Não são todos iguais
"no PS muita gente, nos últimos anos andou a encher os bolsos ", "os anos de Guterres foram o pântano".
afirmações de Mário Soares, dia 8, em entrevista à antena 1.
Desde 2007 que o Grupo Parlamentar do PCP apresenta, insistentemente, na Assembleia da República uma proposta para criminalizar a corrupção. Essa proposta não tem sido aprovada por oposição do PS, do PSD e do CDS-PP. Os que encaminharam Portugal para a política de desastre e que têm permitido a corrupção, os escândalos de enriquecimento ilícito que nos tribunais não são julgados muitas vezes por falta de leis severas e adequadas.
Apesar das discussões havidas, das declarações de apoio à prevenção e punição da corrupção e da criminalidade económica e financeira, os partidos da direita não passam das palavras e das intenções. Sabemos bem porquê. Os corruptos, os oportunistas que recebem várias reformas de milhares de euros, os que acumulam ordenados e tachos, são apoiantes desses partidos.
Quem são os corruptos e autores dos escândalos?
É fácil verificar que muitos políticos desses partidos da direita, responsáveis do Governo, titulares de cargos públicos e de Empresas Públicas, para além de terem rendimentos acima do que é razoável, apresentam proventos e património muito superiores aos que são licitamente obtidos.
A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, obriga os Estados a introduzir o crime do enriquecimento ilícito na legislação.
É público e notório o fenómeno da corrupção. A falta de vontade política o combater é um escândalo. Pedem-se sacrifícios aos trabalhadores, para solucionar a crise que não provocaram, e permite-se a grande corrupção e fraudes económicas que roubam ao país muitas centenas ou milhares de milhões de euros.
Sacrifícios para quem trabalha e "benefícios" para os "amigos especuladores"
A criminalização do enriquecimento ilícito tem vindo a ser reivindicada por um movimento cívico de dimensão significativa, que integra jornalistas, especialistas em matéria penal, economistas, agentes políticos, entre outras personalidades com notoriedade pública.
O Grupo Parlamentar do PCP, mais uma vez retomou a iniciativa de apresentar a proposta de criminalização do enriquecimento ilícito e confirmou a sua disponibilidade para analisar todas as formas de combate à corrupção em Portugal, mostrando que os Partidos não são todos iguais. Vamos ver qual vai ser, desta vez, a posição dos partidos da direita, tão céleres a impor sacrifícios aos que têm baixos rendimentos e sempre cegos, surdos e mudos na penalização dos seus "amigos corruptos".
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