Hoje o Público, brindou os leitores com uma notícia sobre uma das muitas posições que o PCP tem vindo a assumir, na defesa dos trabalhadores e das populações, sempre sacrificadas com a política que há 36 anos a direita vem impondo aos portugueses.
Os partidos da direita refugiam-se numa "falsa verdade". Dizem: "Se os portugueses votam em nós, apoiam a nossa política". Esta é uma das falsidades da "democracia representativa".
A direita domina a informação, tem os meios de propaganda, usa o Aparelho de Estado para influenciar e enganar, impede a informação das alternativas à sua política, convence os portugueses de que a "crise" é uma coisa que nos caiu em cima como se fora vontade de Deus, ou obra da natureza, ou tempestade climática, ou peste asiática, coisas do acaso, estranhas à vontade humana e muito mais estranhas à política que eles vêm seguindo.
Anos e anos a martelar nas cabeças de um povo, arreigado a preconceitos e crenças que Salazar tão bem explorou, e que hoje tanto convêm à direita, claro que só pode dar este resultado. Contudo, as consequências desta política, acabam por, aos poucos, abrirem os olhos a muitos dos enganados.
A comunicação dita social, não foge à regra e não pode continuar a esconder tudo, sob pena de se desacreditar ainda mais.
É esta a notícia do Público:
PCP promete combater mais austeridade sobre cidadãos por causa da Madeira
20.09.2011 - 11:17 Por Lusa
O PCP prometeu hoje combater eventuais aumentos adicionais da carga fiscal sobre os cidadãos da Madeira ou o fim do subsídio de insularidade, na sequência de notícias sobre novos buracos financeiros nas contas da região.
“Medidas como as que já foram aventadas, de acabar com o subsídio de insularidade ou de fazer incidir uma sobrecarga fiscal sobre os cidadãos da Madeira, parece-nos que é um mau caminho e naturalmente que o contestaremos”, avisou o deputado comunista António Filipe, em declarações à agência Lusa
O PÚBLICO avança hoje que o Tribunal de Contas está a investigar um novo buraco de 220 milhões de euros nas contas da Madeira, na sequência de um empréstimo pela Empresa de Eletricidade que o Governo regional “desviou” para pagar despesas de funcionamento, incluindo salários e subsídios de férias de pessoal da Administração Pública Regional.
Para António Filipe, a situação demonstra “a justeza e a pertinência” das iniciativas que o PCP acaba de propor e que hoje mesmo apresentará na mesa da Assembleia da República para que, “de uma vez por todas”, se faça o apuramento rigoroso da situação financeira e da dívida da Madeira.
(...)
“Relativamente à imposição de medidas adicionais, ditas de austeridade, sobre os cidadãos da Madeira, discordamos profundamente. Aliás, um receio que temos é que venham a ser as camadas sociais mais desfavorecidas, aquelas que não beneficiaram nada com a governação do PSD/Madeira, a ser afectadas nos seus direitos, supostamente em nome do combate a esta situação de dívida”, declarou.
O PCP entrega hoje dois projectos de resolução sobre a situação financeira da Região Autónoma da Madeira, recomendando que o Banco de Portugal determine o valor da dívida total e que se crie uma comissão parlamentar eventual.
A iniciativa do PCP surgiu na sequência de informações do Instituto Nacional de Estatística e do Banco de Portugal sobre a ocultação de informações nas contas públicas da Madeira.
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