É bem sabido que os Órgãos de Comunicação Social são um poder que actua segundo critérios, não sociais mas, do interesse ideológico dos grandes grupos económicos.
Todos eles, mas a Televisão em especial, difundem culturas, políticas e valores que influenciam as pessoas, orientando tendências, ou "formatando-as", de acordo com um modelo estudado para as tornar acríticas e dóceis, aceitando como verdadeiro o que, quem interessar, diz.
A Televisão, em especial, afasta-se da missão de “Serviço Público”, copia o que há de pior nas televisões americanas e dos países controlados pelo grande capital, que aperfeiçoam as técnicas para captar o interesse do espectador pouco culto, o interesse das grandes audiências, ao mesmo tempo que inculcam conceitos e ideias que apelam aos sentimentos mais baixos, de egoísmo, do salve-se quem puder, da competição sem princípios. Oferecem, como ideal do homem comum, de baixa cultura, o sucesso sem princípios, o espertalhaço, o desenrascado. Estes baixos valores, são de fácil adesão pelas massas de espectadores, pois não exigem nada mais do que dar vazão aos sentimentos primários da lei da selva. A televisão raramente forma as pessoas, como cidadãos e participantes responsáveis na sociedade.
A televisão, abandona os conteúdos de qualidade para apostar na vulgaridade que não exige esforço de reflexão ao espectador. A mediocridade é vista como um nivelamento pela “média”, um meio-termo que, sem esforço alcança todos os espectadores, e assim funciona como meta redutora.
Merece a nossa reflexão este papel nivelador (por baixo), formatando todos os cidadãos numa cultura pobre, enquanto, ao nível social e económico, as desigualdades se acentuam.
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