18 de maio de 2011

Assentar ideias e conceitos

A história e a evolução da política, da economia e da sociedade

Com base num trabalho do Professor de Economia Ricardo Bergamini, compilei este texto simplificado (que está mais completo em "Conceitos"):

O Modo de Produção

O modo de produção e de troca é base de toda a estrutura social. E a economia é o factor fundamental no desenvolvimento da História. Todos os acontecimentos políticos, sociais e intelectuais – são, pois, determinados por factos materiais, sobretudo económicos (as relações de produção e troca entre os homens). Não é a filosofia, portanto, mas a economia de cada época a causa de todas as mudanças sociais e de todas as revoluções políticas.

A Luta de Classes

A luta de classes é um facto e uma fatalidade histórica (senhores e escravos; patrícios romanos e plebeus; barões e servos; nobreza feudal e burguesia; capitalismo e proletariado, foram os interventores nas várias épocas).

A Mais–Valia

Só o trabalho cria riqueza. O capital nada cria; ele próprio é criado pelo trabalho. O trabalhador não recebe o total da sua produção. Há uma diferença entre o que ele recebe e o que ele produz.
O que o trabalhador recebe, salário (o suficiente para a manutenção e reprodução do trabalhador) é muito menor do que o valor criado (ou acrescido) pelo trabalho. Essa diferença, da qual se apropria o capitalista, é a mais-valia.
Com a evolução tecnológica, das máquinas, aumenta consideravelmente a mais valia do capitalista. O trabalhador com o auxílio das máquinas produz muito mais em menos tempo e recebe em troca uma pequeníssima parte da mais valia que criou.


A Propriedade privada dos meios de produção

O valor do produto não é uma relação directa com o número de horas de trabalho. O capitalismo, permite que o proprietário dos meios de produção, máquinas, etc. se aproprie dessa mais valia enorme - entre o salário do trabalhador e o valor criado pelo seu trabalho.

O número de horas necessário para produzir o que é possível comprar é cada vez menor. Daí o aumento do desemprego uma vez que o capitalista não abdica de baixar o número de horas de trabalho na mesma proporção em que estas se reduzem pela ajuda das máquinas.
O capitalista prefere que haja desemprego para poder, ainda, baixar os salários, ganhando de duas maneiras o que lhe aumenta as mais valias de uma forma elevadíssima.

A Crise do capitalismo

Não se trata, apenas, da exploração e da injustiça. A mais-valia é o que a sociedade poderia usar para benefício comum, para um mundo melhor. 

O trabalhador não ganha o suficiente para comprar o equivalente ao que produz. Logo, os artigos de consumo produzidos pelos trabalhadores se acumularão e não encontrarão compradores. É esta superprodução que provoca as depressões, ou crises, criadas pelo sistema capitalista.
As crises produzem a miséria e esta, por sua vez, produz as revoluções sociais.


29110519_banner.gif

2 comentários:

  1. Aqui está uma explicação objectiva e acessível das relações capital-trabalho.

    ResponderEliminar
  2. Bom dia, camaradas! Hoje esfolámos um Coelho e fizemos sangue: logo à noite há arroz de cabidela.

    ResponderEliminar