29 de agosto de 2011

Festa do Avante 2011


FESTA DO AVANTE! EVOCA ESCRITORES COMUNISTAS

Alves Redol e Manuel da Fonseca nasceram há 100 anos


Do Jornal Avante


Num ano em que a exposição política do Espaço Central da Festa do Avante! é dedicada ao 90.º aniversário do Partido, Liberdade, Democracia, Socialismo: um Projecto de Futuro, são evocados dois expoentes da cultura nacional e que são, ao mesmo tempo, parte integrante da história do PCP – Alves Redol e Manuel da Fonseca, ambos nascidos há 100 anos.
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Nomes maiores do neo-realismo português, Alves Redol e Manuel da Fonseca afirmaram-se justamente como nomes maiores da literatura e da cultura portuguesas – o primeiro essencialmente como romancista e dramaturgo e o segundo como romancista, poeta e cronista. Apesar disso, é muito o que os une. Ambos iniciaram muito jovens a sua actividade literária como colaboradores de jornais e revistas – Vértice,O Diabo, Seara Nova, Sol Nascente – contribuindo com crónicas e contos. Como cenário do que escreviam estava o Ribatejo e o Alentejo, as suas gentes, as suas vidas, as suas lutas.

A uni-los está também a opção antifascista que fizeram muito jovens, aderindo, ambos, ao Partido Comunista Português – a única força nacional que se opunha ao regime fascista e o enfrentava, que organizava e dirigia a resistência, que se batia pela liberdade, pela democracia, pelo progresso e pela justiça social. Um e outro mantiveram-se fiéis a esta opção até ao fim das suas vidas.

Nesses anos, décadas de 30 e 40 do século passado, a maioria dos intelectuais portugueses participava activamente, com a sua obra, na luta antifascista, assumindo-se como porta-voz da resistência popular. Com o movimento neo-realista, que viria a marcar impressivamente a literatura portuguesa no século XX, a actividade dos escritores passa a ser parte integrante da luta de massas e as suas obras expressão dos anseios e aspirações dos trabalhadores e do povo. É precisamente do neo-realismo que Alves Redol e Manuel da Fonseca se tornam expoentes maiores. O primeiro, com o seu romance de estreia, Gaibéus, publicado em 1939, é justamente considerado o seu iniciador.

O primeiro livro de poemas de Manuel da Fonseca, Rosa dos Ventos, e Planície, publicados respectivamente nos anos 1940 e 1941, são os primeiros passos da poesia neo-realista.

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