As políticas de austeridade são um caminho errado, apenas para retirar direitos e aumentar a exploração.
Ativistas de muitos países, irão juntar-se à manifestação internacional, pela "mudança global" convocada para 15 de Outubro em várias cidades, (e em Lisboa) e solidarizam-se com a luta dos portugueses.
Em Portugal, a revolta alastra, e há fortes razões para isso. As recentes medidas do Governo, PSD e CDS com o apoio do PS mostram a natureza de classe de quem aplica uma política que serve o grande capital.
Há 35 anos que a direita vem desviando o rumo de uma política que o povo português aspirava.
Não bastaram as sucessivas alterações da Constituição de Abril, como os Governos e Presidente da República, têm vindo, ostensivamente, a desrespeitá-la. Os resultados estão à vista! Agravam-se as desigualdades. Os ricos cada vez mais ricos, enquanto aumenta dramáticamente o número de pobres cada vez mais pobres.
Aumenta o horário de trabalho, apesar de aumentar o desemprego.
Reduzem-se os direitos e os salários.
Aumentam os impostos para quem trabalha e isentam-se os dos bancos, banqueiros e especuladores.
A fuga de dinheiros do nosso trabalho, para os bolsos de grandes capitalistas, que o levam para o estrangeiro, para os offshores e paraisos fiscais esgota os recursos do País.
É a política da terra queimada. É a destruição do país independente.
Temos razão para estar indignados!
Contudo, não basta a indignação! A direita, o poder financeiro não teme a indignação. Apenas teme a força organizada das massas, dos trabalhadores conscientes dos seus interesses de classe. É a conjunção dessa indignação consciente, com a organização que poderá alterar a relação de forças entre os exploradores no poder e os explorados sem perspectivas.
Os movimentos de "Indignados" são importantes e uma forma primária de despertar para a luta. Mas não se podem ficar por aí sob pena de fracassarem e desiludirem os aderentes. São precisos objectivos realistas, um programa que unifique as acções, que as torne eficazes e percorra um caminho em direcção aos objectivos para transformar a sociedade.
A nossa força está nas organizaçóes de classe, dos trabalhadores. Partidos e Sindicatos de classe, constituidos por trabalhadores conscientes que não cedem às miragens, a oportunismos e outros truques da direita. Trabalhadores e organizações que não traem a classe que representam.
É isso que "Indignados" teremos que ter presente a continuação da luta e tornar eficaz a ação. Até lá, a direita no poder, o capitalismo, continua a sorrir e dizer: "cão que ladra não morde".
Lutemos, manifestemo-nos em 15 de Outubro, mas tenhamos a consciência que a luta tem que avançar com as organizações de classe, nas fábricas e locais de trabalho, onde os trabalhadores, que tudo produzem, têm força, se estiverem organizados.
UNIDOS POR UMA MUDANÇA GLOBAL – 15 DE OUTUBRO, 15 HORAS NO MARQUÊS DE POMBAL
Tomemos as ruas no dia 15 de Outubro, às 15 horas no Marquês de Pombal, para ganhar força para uma organização mais elevada.
Em termos unitários, a CGTP, a mais poderosa estrutura sindical dos trabalhadores, está a organizar a luta com várias acções discutidas e planeadas desde as bases, com sindicatos, comissões de trabalhadores e plenários de trabalhadores nas empresas.
Não esqueçamos as jornadas de Luta entre 20 e 27 de Outubro.
A luta continua!
Muito obrigada!!!
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