Há 77 anos, os operários vidreiros da Marinha Grande levantaram-se contra o regime fascista, numa combativa luta pela liberdade, contra a exploração, por uma vida mais digna e uma sociedade mais justa.
Foi também uma luta contra a fascização dos sindicatos e pela livre organização dos trabalhadores; contra a ofensiva salazarista, contra os baixos salários.
Lutaram também por um horário de trabalho de 8 horas.
Todos os trabalhadores sentiram nessa luta dos seus camaradas vidreiros, um estímulo em defesa das liberdades, contra as perseguições, as prisões, as torturas e assassinatos dos trabalhadores que se revoltavam.
Uma experiência de organização e luta
A luta dos vidreiros em 18 de Janeiro de 1934, comportou deficiências, erros e ilusões verificadas na sua preparação mas que serviram também para a compreensão da importância da organização da classe operária, para o futuro.
Os trabalhadores em geral e a classe operária vidreira em particular, dispunham já de experiências de luta e de uma organização de classe, o sindicato dos trabalhadores vidreiros, de uma organização local do PCP e do apoio unitário de muitos trabalhadores.
Disse Álvaro Cunhal em 1975 na Marinha Grande que "Os revolucionários do 18 de Janeiro foram derrotados num combate em que a heroicidade não bastava para vencer a enorme desigualdade de forças, mas, como muitas vezes aconteceu na história, foi do amargo da derrota que o movimento operário revolucionário extraiu as lições para melhorar a sua organização e elevar a sua capacidade de luta".
Campo do Tarrafal - Campo da "Morte Lenta"
A reacção de Salazar, foi de grande violência, com elevado número de prisões, despedimentos, julgamentos sumários, condenações a pesadas penas de prisão, deportações e assalto ao que restava das organizações operárias livres.
Foi nessa ocasião criado o Campo de Concentração do Tarrafal com o objectivo de aterrorizar o povo português e poder assassinar, longe do país e das famílias, os presos políticos considerados mais perigosos.
O Campo de Concentração do Tarrafal, tornou-se num verdadeiro inferno para os presos antifascistas que para lá foram enviados.
Hoje recordar o 18 de Janeiro é imperioso, uma vez que a direita tenta a todo o custo branquear o fascismo, absolver os seus crimes, alterar e até falsificar a história.
Recordar o Fascismo e defender a Democracia
A direita não quer que se recorde os que deram o melhor das suas vidas e, alguns deles, a própria vida, para que Portugal pudesse ser livre, para que uma sociedade mais justa fosse possível. É preciso não esquecer que o fascismo existiu e o que significou, para que o não possa voltar. As ameaças aos trabalhadores, o clima de revolta criado, o aumento enorme da pobreza e da fome, podem ser aproveitados para abrir caminho ao regresso a regimes fascizantes.
As alterações da Constituição, retirando os direitos dos trabalhadores e do povo, retirando o projecto social que o 25 de Abril conquistou, são graves indícios de que a direita faz constantes tentativas para abrir brechas nas conquistas do 25 de Abril de 1974.
Os grupos económicos que existiam a coberto do regime de Salazar têm vindo a readquirir o seu poder e a controlar a política e o que resta do regime democrático.
Hoje, para defender a democracia, os trabalhadores e todo o povo cada vez mais explorado, é vital defender a Constituição.
obg vcs me ajudaram no trabalho escolar!
ResponderEliminarAinda bem que foi útil esta publicação
ResponderEliminarBom trabalho.
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