23 de janeiro de 2011

Eleições e o despertar de consciências

Hoje, dia de Eleições para Presidente da República, Cavaco Silva ganhou à primeira volta com quase 53%, Francisco Lopes, o meu candidato, obteve 7,14%.
Como disse Jerónimo de Sousa, "esta candidatura ligada aos trabalhadores e aos problemas do país, recolheu apoio e a identificação que constituem um importante contributo para novas opções políticas e garantiram a determinação na luta que continua e se vai intensificar para vencer o declínio nacional e as injustiças sociais".


Para quem desejaria um melhor resultado, pode parecer que foi mau. Nada de mais errado. A candidatura de Francisco Lopes, como ele disse, "colocou ao povo português a questão essencial em causa no tempo em que vivemos: a necessidade da ruptura e mudança face a um rumo de declínio e injustiça social que conduziu o País para o atoleiro". Objectivo sem dúvida ambicioso para ser compreendido pela maioria dos portugueses. Objectivo que assusta os comodistas (não os comunistas), quem foi habituado à pasmaceira, ao "deixa andar", chamados de "estabilidade". O País precisa de "estabilidade", disseram políticos e comentadores em constantes comícios feitos na Televisão e Jornais, bem apoiados, por quem quer que tudo fique na mesma pois, é assim, que mais lucram. Como hoje já não há serviço de censura, esta é feita por "administração directa", silenciando grande parte da comunicação de Francisco Lopes. Com ar de pluralismo, fazem-se debates entre comentadores iluminados, directores dos jornais, e outros que tais, e tudo fica em casa. Dizem, esses iluminados pelo saber, que a Campanha Eleitoral foi muito fraca. Que os candidatos se atacaram mais do que fizeram propostas. Na realidade, foi essa a ideia que quiseram dar, e que transmitiram, desvalorizando, ou omitindo, as linhas políticas de "um novo rumo patriótico e de esquerda, vinculado aos valores de Abril e a concretização do projecto consagrado na Constituição da República Portuguesa, no caminho do desenvolvimento, da justiça e do progresso social" muitas vezes referido por Francisco Lopes.



Muitos trabalhadores entenderam as propostas de afirmação do "caminho da produção nacional, da criação de emprego, da valorização do trabalho e dos trabalhadores", a ponto de haver quem, sem referir a autoria, falasse do mesmo como se fosse uma ideia sua, descoberta na ocasião.

Mas, também como disse Francisco Lopes, os resultados destas eleições, estão "muito além da sua expressão em votos", estão na "simpatia, no apoio e na identificação com os objectivos da candidatura, que constituem um importante contributo para novas opções políticas e a abertura de um caminho novo patriótico e de esquerda para o País".

Muitos dos eleitores que pela primeira vez votaram num candidato comunista, muitos que ainda desta vez não votaram, como também não votaram noutro, alargam "esta corrente de acção para mudar Portugal para melhor" disse Francisco Lopes acrescentando "Contem com a nossa convicção, a nossa determinação, o nosso projecto, a nossa confiança nos trabalhadores, no povo e no País. Temos encontro marcado já amanhã e todos os dias que se seguem na luta que continua e se vai intensificar para vencer o declínio nacional e as injustiças sociais, para construir um Portugal com futuro, uma sociedade mais justa".

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