“O consenso político e as medidas recentemente anunciadas pelo Governo foram tomadas em conta”, disse Anthony Thomas, analista sénior de risco soberano da agência de notação Moody’s.
Segundo o também vice-presidente da agência de rating, estes dois factores não foram suficientes para evitar os “riscos de deterioração”, pelo que a Moody’s considera que “o rating de Portugal está mais apropriado em Ba2”.
Por um lado, argumenta que existe o risco crescente de Portugal precisar de um segundo pacote de empréstimos internacionais antes de conseguir regressar aos mercados no segundo semestre de 2013. Depois, existe uma “possibilidade crescente de a participação dos investidores privados ser imposta como pré-condição” para esse segundo resgate, à semelhança do que está a ser estudado no âmbito de um segundo pacote de ajuda à Grécia.
Em terceiro lugar, agravam-se os receios de que Portugal não seja capaz de cumprir a totalidade das metas de redução do défice e da dívida acordadas com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, no âmbito do empréstimo de 78 mil milhões de euros.
Além de cortar o rating da dívida de longo prazo de Portugal em quatro níveis, a agência de notação colocou-o ainda em ‘outlook’ negativo, podendo a notação voltar a cair em breve.
Noticia extraída do Jornal Público
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