Em defesa do Serviço Nacional de Saúde
Os grandes grupos económicos pretendem a retirada dos serviços de saúde do Estado. Isso permite-lhes um negócio altamente lucrativo. Os privados recebem os lucros e o Estado fornece os "clientes" e subsidia os serviços. Ou seja, é o costume: o Estado fica com os prejuízos e os privados com os lucros.
Os grupos financeiros consideram a saúde uma “área de negócio". Um negócio altamente lucrativo, assim repartido: Para o Estado, um serviço de "caridade", para os que não podem pagar e, para os privados, os "clientes" de maiores rendimentos, e que podem pagar serviços de melhor qualidade.
Assim os utentes, que recorram aos privados, pagam de duas maneiras. Aos privados o serviço que estes prestam e, de uma forma mais discreta, ao Estado, os impostos para que subsidie esses serviços.
Segundo declarações de Jorge Pires do PCP numa conferência de imprensa de há dias, o SNS é muito apetecível pois movimenta mais de 17.000 milhões de euros.
A Constituição define de forma muito clara o papel do Estado na garantia do acesso à saúde de todos os portugueses e dá ao Serviço Nacional de Saúde, universal, geral e tendencialmente gratuito, o estatuto de instrumento para a concretização desse direito. É também por estas razões que os grupos económicos querem alterar a Constituição.
Expandir o mercado da doença
As privatizações têm-se provocado o crescimento da despesa pública e dos custos pagos directamente pelos doentes. Os grupos monopolistas favorecidos pela política de direita apostam na saúde como área de negócio, mas na verdade o seu mercado é a doença. Na lógica capitalista e na economia de mercado se não houver doença o negócio perde interesse. Temos os exemplos das epidemias e pandemias fabricadas para aumentar as vendas e os lucros das farmaceuticas e empresas que negoceiam produtos para o seu combate. Tal como as empresas fabricantes de armas de guerra, o objectivo destas empresas não é nem a paz nem a saúde mas a guerra e a doença que garante a sua actividade e os seus lucros.
A saúde como factor de desenvolvimento económico e social, não faz parte dos objectivos do negócio dos privados.
Como foi mostrado na Conferência de Imprensa referida, é falso que o privado faça melhor e com menos custos. Foram referidos os exemplos do Hospital Amadora/Sintra que se traduziu num enorme prejuízo para o Estado. Os custos com as Parcerias Público Privado onde o privado não corre riscos (pois o Estado financia e garante os clientes), são sobretudo as convenções, nos medicamentos e nas comparticipações nos custos dos serviços por privados. Isto constitui a maior sangria financeira do Estado para os privados.
Prioridade aos cursos de Marketing. A saúde é um negócio.
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