Este sábado, a Venezuela foi palco de grandes protestos
generalizados em vários estados, pelo povo venezuelano, que rejeita
veementemente os atos de interferência do governo norte-americano e
denunciou os atos de "pirataria internacional" perpetrados
contra um petroleiro que transportava petróleo venezuelano.
Uma
das maiores marchas começou na Plaza La Concordia e seguiu até à
Plaza Miranda, estrategicamente localizada em frente à Avenida
Baralt, em Caracas. Colunas de manifestantes de bairros operários
como Magallanes de Catia, La Vega e Plaza Candelaria juntaram-se à
marcha, amplificando a voz da condenação.
O protesto não
se limitou ao Distrito da Capital. No estado de Miranda, os populares
também saíram à rua numa marcha que se uniu à defesa da soberania
nacional contra as ameaças externas.
Também no interior do país a adesão foi enorme. Em San Fernando de Apure, uma grande manifestação começou na Avenida Primero de Mayo e seguiu em direção ao icónico Monumento aos Pescadores numa mensagem clara contra a tentativa de pilhagem do petróleo venezuelano.
As concentrações massivas apoiam a denúncia oficial do Governo que qualificou «robo descarado» e «acto de piratería», «criminosa e ilegal» a retenção de um petroleiro venezuelano no Caribe por navios de guerra dos Estados Unidos. Esta nova agressão gerou rejeição por parte de governos como da China, da Rússia, de Cuba e do Irão, bem como de organizações como a ALBA-TCP, da Associação Americana de Juristas, e de movimentos sociais internacionais.
Aspetos-chave da agressão dos EUA no Caribe
Desde
agosto passado que os EUA mantêm uma força militar significativa
posicionada na costa da Venezuela, justificando-a como parte da luta
contra a droga. Trump afirmou ainda que, para este efeito, lançará
em breve ataques terrestres.
No âmbito destas operações,
os EUA bombardearam alegados navios de tráfico de droga nas Caraíbas
e no Pacífico, resultando em mais de 80 mortes, sem provas de que
estivessem de facto a traficar narcóticos.
Numa escalada das
ações violentas dos EUA na região, os militares norte-americanos
atacaram um petroleiro na costa venezuelana.
Maduro afirma
que o verdadeiro objectivo dos EUA é a "mudança de regime"
para se apoderar da imensa riqueza de petróleo e gás da Venezuela.
"A máscara deles caiu; o narcotráfico é 'fake news', é o
petróleo que querem roubar".
A ONU e a própria DEA
salientam que a Venezuela não é uma rota principal de tráfico de
droga para os Estados Unidos, uma vez que mais de 80% da droga
utiliza a rota do Pacífico.
O Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Direitos Humanos e os governos da Colômbia, México,
Rússia e Brasil condenaram as ações dos EUA. Os especialistas
descrevem os ataques a embarcações como "execuções sumárias"
que violam o direito internacional.
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