15 de maio de 2014

A irracionalidade do capitalismo (6)

Os desperdícios, os "luxos", os “gadgets”, os "descontinuados" a sociedade e o planeta.

No dia 11, referi de um modo geral as irracionalidades do capitalismo relacionadas  as crises e o seu aproveitamento. Referi uma das contradições fundamentais do capitalismo, que levará à sua destruição. As desiguladades que cria levam a que grande parte do que o capitalismo produz, seja para deitar para o lixo. Por isso pagamos todos nós, a humanidade e o planeta.
Vou hoje abordar alguns exemplos.

Esta política subordinada ao poder económico

Critica-se o "desperdício" da "gratuitidade" dos serviços sociais, e esconde-se o desperdício social, provocado pelo desemprego, o das despesas individuais com inúmeros produtos e acessórios de inúmeros modelos, os chamados "gadjets", as modas e os luxos, bebidas alcoólicas, bebidas viciantes, drogas e o jogo.
À racionalidade isolada das empresas para normalizar e produzir em série, para baixar os custos, responde a sociedade capitalista global, com a irracionalidade de cada um ter os seus modelos, fabricar diferente proliferando-se acessórios e equipamentos com as mesmas funções e com pouca duração.
Lá se vai a racionalidade da normalização, lá se vai a poupança de recursos e a amortização de equipamentos.
E se falássemos das embalagens que muitas vezes são mais caras que os produtos que embalam, servindo apenas para vender o que não presta e logos deitadas para o lixo?



A proliferação de modelos, de obsoletos e "descontinuados"...

Telemóveis, computadores, tabletes, de modelos às centenas ou milhares, sempre diferentes, com carregadores diferentes, com peças de substituição diferentes e que mudam todos os anos, para dar lugar a outros iguais, destruindo-se milhões de rotulados obsoletos, artificialmente considerados "descontinuados", para serem destruídos e não colocados à venda? As montureiras de produtos, novos, "descontinuados", não vendidos e destruídos são de milhões de metros cúbicos, que afetam o ambiente e a saúde de povos dos países do terceiro mundo onde estão sediadas. É um duplo e miserável crime de lesa humanidade do capitalismo.

Reduzir para muitos e aumentar para alguns

O Governo, obedecendo aos interesses capitalistas, reduz o aparelho de estado, reduz o número de escolas, aumenta o número de alunos por turma, reduz os centros de saúde aumentando as distancias a percorrer e os custos de transporte, reduz os hospitais. Contudo, não reduz o número de bancos. Porquê? Para que servem mais de setenta bancos a operar em Portugal. Sim disse bem 70 (setenta). Quem paga os custos de funcionamento, os conselhos de administração e os lucros de toda essa gente?

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