16 de maio de 2011

A destruição da Cultura

Não é apenas a Televisão que promove a "anti-cultura"


O Sector Intelectual do PCP analizou a política cultural da última década e emitiu um comunicado em que constata que os "responsáveis sucessivos no Ministério da Cultura ao longo dos últimos 10 anos, asfixiaram financeiramente o sector, minimizaram os apoios do Estado e as políticas públicas, alienaram competências e responsabilidades". 

Uma década de reestruturações desastrosas


Na linha de uma política de desastre económico e social, considera o Sector Intelectual do PCP que "com o pretexto da “empresarialização” foram criadas as Entidades Públicas Empresariais (EPE’s) e multiplicaram-se as fundações". A burocracia criada e a desarticulação de serviços, provocaram um enorme retrocesso na cultura em Portugal.

Este caminho vem sendo seguida há muitos anos pelos que têm conduzido a política no país, PS, PSD e CDS. Não, nos queiram enganar com a "crise". Há muitos anos que os apoios à cultura são reduzidos. E a cultura não se promove apenas com mais dinheiro. Pode fazer-se uma política cultural progressista com pouco dinheiro. É exemplo disso o que muitas autarquias da CDU fazem, com projectos inovadores e com a participação das colectividades e populações. Como diz o Sector Intelectual do PCP os Governos há muitos anos que reduzem "os apoios à acção cultural descentralizada, aos criadores individuais e aos pequenos projectos, aos espaços e programações de criação e experimentação, aos mediadores culturais". Também as autarquias com políticas de direita, salvo honrosas excepções, promovem acções de fachada de populismo de mau gosto, e a cultura pimba que deseduca e dá votos. 




As opções políticas e a manipulação das consciência

O Orçamento de Estado para a Cultura representa apenas 0,4% da despesa da Administração Pública e mesmo assim não é cumprido. Comparemos este Orçamento com o que foi enterrado nos bancos privados, ou com a fraude do BPN, ou com a compra dos submarinos, ou com os gastos na NATO e instituições idênticas. Só quem for cego não vê que as opções políticas destes partidos, nada têm a ver com os interesses do povo trabalhador.

O cérebro, para bem pensar, precisa de exercício. Mas, o exercício cansa. Mais vale a distracção da televisão.

Para que os eleitores fiquem mais distraídos e adormecidos, a Televisão encarrega-se de fornecer mais umas boas doses de concursos, telenovelas, shows, casamentos reais, ignomínias, crimes bem condimentados e carlo castrados, entremeados com muitos jogos e escândalos de futebol, para bem alimentar quem não tem dinheiro para comer ou, anestesiar quem tem dores mas não pode cuidar da saúde.

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