Máximos responsáveis do PS, PSD e CDS adquiriram, por mérito próprio, o estatuto de mentirosos por aldrabarem, dizerem antes das eleições uma coisa e depois no Governo fazerem o contrário. Houve até um membro do Governo, João Almeida, secretário de estado da Administração Interna e alto responsável do CDS que justificou no Programa da RTP Prós e Contras, a necessidade de mentir para ganhar eleições.
Se analisarmos com mais profundidade, a palavra mentir, recordamos que significa afirmar aquilo que se sabe ser falso, ou negar o que se sabe ser verdadeiro.
Nestas eleições, os costumeiros mentirosos, por demais desmascarados, resolveram mudar um pouco a sua tática, de enganar. Passaram a mentir mais por omissão e menos descaradamente.
PS e António Costa não falam sobre questões estruturantes para o País, como o Tratado Orçamental, a renegociação da dívida, a submissão ao estrangeiro e ao poder financeiro, ou o «controlo público de sectores primordiais», como a banca, reposição de salários e pensões, política de impostos, etc. etc.
PSD e CDS, através de Passos e Portas, falam do que dizem ser sucesso da sua governação mas esquecem o fundamental, como a dívida, os juros que estamos a pagar, o PIB, o aumento da pobreza, os emigrantes e desemprego, etc. etc.
Tudo isto, mentir aldrabando ou mentir por omissão, é enganar.
Diz o dicionário que enganar é induzir ao erro; fazer cair em erro. Esse é o objectivo de quem mente, mesmo que não afirme o que é falso nem negue o que é verdadeiro. Simplificando não diz NÃO nem diz SIM. Nem sequer diz NIM ou SÃO. Engana muito melhor dizendo apenas ÃO ou IM de forma que os mais distraídos julguem ser Não ou Sim, ou o inverso.
Os mentirosos do costume adquiriram assim um novo estatuto a que correspondem um maior leque de sinónimos: embusteiro burlão caborteiro charlatão falaz impostor intrujão invencioneiro maranhoso pantomimeiro trampolineiro trapaceiro trapalhão velhaco bandoleiro batoteiro vigarista
ardiloso fraudulento farsante hipócrita tartufo tratante falso fingido traiçoeiro safardana malandro meliante traste tunante torpe e muitos mais que a riqueza da lingua portuguesa nos oferece.
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