25 de agosto de 2011

Pelo ensino público e gratuito

Um milhão de pessoas no Chile manifestaram-se cantando o Povo Unido...



Estudantes e professores com um enorme apoio da população fizeram as maiores manifestações pós-ditadura. Com duas poderosas greves nacionais, em 30 de maio e 5 de junho, estudantes e docentes derrubaram a manutenção da Lei Orgânica do Ensino, ditada por Pinochet no último dia de sua ditadura. A educação chilena é exemplo da realidade do país. Antes do golpe, com Allende, o ensino estatal era dos melhores da América Latina. Com a ditadura, e as políticas de direita, a educação foi considerada com a conhecida fórmula: "quem quer educação que a pague". O ensino privado pago passou a ser financiado pelo Estado. Os colégios apenas são acessíveis aos filhos dos grandes proprietários. O estudante de escola privada custa quatro vezes mais ao Estado do que o de colégio público. 
Ao recolher estas informações e escrever isto, lembrei-me que já vi este filme aqui neste nosso Portugal.





Osvaldo Coggiola, professor titular de História da Universidade de São Paulo, mostra num artigo na Gazeta Digital, que hoje "a jornada semanal de trabalho chilena é de 48 horas, uma das mais altas do mundo. A saúde, previdência, educação, lazer e segurança privatizados corroem a economia familiar vergada pelo endividamento bancário. 45% da população vive na pobreza". Isso explica o grande apoio popular que estas lutas têm tido. 

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