Dizia Salazar: "É aos pobres que temos que ir buscar o dinheiro porque eles são muitos e já estão habituados"
Já não é possível esconder que esta crise é inerente ao sistema capitalista que se apropria das mais valias do trabalho de quem produz e, com esse dinheiro, multiplica-o artificialmente com operações especulativas. A maioria dos "valores" que servem para os especuladores fazerem fortunas é dinheiro fictício. É papel que nada vale mas serviu para os muito ricos fazerem os seus negócios de comprar e vender enormes somas, com o financiamento dos bancos também eles com dinheiro fictício.
Ou seja, os "buracos" de uns são tapados com os "buracos" dos outros.
Quando um precisou do dinheiro para tapar o seu "buraco" foi pedir ao outro que lhe pagasse o que devia. O outro que tem um "buraco igual e não tem dinheiro para pagar, foi pedir a outro que lhe pagasse o que devia. Como pescadinha de rabo na boca, andam todos à volta mas, por cada volta que dão, vão sacando mais dinheiro através de juros o que aumenta os buracos de cada um e de todos.
Solução: para tapar todos os buracos que criaram, mais e maiores que os que o bicho da madeira, faz na madeira, vai de dar ordens aos governos (que estão às ordens dos mercados) para transformarem as suas dívidas em dívidas públicas. Com artes de vigarista profissional, os governos privatizam o que dá lucro e nacionalizam o que dá prejuizo. E assim vão transformando as dívidas privadas em dívidas públicas, cada vez maiores.
Injectam o nosso dinheiro, dos nossos impostos, do que nos retiram dos ordenados, do que nos aumentam os preços, nos bancos falidos, - cheios de buracos, tal como a madeira carunchosa que alimentou os bichos que a comem durante anos - e, com o nosso dinheiro, tapam os buracos para que os bichos continuem a ter alimento para comer.
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