14 de agosto de 2011

Quem te avisa teu amigo é!

Afinal quem é que fala verdade?


Antes da revelação da crise do sistema capitalista, em 2007, o PCP decidiu promover uma Conferência Nacional sobre as Questões Económicas e Sociais. Disse então Jerónimo de Sousa: "Trinta anos de políticas de direita e de recuperação capitalista dos governos do PS, PSD e CDS-PP comprometeram o desenvolvimento sustentado do país e deliberadamente desbarataram as possibilidades de construção de um Portugal democrático, independente e próspero com as condições abertas pela Revolução de Abril..." 


Confimamos hoje como têm sido acertadas as suas palavras.


Disse também, "...Em 2006, os lucros das 500 maiores empresas não financeiras aumentaram 67% e, entre 2004 e 2006, os lucros da banca cresceram 135%, enquanto continuam a manter taxas reduzidas de IRC." Os escândalos então denunciados agravaram-se até hoje, por os portugueses terem acreditado mais nas promessas eleitorais, que nos factos que vêm sendo demonstrados ao longo de 36 anos de falsa democracia da direita PS, PSD e CDS. 


Política de classe: Ricos mais ricos, Pobres mais pobres


Dizia ainda Jerónimo de Sousa em 2007 que o Governo, "dá de “mão beijada” ao grande capital milhões de euros em benefícios fiscais. Aumenta de 1000 milhões de euros este ano para 1.780 milhões em 2008 os benefícios fiscais para o offshore da Madeira ou seja uma verba igual a 44% défice das contas públicas para 2008.  (...) E, não permitamos que nos digam sem resposta que subestimamos o défice das contas públicas. Não subestimamos! Comecem por cortar os favores aos amigalhaços ... apresentamos propostas e soluções para o resolver, não à custa das condições de vida dos trabalhadores e do povo e da ampliação dos factores recessivos e de travagem da economia com os brutais cortes no investimento público, ... mas sim com uma empenhada política que favoreça o crescimento económico e com ele a elevação das receitas"


Destruição da Agricultura, Pescas e Indústria


Mostrou a Conferência do PCP que "Na agricultura a política de liquidação dos sectores produtivos está bem patente na contínua e avassaladora destruição das explorações agrícolas. Entre 1989 e 2006 desapareceram mais de 250 mil explorações, ao mesmo tempo que diminuiu a área semeada e a agricultura perde peso na economia, no emprego e no espaço rural". 




Os estudos realizados pelas centenas de técnicos, economistas e quadros do PCP mostraram ainda nessa Conferencia Nacional de 2007 o que hoje se confirma: "Nas pescas o resultado das políticas seguidas levou à progressiva degradação e desmantelamento da frota e a uma acrescida dependência do país em relação ao exterior em produtos de pesca, à deterioração das condições materiais de existências das comunidades ligadas ao mar" e ainda que a "evolução e situação das indústrias extractivas, a quase totalidade da actividade mineira está nas mãos de empresas estrangeiras e os minerais daí extraídos não têm praticamente nenhuma transformação em território nacional, e "no que se refere à indústria transformadora, também aqui assistimos à contínua perda de peso desta no produto, no emprego e no investimento, e à liquidação parcial ou total de sectores e ramos inteiros: química, siderurgia, metalomecânica pesada, reparação e construção navais. Enquanto em 1995, o produto industrial correspondia a cerca de 29,5 % do PIB, em 2005, tal valor tinha descido para 17 % do PIB". 


Política de classe na UE contrária à "coesão social"


Por fim, nesta muito resumida lembrança, acrescenta-se que já em 2007 o PCP dizia que "A política de direita já demonstrou que não está em condições de resolver os problemas nacionais. A ruptura com as políticas dominantes da direita tornou-se uma necessidade imperiosa para assegurar uma vida melhor para todos os portugueses". Ruptura essa que é extensiva à “construção europeia” federalista e neoliberal realizada à custa da soberania nacional e do direito de cada povo decidir o caminho do seu desenvolvimento".


Por tudo isto e, muito mais que ainda espero mostrar, digo que os portugueses ainda irão reconhecer que "AFINAL OS COMUNISTAS É QUE TÊM RAZÃO".

As declarações citadas podem ser vistas em: http://www.pcp.pt/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=30832&Itemid=390

2 comentários:

  1. Temos que trabalhar ainda mais para que os portugueses venham a reconhecer que "Afinal os comunistas é que têm razão".

    Essa é a nossa tarefa!

    Um abraço.

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  2. Sem dúvida. É um trabalho desigual, pois quem tem o poder tem os meios de intoxicação, a que chama "comunicação social". Mas, apesar dos meios poderosos que possuem, têm que usar muitas manhas e Marketing, para enganar.
    Nós não temos os mesmos meios mas temos a razão que tem muita força. Precisamos de saber usá-la para comunicar com eficácia.
    Abraços

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