28 de março de 2012

A irracionalidade desta política


Autoestradas portajadas perderam 14 mil viaturas 
por dia


De acordo com a notícia da Lusa:

As antigas SCUT do interior e do sul, portajadas desde 08 de dezembro, perderam quase 14 mil viaturas por dia no último mês de 2011, indica um relatório do Instituto Nacional de Infraestruturas Rodoviárias (INIR).

Segundo o documento, relativo ao movimento nas autoestradas no quarto trimestre de 2011 e divulgado este mês, as quatro concessões perderam, no total, 13.990 viaturas em cada dia do mês de dezembro.

A Via do Infante (A22) movimentou diariamente, em dezembro de 2011, 6.528 viaturas, correspondente a uma quebra, face a 2010, de 48,4 por cento.
  
@Agência Lusa

As auto-estradas perdem movimento de viaturas mas as concessionárias nada perdem.
Quem perde então?
O Estado garante as receitas, mesmo que estas se reduzam.
Perde o Estado e portanto perdem todos os cidadãos.
Perde o país que investiu em auto-estradas que não têm movimento.
Ésta é a política de classe do Governo da direita.
Pagam todos para que os muito ricos possam continuar a ter uma boa vida.
  

3 comentários:

  1. Este é o país que temos e estes são os gestores que a maioria elege como sendo os melhores.
    Enquanto não conseguirmos resolver esta equação o resultado será obviamente sempre o mesmo.
    Contra este estado de coisas : luta, persistencia , coerencia ,denuncia ,e a força que apesar de tudo mantem tanta gente unida:)

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  2. Não percebi!

    Antes, o Estado não cobrava portagens e garantia as receitas aos concessionários.
    Agora, continuando a garantir essa mesma receita, o Estado passou a cobrar portagens aos utilizadores.
    Perde dinheiro como?

    Na Via do Infante, o Estado não recebia nada. Agora recebe 6.528 portagens por dia, ou seja 2.382.720 por ano. Como é que o Estado e os cidadãos perdem?

    Já agora também gostava de perceber, por que razão um cidadão desempregado sem subsídio, ou um reformado com 300 ou 400 euros por mês, há-de pagar a utilização duma auto-estrada por um Mercedes ou um BMW; ou um Fiat 500 que fosse?

    Esse cidadão já pagou, ou está a pagar os custo da construção dessa auto-estrada. Não a utiliza e ainda tem de pagar as portagens dos outros?

    Para uma verdadeira justiça social, não seria melhor que fossem "os ricos a pagar a crise"?

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  3. Sem dúvida que deveriam ser os ricos a pagar a crise. Mas investimentos feitos para não terem utilidade (estradas vazias) que já tinham pouco e que perderam 14.000 veículos por dia é um investimento irracional que se paga caro. E quem o paga? São todos os contribuintes quer as utilizem ou não. Portanto a irracionalidade que refiro é o facto de haver muitas centenas de milhões investidos e que não servem a ninguém.
    Outra questão lateral, que refiro é o facto das empresas agora privadas não têm qualquer risco no negócio, uma vez que o Estado cobre a diferença. Assim eu também gostava de ter uma empresa. É claro que depois dizem que o estado dá prejuízo. Não admira, pagamos todos os lucros dessas empresas.

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