05 setembro 2025

Ameaça dos EUA à Venezuela (I)

Em conferência de imprensa com a imprensa internacional na passada segunda-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, alertou o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, de que o secretário de Estado, Marco Rubio, procura a guerra na região.

Maduro, referiu o desespero da direita após os repetidos fracassos políticos na Venezuela e explicou a ameaça militar está patente nos “oito navios de guerra com 1.200 mísseis” e um submarino com capacidade nuclear. Descreveu a ação como “extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa” e afirmou que, perante esta “pressão militar máxima”, a Venezuela declara “máxima prontidão defensiva”.

Maduro acusou a "máfia de Miami que tomou o poder político na Casa Branca" e que "Ameaçar a Venezuela é ameaçar todo o continente". Acrescentou que a "diplomacia da canhoneira" deteriorou os canais de diálogo que o Governo Bolivariano sempre manteve com os Estados Unidos.

O presidente venezuelano rejeitou ser chamado de "ditador", afirmando ser um "trabalhador" e que o seu governo está a trabalhar para aperfeiçoar um "Estado de justiça, democrático e de direito social". Não quer ser um modelo para ninguém, mas também não aceitará que lhe tentem impor um.

Agradeceu ao povo venezuelano pela sua unidade e afirmou que o povo venezuelano é pacífico, mas é um povo que nunca se renderá. O presidente citou ainda a Carta das Nações Unidas, afirmando que a ação militar dos EUA é ilegal segundo o direito internacional. Afirmou que mais de 90% dos venezuelanos rejeitam veementemente as ameaças dos EUA.

Maduro referiu que as "formas não convencionais de guerra" dos EUA, (alusão às várias tentativas de golpes militares), falharam e que o seu governo continuará a basear as suas ações na "verdade".

O Presidente Nicolás Maduro disse: "Derrotámos as sanções e o bloqueio. O modelo económico venezuelano é robusto e sólido, avançando no crescimento e na diversificação."

Durante uma conferência de imprensa internacional com a presença de 392 representantes dos media de todo o mundo, o chefe de Estado referiu: "Destruímos o bloqueio político e diplomático", "Hoje temos as melhores relações com o novo mundo que está a emergir e que se projeta indestrutível como um mundo multipolar e pluricêntrico." Salientou que a Venezuela avançou na consolidação da nova democracia participativa e protagonista, diretamente das comunidades, com 5.336 circuitos comunitários, vivos, ativos e em discussão permanente.

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