20 de novembro de 2011

É urgente a nacionalização da Banca

Temos que travar o vampirismo dos Bancos
 
Entre 2007 e 2010, os lucros da banca somaram mais de 10.000 milhões de euros. Lucros obtidos à custa de taxas de juro e spreads bancários muito acima do valor da taxa de juro cobrada pelo BCE.
 
Os 12.000 milhões de euros que o Estado vai transferir para os Bancos sâo mais que suficientes para a sua Nacionalização. Note-se que os três maiores bancos privados com sede em Portugal valiam em bolsa, a semana passada, 1.943 milhões de euros, menos de metade do que precisam para se recapitalizarem. 
 
Recorde-se ainda que na década passada, os bancos distribuíram pelos accionistas, em dividendos, mais de 6.000 milhões de euros de um lucro global de cerca de 24.000 milhões e que entre 1994 e 2005, beneficiaram de cerca de 3.000 milhões de euros pela redução dos impostos.
 
 
Na situação de profunda crise provocada pelos Bancos, é ainda mais evidente a importância do controlo deste sector estratégico que deve ser predominantemente público. É urgente a nacionalização definitiva de todo o sector da banca e seguros.
 
É um crime económico contra os interesses nacionais, um roubo aos portugueses, a cedência dos 12.000 milhões de euros que vamos ter que pagar, sem as contrapartidas normais do mercado.
É igualmente um crime a privatização da actividade seguradora da Caixa Geral de Depósitos, que representa mais de 30% da actividade seguradora em Portugal.
 
Os portugueses que estão a ser gravemente penalizados para pagar estes crimes económicos têm que se revoltar e impedir que o Governo prejudique a nossa economia para salvar os Bancos que continuam a distribuir escandalosos dividendos.


Dados retirados da Intervenção de Jerónimo de Sousa (ver aqui)

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