27 de outubro de 2012

Pasteis de Nata

O Orçamento de Estado e a estratégia do pastel

Em Janeiro deste ano, o Ministro da Economia, apresentou a sua estratégia para salvar a nossa economia através das exportações. O Pastel de Nata.

Deu como exemplo o sucesso do Frango Assado. Estudos foram de imediato encomendados aos habituais gabinetes (dos) amigos, que empreenderam a complexa tarefa de definir estratégias, estudos de mercado, planos de Marketing, planos de produção, etc. etc. para levar ao mundo os nossos pasteis de Belém. Está escrito no plural para não haver confusão com um outro tipo de pastel, também de Belém.

Depois de 9 meses de gestação esta ideia deslumbrante do Ministro Álvaro Santos Pereira, não deu à luz qualquer pastelinho. Pensei que o atraso no parto se devia ao Orçamento de Estado em preparação. No entanto li e reli o montão de páginas do Orçamento para 2013 e apenas encontro por todo o lado aumento de impostos.

E os Pasteis de Nata senhor Ministro? 



Pasteis, há muitos, seu palerma

Não haverá uns euritos, desses que nos roubam todos os dias, que, em vez de irem para os bolsos dos Banqueiros, possam ser desviados para a ajudar a botar pra fora os salvadores Pasteis de Nata?

Ou será que algum desses mandantes da troika achou que isso poderia ser uma “alternativa”, palavra proibida pelos Banqueiros?

O que é certo, é que essa brilhante estratégia, do não menos brilhante Ministro, não foi aceite pela troika a mando dos bancos e banqueiros.

Ou, talvez, a ponta do véu que Passos Coelho levantou, “não queria alimentar polémica sobre a coesão do Governo”, tem a ver com os Pasteis de Nata? Entenderá Paulo Portas que, como Ministro dos Negócios Estrangeiros, deve tratar da exportação de Pasteis de Nata?

Uma outra possibilidade é a do Presidente Cavaco, não querer concorrência e ter abortado o auspicioso embrião de Álvaro Santos Pereira. Se assim foi excluem-se as Cavacas, mas nas Caldas existem outras promissoras produções artesanais.

O que é certo é que, essa brilhante estratégia do não menos brilhante Ministro, Álvaro Santos Pereira, não foi aceite no Orçamento.

Aguardemos a discussão na Assembleia da República para vermos se ainda é possível os pasteis salvarem a nossa economia. Caso não sejam os pasteis, então, outros terão que.

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