Não tenho palavras
Não consigo expressar, como gostaria, a indignação que sinto
por ver os constantes avanços do fascismo, mascarado de democracia e tanta
gente que "lá vai cantando e rindo" inconsciente ás mordaças, às
leis, às regras ditadas, às condições sociais que todos os dias nos impõem e
que acorrentam as nossas vidas. A "lavagem de cérebros", a propaganda
e mentalização tem sido eficaz para que a maioria aceite como bom, ou, no
mínimo, como inevitável, o que nos impingem.
Será que conseguem tornar-nos autómatos, máquinas
obedientes, sem capacidade de pensar e de ter consciência. Vamos votando de
quatro em quatro anos, sempre nos mesmos, acreditando que não há alternativa.
Para quem queira ver um exemplo actual clique (aqui)
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A rã que se deixou cozer
É cada vez com mais frequência que me lembro da história verídica da rã cozida(Clique). A tal que metida num tacho aberto com água morna não
saltou quando devia e foi "amolecendo" até que quando a água já
escaldava deixou de ter forças para saltar.
A miséria que nos impõe é, material, económica e social, mas
também cultural, moral, e civilizacional. As pessoas vão aceitando tudo o que
lhes enfiam na cabeça. Criticam mas nada fazem. Não reagem para se unir e
organizar. Isso dá muito trabalho.
Não acordem, não e depois digam que agora é tarde!
Não esqueçamos a História
Sei que estou a traçar um quadro negro. Contudo tenho a
consciência que é real.
Desde o dia 25 de Abril de 1974, que o fascismo espreita e
prepara as oportunidades.
Falhou no 28 de setembro, mas minou alguma unidade que
existia.
Falhou no 11 de Março mas continuou a sabotar.
Mostrou as suas garras nos ataques bombistas, assalto e incêndio
dos Centros de Trabalho do Partido Comunista em muitas localidades.
Preparou o golpe do 25 de Novembro que não foi totalmente
concretizado. Desde então paulatinamente começaram a tomar o poder económico e
político.
Aos poucos, tal como a água que aquecia a rã, foram destruindo
o poder dos trabalhadores.
Criaram a UGT para partir a espinha à Intersindical, expressão
da unidade dos trabalhadores.
Destruíram a Reforma Agrária, e depois a Agricultura.
Voltaram a entregar as terras a quem a deixou abandonadas e
as foi vendendo ao estrangeiro.
Privatizaram os Bancos e as empresas nacionalizadas,
fundamentais para a nossa economia. De seguida os privados venderam-nas ao
capital estrangeiro e aumentaram as suas fortunas. Os lucros das empresas
passaram a ir na maioria para fora e muitas foram fechadas para dar entrada aos
produtos estrangeiros.
Acabaram com a frota pesqueira e a marinha mercante.
A Europa invadiu Portugal, primeiro acenando com a “cenoura”
dos subsídios que encheram os bolsos de alguns mas ajudaram a destruir a nossa
economia.
Chegou a factura para pagar e o país já não produzia nem
tinha dinheiro. Os bancos depois de privatizados, emprestaram dinheiro ao
Estado a altos juros, endividando ainda mais o país. Impuseram condições. O poder
económico passou a controlar a política colocando nos governos homens da sua
confiança.
Lá vamos, cantando e rindo, levados, levados, sim…
O povo anestesiado "lá
ia cantando e rindo" votando nos homens da confiança dos Bancos e do
poder económico base do fascismo.
Recordemos que foi assim que Hitler subiu ao poder. Também
em nome da democracia.
- Aumentaram o desemprego para ter os trabalhadores na mão
- Reduziram salários e pensões.
- Deixaram de pagar horas extraordinárias.
- Cessou a compensação dos dias de trabalho em dias de
descanso.
- Aumentaram os preços de tudo o que era serviço social: Saúde,
medicamentos, transportes, água, electricidade, rendas de casa, etc.
- Formaram a lei dos despedimentos para aumentar o
desemprego.
- Querem aumentar os horários de trabalho apesar de não
haver trabalho.
- Criaram a lei dos despejos... Etc. etc.
Na televisão fazem entrevistas a pessoas na rua e passam
apenas as que mostram a aceitação e sujeição das pessoas que estão “adormecidas”
e rendidas.
O dinheiro não desaparece. Se estamos todos mais pobres, para
onde vai o dinheiro ?
Em contrapartida os bancos nunca tiveram lucros tão
elevados.
As maiores empresas e as maiores fortunas tiveram um
crescimento nunca visto.
Rodearam-se de ministros e membros do governo, boys e
administradores de empresas públicas altamente remunerados. O Estado, com o
nosso dinheiro, entregou obras e serviços aos amigos.
Aumentou a corrupção. Por isso impediram a aprovação de leis
anti-corrupção.
Os tribunais bem controlados, vão deixando cair todos os
processos de corrupção e do crime organizado dos poderosos.
Nos órgãos de comunicação, jornais, televisão, colocaram
homens de confiança para controlar as notícias, silenciar a esquerda consequente
e dar voz a comentadores do "pensamento único" por vezes com alguns
disfarces.
Acabaram com os programas que poderiam por os portugueses a
pensar de forma diferente.
Destruíram a cultura independente.
Estão a querer matar o Poder Local Democrático, extinguir
metade das freguesias, por agora. A outra metade vem a seguir não vá a rã acordar
antes de estar sem forças.
Querem acabar com as eleições para as Câmaras e que o
Presidente de Câmara escolha os Vereadores da sua confiança (a família).
Rejeitaram as leis anti-corrupção, tal como rejeitaram a
proibição da fuga dos impostos para os paraísos fiscais e offshores, mas
aumentam as condições para a corrupção partidária entre a “família”.
Estamos no auge da luta de classes. É preciso compreender
Para que se veja a ideologia que está por detrás de todas
estas ações atente-se na extinção de feriados da Implantação da República, 5 de Outubro, depois de acabado o do dia da
Independência Nacional. Qual será a seguir?
Uma vez que a comunicação social está controlada, quando as
coisas se sabem são apresentadas como normais ou, sem alternativas. Conseguiram
criar a "inconsciência" de que a “crise”, essa coisa indefinida, é a
causa de tudo. Conseguiram fazer crer a maioria dos "adormecidos" que
não há nada a fazer. Como Salazar nos “ensinou” a política é para os políticos.
Eles é que sabem!
Para rematar, por agora, pois a procissão ainda vai no adro,
a Internet que é ainda uma forma de comunicação livre, está a ser há muito
controlada secretamente. Agora, depois das secretas e “democráticas”
negociações que ninguém conhece, foi feito um "pacto" a que Portugal
secretamente aderiu, para controlo da Internet. A motivação é apresentada como
para defesa dos direitos de autor. Estamos quase a ficar cozidos. Os que dormem
têm que ser acordados!
Segue um vídeo explicativo. Mais tarde darei outras
informações.
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