Quem, Como e Para Quê, controla a comunicação social em Portugal ?
É preciso desmascarar as técnicas usadas pela comunicação, dita social, e em especial pela televisão, para manipular, desinformar e criar uma anti-cultura que tem vindo a degradar os valores humanos.
Essas técnicas de manipulação, visam levar as pessoas a aceitar políticas contrárias aos seus interesses. Derivam de estudos de Marketing e Propaganda muito elaborados, para vender, para impingir. Não é minha pretensão aprofundar esta matéria mas, apenas, fazer alguns alertas para que estejamos mais prevenidos.
Para dar uma visão geral enumero, como métodos mais usuais de manipulação, os silenciamentos, como o que se verifica relativamente às propostas de uma Alternativa de Esquerda para a crise, as discriminações ouvindo sistemáticamente as opiniões dos que defendem os banqueiros, a descontextualização de factos ou afirmações como acontece nas entrevistas que aproveitam as palavras de maior impacto, que podem dar ideias negativas, as adulterações jogando com o sentido das palavras e com as meias verdades, a valorização do secundário em desfavor do essencial como explorar um pequeno facto, palavra ou insulto sem analisar as ideias em discussão, as caricaturas para ridicularizar este ou aquele, a utilização de uma linguagem depreciativa e irónica, para alguns, etc..
Hoje, muitos dos jornalistas, deixaram de dar valor aos princípios deontológicos básicos do jornalismo como a necessidade de ouvir as duas partes e a não mistura da opinião com a notícia. Importa agradar aos chefes e patrões sem olhar a meios para atingir os fins, a sua promoção pessoal ou servir uma ideologia partidária, através de orgãos que deveriam ser isentos.
A Televisão, usa e abusa, constantemente, destes métodos de manipulação. É exemplo a escolha de temas de abertura dos telejornais, com "acidentes e catástrofes”.
Para a Televisão os “temas sociais”, são a “criminalidade, os assaltos, a violência, a droga e miséria”, bem apimentados com a especulação que tornam pequenas em grandes coisas. É também a técnica de emocionar e distrair as pessoas dos resultados graves e catastróficos da política social que afecta todos.
“As notícias-choque” e a “informação-espectáculo” constituem as características principais da relevância noticiosa.
Recentemente, a morte de Carlos Castro, ou a morte de Bin Laden ou o casamento real, foram exemplos explorados ao máximo e que nos desviaram as atenções para as medidas de austeridade que estão a ser "negociadas" pelos bancos privados representados pelo FMI.
É assim que a nossa comunicação social, degrada os valores humanos, a cultura e retira a capacidade das pessoas para pensar, para reagir contra as injustiças de que são vítimas.
Toda a grande informação, Jornais, Rádio, Televisão e online, mais de uma centena de títulos, está nas mãos de meia dúzia de grandes grupos económicos. São eles:
PT – Lusomundo, grupo Balsemão, Media Capital, Impala, Cofina e Sonae.
Brevemente continuarei a reflectir sobre esta matéria inesgotável.
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