescentou o porta-voz.

    O Exército americano anunciou ter aberto uma investigação para identificar os envolvidos. No vídeo, um dos soldados que urina sobre os cadáveres fala "Passem um bom dia, meus caros".

    Uma autoridade do Departamento da Defesa comentou que pelo tipo de capacete e das armas dos militares, os soldados envolvidos no escândalo pertencem a um grupo de atiradores de alta precisão. Esse tipo de comportamento contraria o Código da Justiça Militar americano.

    O Pentágono prometeu uma apuração exaustiva sobre o fato, que o Governo dos EUA classificou como "deplorável". O comandante da Força Internacional de Assistência para a Segurança no Afeganistão, o general do Corpo de Infantaria da Marinha, John R. Allen, reuniu-se hoje com altos funcionários do Departamento de Defesa para expressar sua indignação pelo vídeo. "Estas ações vão contra tudo o que o Exército representa", afirmou Allen. "Estes atos não refletem o padrão moral das nossas Forças Armadas", acrescentou.



    Os soldados norte-americanos que apareceram num vídeo publicado no youtube a urinar sobre corpos de talibãs, no Afeganistão, já foram identificados.

    Os membros do exército norte-americano foram identificados como pertencentes a uma unidade que esteve em missão em Helmand, província afegã, durante sete meses.

    O batalhão pertencia à base Camp Lejeune, na Carolina do Norte, EUA, para onde regressou em Setembro de 2011.

    Otan promete punir responsáveis por profanação de cadáveres

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  2. Carlos
    Eu vi as noticias e estou informado de tudo isso.
    A questão não é a dos "altos responsáveis se declararem consternados". A questão é como está dito no titulo "A missão militar dos EUA" e no texto, "Hoje escrevo sobre o exemplo da consciência adquirida pela educação militar e cultura transmitida pela hierarquia que leva a que tropas de "elite", que invadem a casa de outros povos, assasinem indiscriminadamente e cometam os abjectos crimes de torturas, de humilhação indigna e obscena, violações sexuais, e agora o miserável ato de urinar sobre os corpos das suas vítimas".
    Que moral é propagada naquela "democracia" que leve a inúmeros casos desses como tortura, abusos sexuais e todo o género de atos de humilhação de pessoas indiscriminadamente homens mulheres e até crianças (há muitos videos que mostram).
    Relativamente aos responsáveis que se mostraram consternados, que fazem eles para acabar com Guantanamo e as torturas de presos que são apenas suspeitos sem provas, e para acabar com as muitas dezenas de prisões secretas da CIA em muitos países. Porque aprovaram leis que lhes permitem prender pessoas apenas suspeitas, durante o tempo que quiserem e sem direito a defesa? É este o "ambiente" que fomenta a "autoridade" dos militares para fazerem o que entenderem aos povos do mundo, rasgando completamente os Direitos Humanos.

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  3. Recomendo Ver:

    http://youtu.be/tgkxNXts0Ek

    http://youtu.be/h2nA7-BMkUQ

    http://youtu.be/H0QYoGynjjc

    http://youtu.be/ormulIPpBZw

    e muitos mais casos como os de morte de populações em aldeias no Afeganistão, no Paquistão, como o caso do Helicoptero que causou o conflito do Governo Paquistanes com os EUA, e muitos outros praticados cobardemente com aviões não tripulados "drones". Quem lamenta esses casos?
    Quem lamenta a promessa não cumprida de Obama de acabar com as torturas e a prisão de Guantanamo? Quem são os Terroristas?

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  4. Eduardo
    Os terroristas são todos os que fazem terror na verdadeira aceção do termo. As ações terroristas caracterizam-se por assassinatos, sequestros, bombismo, matanças indiscriminadas, raptos, linchamentos, etc. É uma estratégia política e não militar destinada a causar um estado de medo na população, com o objetivo de combater e obrigar na parte contrária a uma mudança de comportamento.
    Assim a Al-Qaeda, as FARC, o IRA, a ETA, as Brigadas Vermelhas, a OLP, a Ku Klux Klan a Jihad Islâmica, os Tigres Tamis e tantos outros, são grupos terroristas.
    Muitas definições se podem dar a terrorismo, nomeadamente o terrorismo psicológico onde se poderá incluir a “desinformação e a mentira” o terrorismo económico como o bloqueio a Cuba (que infelizmente ainda subsiste, por sorte dos irmãos Castro que assim conseguem iludir parte da população, culpando os americanos pelo estado de atraso e pobreza que se vive naquela ilha).
    Duma forma mais desviante, poderemos aceitar o conceito de terrorismo de Estado, onde se poderiam incluir o massacre de Tiananmen, não obstante a imprensa comunista se ter calado cobardemente, com o argumento cínico de que não interfere na vida de partidos irmãos. Como sempre fez aliás, com Kadhafi, Bashar al-Assad e tantos outros; até com o “pacifista” Fidel (que ainda há poucos meses confessou no Granma, órgão oficial do PCC, que durante a crise dos mísseis de Cuba, havia pedido a Nikita Kruschev, que iniciasse um ataque nuclear de surpresa contra os EUA, sabendo que com isso aniquilaria o seu "amado" povo e daria início a uma terceira guerra mundial). Como essa imprensa sempre fez, como os apelos de libertação dos cinco cubanos presos no EUA, ignorando e branqueando hipocritamente as centenas de presos de opinião que sofrem nas masmorras de Cuba. Para não quantificar estes presos, não em centenas mas em dezenas de milhar, num passado ainda recente. Também eles sem acusação e julgamento. E como essa “moralista” imprensa faz e fez no passado com os crimes repugnantes de Stalin e muito recentemente com os de Kim-jong-il, a ponto de na Assembleia da República o deputado comunista e membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, se indignar com determinada referência à Coreia do Norte, afirmando tratar-se dum regime democrático. Procedimento habitual em todo o grupo parlamentar do PCP que: « foi o único partido parlamentar português que recusou criticar as FARC na Assembleia da República. Até o Partido Ecologista Os Verdes, partido irmão do PCP, se associou ao voto conjunto apresentado pelas bancadas do PS, PSD e CDS (e votado igualmente pelo Bloco de Esquerda) que exprimia a congratulação do Parlamento pela libertação de Ingrid Bettancourt e criticava o bando terrorista que deteve durante mais de seis anos, na selva colombiana, a ex-candidata presidencial. Bernardino Soares, o mesmo que já admitiu classificar a Coreia do Norte como um regime democrático, recusa catalogar as FARC como terroristas» (Jornal o “Público).
    Dominado pela sua ala mais ortodoxa, o PCP continua cego e surdo às mais bárbaras violações de direitos humanos quando são cometidas por aliados ideológicos - como são as FARC, neste caso.
    Dizia José Saramago: «Umas das coisas que eu faço todas as semanas é ler O Avante! E num dos últimos encontrei um texto assinado por Miguel Urbano Rodrigues enaltecendo as FARC! É uma coisa que me deixa assombrado que aquilo possa ser escrito, independentemente do que tenha de verdadeiro ou aceitável. O Avante! não pode ter escrito um artigo a enaltecer as FARC», considerou o prémio Nobel da literatura português, apontando que «há coisas que nem sequer em nome da revolução se justificam. Tudo o que vai contra verdade».

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  5. (continuação)
    Mas voltando aos velhos ditadores e a todos os seus crimes, esses sim, fruto duma ideologia política e da consciência adquirida pelos governantes que a professam e que são incomparavelmente mais condenáveis do que a ação vergonhosa de quatro soldados em guerra no Afeganistão; que serão julgados e condenados por quem o Eduardo acusa de terroristas.
    Não fosse o ferrolho impenetrável e secreto daqueles regimes totalitários, muitos mais horrores se conheceriam, como são, felizmente, conhecidos e denunciados os que se praticam no mundo livre.

    É lamentável que a prisão de Guantanamo ainda não tenha sido encerrada , mas sabe-se que não é por falta de vontade de Obama, que assinou em 2009 um Decreto para a encerrar, mas que, por lhe faltar uma maioria no Congresso, ou na Câmara de Representantes não o tem conseguido. Não confunda os poderes limitados do Presidente duma democracia, com os poderes ditatoriais que defende e idealiza.
    E como saberá, mas não disse, muitos desses prisioneiros "inocentes" de Guantanamo, quando foram libertados e se sentiram a salvo nos países de acolhimento do terrorismo internacional, se declararam autores dos atentados de que eram suspeitos e juraram uma vingança ainda mais feroz.

    Diz ver as notícias e está informado de tudo isto? Então porque insiste no episódio do helicóptero? Sabendo-se que esse incidente fronteiriço foi um lastimável erro de pilotagem/navegação, que causou graves dissabores político-militares aos próprios EUA? Que não podiam hostilizar dessa forma o Paquistão, dado o apoio insubstituível recebido deste país e fundamental para as suas operações militares. Agravando as já difíceis relações politicas e diplomáticas.
    Porque escreve de forma acusatória, sem fundamentar o chorrilho de afirmações gratuitas que vai fazendo, como se a sua verdade, ditada pelos seus dogmas ideológicos fosse a verdade absoluta.
    E já que sabe o que se passa nas prisões secretas do seu odiado inimigo, porque não refere as prisões políticas dos países governados pelos partidos irmãos do PCP?
    Como sabe o que se passa na Síria, mesmo antes de ter sido autorizada a presença de observadores internacionais, incluindo os da Liga Árabe? Porque não informa os seus leitores das conclusões dos observadores desta Liga, recentemente autorizados e omite o morticínio de milhares de populares revoltosos que o ditador, não eleito e que recebeu o poder de seu pai, infringe ao seu povo? Hereditariedade (monárquica) que parece estar em voga: depois da Coreia do Norte e da Síria, até os irmãos Castros adoptaram o esquema. É assim que nas democracias marxistas o povo manifesta a sua escolha?

    E não fale em Direitos Humanos pois a Declaração Universal dos Direitos do Homem foi adotada pela Assembleia Geral da ONU em 1948 com 48 votos a favor, nenhum contra e oito abstenções: (a maior parte do bloco soviético, como a própria União Soviética, a Bielo-Rússia, Checoslováquia, Polónia, Ucrânia e Jugoslávia, além da Arábia Saudita e a racista África do Sul do apartheid de má memória).
    Sabe porque se abstiveram então os comunistas? Veja lá se descobre.
    Um abraço

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  6. Carlos
    É de facto penoso responder a tanta distorção da realidade.
    A nossa divergência é insanável uma vez que cada um de nós se coloca com uma visão oposta do que considero ser a justiça social. Quando te colocas na defesa do combate ao Terrorismo eu pergunto se os que exploram dezenas ou centenas de milhões de pessoas, deixam morrer à fome milhões de crianças, impõem a ditadura do dinheiro, ditadura mais injusta que as senhas de racionamento, porque selecciona quem morre ou quem tem uma vida de escravo para que outros vivam à grande sem trabalhar, quem prende sem provas, quem mata pela cor da pele, quem tortura e não dá direito a defesa a pessoas apenas porque alguém as considerou suspeitas, quem explora as matérias primas fundamentais para matar a fome a povos inteiro, quem põe ditadores no poder para reprimir o povo e abrir as portas às multinacionais americanas, todos esses são ou não mais terroristas que guerrilheiros que se revoltam contra essa política e que defende os povos a que pertencem? Quem são os verdadeiros terroristas?
    Quem defende os Direitos Humanos? Aqueles que dizem defender mas se recusam a ser avaliados por manter em segredo centenas de presos que torturam em prisões secretas da CIA ou os que entendem que os Direitos Humanos deveriam ser alargados ao combate à exploração do trabalho, à igualdade de homens e mulheres no trabalho, e a muitos outros pontos que não foram aceites pelos países capitalistas.
    A abstenção dos paises socialistas foi porque a Declaração dos Direitos Humanos não era suficientemente abrangente na defesa de quem trabalha e não o contrário como pretendes dar a entender.

    Grave, é o facto de quem votou favoravelmente não a cumpra.

    As pressões da Igreja e de alguns paises capitalistas, levaram também a que o texto votado introduzisse concepções com que a URSS e outros países dirigidos pelos trabalhadores, consideraram insuficientes e parciais.
    Contudo não votaram contra o texto, e declararam que achavam insuficiente para a integral defesa dos seres humanos.

    Nota que a primeira Constituição da Rússia em 1917 foi pioneira na defesa dos direitos humanos e dos trabalhadores.
    Em 1917, ano da Revolução Russa, foi elaborada a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e
    Explorado. Os trabalhadores de muitos países capitalistas passaram a reivindicar esses direitos. As Constituições do inicio do século XX, como a do México, de 1917, e a de Weimar, de 1919, criaram o conceito de Constituição Económica, no sentido de defender os trabalhadores da propriedade privada dos meios de produção. É lamentável que na tua crítica não digas as razões da abstenção desses países quando aprovada a declaração Universal dos direitos do Homem.
    Mais lamentável é que dês a entender que era por não concordarem com esses direitos.

    Creio ter respondido à tua pergunta capciosa "Sabe porque se abstiveram então os comunistas? Veja lá se descobre".

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  7. Carlos
    Apesar do estilo de comentários que não desmentindo o que está escrito desvia a conversa para o anticomunismo, aproveitando uma "cultura" há muitos anos veiculada pela classe no poder, a quem não interessa uma mudança de política, por não querer perder os seus privilégios, é sempre positivo aproveitar a oportunidade para desmistificar essas ideias erradas.

    Já que suspeitas do Jornal Pravda, agora ao serviço de um regime que nada tem de comunista, apresento a cópia do artigo do Jornal Expresso:

    No relatório Guantánamo: A Decade of Damage to Human Rights , a Amnistia Internacional alerta uma vez mais para o tratamento à margem da lei de que são vitimas os detidos em Guantánamo e relembra os motivos por que o centro constitui um verdadeiro ataque aos Direitos Humanos.

    "Guantánamo simboliza 10 anos de fracasso sistemático da Administração dos Estados Unidos da América (EUA) em respeitar os Direitos Humanos na sua resposta aos ataques do 11 de setembro. O governo norte-americano ignorou os Direitos Humanos desde o primeiro dia do seu programa de detenções em Guantánamo. Quando caminhamos para o 11º ano de existência destas instalações, o fracasso continua," afirma Rob Freer, investigador da Amnistia Internacional para os EUA.

    Apesar da promessa do Presidente Obama de fechar Guantánamo até 22 de janeiro de 2010, em meados de dezembro do ano passado 171 homens continuavam detidos por suspeitas de terrorismo. Pelo menos 12 das pessoas que foram transferidas para Guantánamo em 11 de janeiro de 2002, ainda lá se encontram, 10 anos depois. Uma está a cumprir sentença de prisão perpétua após ter sido condenada por uma Comissão Militar em 2008. Nenhuma das outras 11 foi acusada.

    A administração Obama adotou a estratégia global de "guerra" da administração Bush e responsabilizou o Congresso norte-americano por não ter conseguido encerrar a prisão ao abrigo de uma interpretação unilateral da lei de guerra, em janeiro de 2010. A atual administração afirmou mesmo que quatro dezenas de detidos não podiam ser julgados nem libertados e que deveriam ficar sob detenção militar indefinida sem acusação ou julgamento criminal.

    "Enquanto os EUA não encararem estas detenções como um assunto de Direitos Humanos, o legado de Guantánamo continuará vivo quer as instalações sejam encerradas ou não," afirma Rob Freer.

    O campo de detenção de Guantánamo, situado na base naval dos EUA em Cuba, tornou-se sinónimo de tortura e de outros maus tratos desde que abriu, quatro meses após os ataques de 11 de setembro.

    Entre os detidos de Guantánamo, estão homens que foram submetidos pelos EUA a desaparecimentos forçados e a tortura antes de serem transferidos para o complexo prisional. Ao contrário do que determina a lei internacional, até agora houve pouca ou nenhuma responsabilização pelos crimes cometidos neste programa de detenções secretas, levado a cabo sob autoridade presidencial. O governo dos EUA tem também bloqueado todas as tentativas de antigos detidos de obterem compensação pelas violações de que foram alvo.

    Em 10 anos, só 1 dos 779 detidos foi transferido para os EUA para ser julgado num tribunal federal comum. Outros enfrentaram julgamentos injustos perante Comissões Militares.

    "De acordo com a lei internacional, as políticas e legislação de um país não podem ser invocadas para justificar o incumprimento dos compromissos assumidos nos tratados. A legislação internacional exige que sejam encontradas soluções não desculpas," considera Rob Freer.

    Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/guantanamo-uma-decada-de-retrocessos-nos-direitos-humanos=f698851#ixzz1jeqJ9TvS

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