11 de maio de 2014

A irracionalidade do capitalismo (5)

A irracionalidade e as crises do capitalismo, quem as paga?

As crises periódicas de superprodução são a expressão mais nítida da irracionalidade fundamental do capitalismo. A crise que estamos a pagar, à custa do aumento da exploração e do aumento do trabalho, dos que trabalham, é acompanhada do aumento dos que não trabalham porque não têm emprego. Apesar da necessidade do aumento constante do lucro em cada empresa que obriga a uma racionalidade do modo de produção, utilização da tecnologia para produzir mais em menos tempo, o sistema capitalista na busca da concorrência para eliminar as empresas mais fracas, conduz no plano global a uma irracionalidade que promove o desemprego, o desperdício e o consumo desnecessário dos recursos do planeta.


As necessidades de muitos e as de alguns

Apesar das necessidades de bem estar humano, da saúde e ambiente, do ensino e cultura, o capitalismo produz bens de consumo em excesso que não são consumidos por falta de dinheiro das sociedades empobrecidas pela concentração de riqueza em poucos. Nas crises periódicas do capitalismo impõe-se reduzir a produção apesar das imensas necessidades insatisfeitas. A redução da produção condena ao desemprego e à miséria milhões de homens "porque se produz demasiado" o que aumenta a crise por falta de capacidade para comprar os produtos necessários. Em Portugal, a entrada para a União Europeia capitalista, impôs-nos a destruição de milhares de fábricas e empresas para que os mais ricos continuassem a produzir e vender. O capitalismo destrói recursos e potencialidades de desenvolvimento de povos inteiros.

(Em breve continuarei a mostrar outras irracionalidades desta sociedade em degradação).


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