15 dezembro 2025

Povo da Venezuela mobiliza-se contra a pirataria e o roubo do petróleo nacional por parte dos EUA

Este sábado, a Venezuela foi palco de grandes protestos generalizados em vários estados, pelo povo venezuelano, que rejeita veementemente os atos de interferência do governo norte-americano e denunciou os atos de "pirataria internacional" perpetrados contra um petroleiro que transportava petróleo venezuelano.

Uma das maiores marchas começou na Plaza La Concordia e seguiu até à Plaza Miranda, estrategicamente localizada em frente à Avenida Baralt, em Caracas. Colunas de manifestantes de bairros operários como Magallanes de Catia, La Vega e Plaza Candelaria juntaram-se à marcha, amplificando a voz da condenação.

O protesto não se limitou ao Distrito da Capital. No estado de Miranda, os populares também saíram à rua numa marcha que se uniu à defesa da soberania nacional contra as ameaças externas.

Também no interior do país a adesão foi enorme. Em San Fernando de Apure, uma grande manifestação começou na Avenida Primero de Mayo e seguiu em direção ao icónico Monumento aos Pescadores numa mensagem clara contra a tentativa de pilhagem do petróleo venezuelano.

As concentrações massivas apoiam a denúncia oficial do Governo que qualificou «robo descarado» e «acto de piratería», «criminosa e ilegal» a retenção de um petroleiro venezuelano no Caribe por navios de guerra dos Estados Unidos. Esta nova agressão gerou rejeição por parte de governos como da China, da Rússia, de Cuba e do Irão, bem como de organizações como a ALBA-TCP, da Associação Americana de Juristas, e de movimentos sociais internacionais.

Aspetos-chave da agressão dos EUA no Caribe

Desde agosto passado que os EUA mantêm uma força militar significativa posicionada na costa da Venezuela, justificando-a como parte da luta contra a droga. Trump afirmou ainda que, para este efeito, lançará em breve ataques terrestres.

No âmbito destas operações, os EUA bombardearam alegados navios de tráfico de droga nas Caraíbas e no Pacífico, resultando em mais de 80 mortes, sem provas de que estivessem de facto a traficar narcóticos.
Numa escalada das ações violentas dos EUA na região, os militares norte-americanos atacaram um petroleiro na costa venezuelana.

Maduro afirma que o verdadeiro objectivo dos EUA é a "mudança de regime" para se apoderar da imensa riqueza de petróleo e gás da Venezuela. "A máscara deles caiu; o narcotráfico é 'fake news', é o petróleo que querem roubar".

A ONU e a própria DEA salientam que a Venezuela não é uma rota principal de tráfico de droga para os Estados Unidos, uma vez que mais de 80% da droga utiliza a rota do Pacífico.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e os governos da Colômbia, México, Rússia e Brasil condenaram as ações dos EUA. Os especialistas descrevem os ataques a embarcações como "execuções sumárias" que violam o direito internacional. 

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