10 de agosto de 2015

Pela Paz. Fim às armas nucleares

As razões dos criminosos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki

Os bombardeamentos no Japão com bombas tradicionais atingiram 67 das maiores cidades japonesas. Em Tóquio, a chamada Operação Capelas, entre 9 e 10 de março, matou cerca de 100 mil pessoas numa única noite. Depois de bombardeadas as maiores cidades, em 1945, os estrategas norte americanos decidiram prosseguir os bombardeamentos nas outras cidades com populações que variavam de 60 mil a 350 mil habitantes. Esses ataques foram realizados com bombas tradicionais e muito bem sucedidos segundo os critérios dos militares.
Dois tipos de bombas a experimentar
Dois tipos de bombas foram elaborados por cientistas e técnicos do Laboratório Nacional de Los Alamos, sob a liderança do físico norte-americano J. Robert Oppenheimer. A bomba de Hiroshima, conhecida como Little Boy, com base no Urânio-235 e uma outra que veio a ser experimentada em Nagazaki, mais poderosa e eficiente, mas mais complicada, com base no Plutónio-239. A primeira tinha sido testada em 16 de julho de 1945, perto de Alamogordo, Novo México.
Em abril de 1945, foi decidido analisar os alvos para o lançamento das bombas. Foram indicados cinco: Kokura, Hiroshima, Yokohama, Niigata e Kyoto com os seguintes critérios:
O alvo teria que ser maior do que 4,8 km de diâmetro e ser um alvo importante em uma grande área urbana;
A explosão teria que criar dano efetivo;
O alvo teria que ser um local improvável de sofrer ataques em agosto de 1945.
Essas cidades foram intocadas durante os bombardeios noturnos pois as Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos decidiram deixá-las fora da lista-alvo para que uma futura avaliação da bomba atómica pudesse ser feita com maior rigor.
Hiroshima foi considerada um bom alvo pois tem um tamanho tal que uma grande parte da cidade poderia ser amplamente danificada. Há colinas adjacentes que são susceptíveis a produzir um efeito de focagem que iria aumentar consideravelmente os danos explosão. Considerou-se que os fatores psicológicos na seleção de alvos eram de grande importância, não só para o Japão mas também que fosse suficientemente espetacular para a importância da arma a ser reconhecida internacionalmente.

Hiroshima
Hiroshima era o alvo principal da primeira missão de bombardeio nuclear em 6 de agosto, sendo Kokura e Nagasaki como alvos alternativos. Nenhum aviso foi dado a Hiroshima que uma nova e muito mais destrutiva bomba ia ser lançada, embora tivessem sido lançados folhetos entre 3 e 27 de Julho. Um dos folhetos enumerava doze cidades-alvo de bombardeios: Otaru, Akita, Hachinohe, Fukushima, Urawa, Takayama, Iwakuni, Tottori, Imabari, Yawata, Miyakonojo e Saga. A cidade de Hiroshima não estava na lista. No momento do ataque, com a bomba atómica, em 6 de Agosto de 1945, a população era de 340 a 350 mil pessoas.

Nagasaki
Em 9 de Agosto foi decidido lançar a segunda bomba de um outro modelo com base no Plutónio-239, ainda não experimentado. No dia do atentado, cerca de 263 mil pessoas estavam em Nagasaki, incluindo 240 mil residentes japoneses, 10 mil moradores coreanos, 2,5 mil trabalhadores coreanos recrutados, 9 mil soldados japoneses, 600 trabalhadores chineses recrutados e 400 prisioneiros de guerra aliados.

As razões
É concensual entre os amantes da Paz que não se justificava este massacre de populações civis como refere o Apelo do Conselho Português para a Paz e Cooperação publicado ontem dia 9 neste blogue. Ali e no artigo do Jornal Avante, estão fundamentadas as razões. Contudo, muitos intelectuais, continuam a debater o assunto, em torno de uma falsa questão que é saber se a bomba era necessária para derrotar o Japão já derrotado. Os americanos continuam a defender que as bombas salvaram muitos americanos e Churchill que as bombas salvaram um milhão de norte-americanos e metade desse número de vidas britânicas.

O Japão já estava derrotado
Na altura em que os Estados Unidos lançaram sua bomba atómica sobre Nagasaki em 9 de agosto de 1945, a União Soviética tinha declarado guerra ao Japão e lançado um ataque surpresa com 1milhão e seiscentos mil de soldados contra o Exército de Guangdong na Manchúria. "A entrada soviética na guerra", observou o historiador japonês Tsuyoshi Hasegawa, "desempenhou um papel muito maior do que as bombas atómicas em induzir Japão a render-se, porque exisitia alguma esperança de que o Japão poderia terminar a guerra através da mediação de Moscovo".
As intenções sempre foram outras
Quem for sério nestas avaliações, verifica facilmente que muito antes da bomba ser lançada já havia a intenção dos Estados Unidos imporem uma supremacia internacionalmente e em especial em relação à União Soviética. Na verdade, as bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki serviram para afirmar a hegemonia militar dos EUA, como potência imperialista no mundo. 
Estas práticas já vêm de longe
Essa determinação totalitária tem sido afirmada nas constantes guerras, na intromissão na política de Estados independentes e no provocar de guerras civis com o auxílio do terrorismo que criam, e apoiam quer financeiramente quer com armamento. Nos bombardeamentos de Hiroxima e Nagasaki morreram centenas de milhar de pessoas e mais de cem mil ficaram afetadas para o resto da vida. Nas muitas guerras pela supremacia militar, económica que os Estados Unidos provocam em vários pontos do planeta, desde o Vietnam passando pelo Chile, Africa e Médio Oriente, mostram o que é o imperialismo. A luta dos povos pela Paz é um imperativo. 

Grande parte deste texto foi elaborado com base nas informações recolhidas em documentos em especial na Wikipédia  ver
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bombardeamentos_de_Hiroshima_e_Nagasaki

Sem comentários:

Enviar um comentário