Comunidade internacional abre "guerra" pelo petróleo da Líbia
o Jornal de Negócios, publicou:
No terreno, o cheiro ainda é de pólvora. Mas é atrás do cheiro do “ouro negro” que estão já as maiores potências internacionais.
Consolidada a expectativa de que o regime de Muammar Kadhafi morreu ontem ao fim de quatro décadas com a ocupação do seu quartel-general pelas forças rebeldes, todos os países estão a mexer peças no sentido de se aproximarem do conselho de transição, que tenciona marcar eleições dentro de oito meses, e de reposicionarem as respectivas empresas e investimentos num dos países mais ricos em petróleo e gás.
Segundo a agência Bloomberg, a italiana Eni, dona de um terço da Galp, está a fazer lóbi junto dos líderes rebeldes para manter a sua liderança como produtor de energia na Líbia. Um estatuto assegurado dadas as boas relações entre Kadhafi e Sílvio Berlusconi, que só em Abril – e muito a contragosto – permitiu que forças aéreas italianas se juntassem à operação da NATO.
Ainda segundo a Bloomberg, que cita uma fonte anónima próxima da empresa italiana, a Eni quer assegurar-se de que não vai perder terreno para a Total francesa, que dispõe agora da vantagem política de Nicolas Sarkozy ter sido o primeiro líder mundial a reconhecer o movimento rebelde como interlocutor legítimo na Líbia. E quer também travar caminho às petrolíferas britânicas e norte-americanas, cujos países tomaram a dianteira no apoio ao movimento para derrubar o ditador.
Nota 1:
Para além do roubo do petróleo, os governos das nações invasoras, estão a estudar as formas discretas de se apoderarem dos depósitos de muitos milhares de milhões de dólares que a Líbia tem em vários países.
Nota 2:
Os invasores, revelam a sua moral ao oferecer dinheiro pelo Kadafi, vivo ou morto. Regressamos aos tempos dos "cowboys" e da Idade Média nas Relações Internacionais.
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