A falta de medicamentos e consumíveis, está a dificultar cada vez mais a prestação de serviços de saúde em Gaza. As faltas mais graves são nos serviços de urgência.
A falta de material pode privar cerca de 200 mil doentes de cuidados de emergência, 100 mil doentes de cirurgias e aproximadamente 700 doentes de cuidados intensivos.
Esta situação deve-se às proibições e boicotes de Israel à entrada de camiões com alimentos e medicamentos em Gaza. Os médicos na Faixa de Gaza estão a lutar para salvar vidas, enquanto Israel continua a restringir a entrada de material médico essencial. «Perante estes números alarmantes, a redução constante, devido à ocupação, do número de camiões médicos que entram em Gaza (para menos de 30% das necessidades mensais) e a quantidade insuficiente de mantimentos disponíveis, o Ministério da Saúde apela urgentemente a todas as partes relevantes para que assumam plenamente as suas responsabilidades na implementação de intervenções de emergência», afirma o texto.
Quase todos os hospitais e instalações de saúde de Gaza foram atacados durante a guerra de agressão genocida, tendo sido danificadas mais de 125 unidades de saúde, incluindo 34 hospitais.
Israel impede que cerca de 1500 crianças passem a fronteira para ser tratadas no estrangeiro.
Pelo menos 1200 doentes, incluindo 155 crianças, morreram por não conseguirem sair de Gaza para receber cuidados médicos urgentes.
OMS alerta para má-nutrição no enclave
O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou este domingo que mais de 100 mil crianças e 37 mil mulheres grávidas e lactantes na Faixa de Gaza ainda deverão sofrer de má-nutrição aguda até Abril do próximo ano.
Apenas metade das instalações de saúde de Gaza estão parcialmente funcionais e com sérios problemas de medicamentos e materiais.
«Para ampliar os serviços que salvam vidas e expandir o acesso aos cuidados de saúde, a OMS apela à aprovação e entrada urgentes e aceleradas de material médico essencial, equipamentos e estruturas hospitalares pré-fabricadas», acrescentou.
Quase 71 mil palestinianos mortos no território
A ofensiva de Israel iniciada em Outubro de 2023 provocou pelo menos 70 937 mortos e 171 192 feridos.
Depois da entrada em vigor do mais recente cessar-fogo, a 10 de Outubro último, as forças israelitas mataram pelo menos 405 palestinianos e deixaram feridos 1115, refere a Algeria Press Service (APS). Um número indeterminado permanece sob os escombros, segundo as mesmas fontes.
Nota: Texto baseado no AbrilAbril de 24/12 e no comunicado da PressTV de 21/12.
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