Não é fácil em pouco espaço fazer um balanço de 2012. Foi um ano de grandes desgraças, mas também de grandes lutas.
O desemprego bateu todos os recordes, atingindo mais de um milhão e trezentos mil trabalhadores.
A maioria dos desempregados foi ficando sem subsídio de desemprego.
A pobreza alastrou a mais de 2,5 milhões de portugueses, (um quarto da população nacional).
A fome assumiu proporções nunca vistas em especial nas crianças.
Milhares de pequenas e médias empresas foram à falência.
Os trabalhadores viram desaparecer direitos e aumentar a exploração com mais trabalho e menos dinheiro.
O avanço técnico e científico foi apenas para alguns
Tudo isto num período da história em que os avanços científicos e técnicos são enormes como nunca o foram.
Tudo isto quando, com os meios de produção hoje existentes, seria fácil dar de comer a todos os habitantes do planeta, reduzir as horas de trabalho e aumentar a produção e a riqueza de cada um.
Contudo os lucros alcançados com os baixos salários e aumento das horas de trabalho não pagas, são apropriados pelos grandes capitalistas e em especial pelos Bancos.
Os valores do 25 de Abril foram desrespeitados
As pensões e reformas foram brutalmente reduzidas e os subsídios roubados.
Os direitos laborais assaltados, foram rasgados.
Os serviços públicos essenciais na maioria fechados.
Foi o ano de maior ataque ao 25 de Abril, ao Poder Local democrático.
Foi o ano da ameaça de morte a mais de um milhar de freguesias.
Foi um ano em que continuou a impunidade para a corrupção dos políticos desta política de direita.
A civilização recuou
A democracia foi ofendida mesmo na Assembleia da República pela maioria de direita.
A independência nacional foi humilhada e desprezada. A Constituição da República foi desrespeitada.
Por tudo isto:
Foi o ano em que mais aumentaram as desigualdades entre ricos e pobres.
Do ponto de vista de civilizacional foi o ano de maior retrocesso, nalgumas áreas só comparável ao fascismo e ao século XIX.
Um Natal mais triste para a maioria.
Este Natal, para a imensa maioria dos portugueses, foi o pior desde o 25 de Abril de 1974.
E 2013, como será?
Será o que o povo quiser !
Será o que o povo quiser !
Acabou 2012, começa 2013 que a não travarmos esta política será pior que 2012. Há 36 anos que é assim, mas não há mal que sempre dure e, como o mundo é composto de mudança, troquemos-lhe as voltas... e acabemos com esta política de direita.
E com o inicio do poema de Camões aqui fica o registo desta passagem de ano.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
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