5 de setembro de 2015

Comunismo

Uma lição interessante

Por Rainer Sousa
Mestre em História

Do texto editado em Brasil Escola, publico uma súmula para quem não quiser ler o texto integral no link indicado.

«De forma geral, a maioria dos livros didáticos costuma atrelar o surgimento do comunismo em função da reflexão teórica apontada por Karl Marx e Friedrich Engels. Entretanto, essa ideia de que o comunismo seria fruto de uma mera reflexão de dois teóricos do século XIX pode ser vista sobre outro prisma. Basta compreendermos o comunismo enquanto experiência socialmente vivida e, ao mesmo tempo, buscarmos enxergar traços dessa mesma experiência na fala de outros pensadores».

Na Antiguidade
«O comunismo pode ser compreendido como certo tipo de ordenação social, política e económica onde as desigualdades seriam sistematicamente abolidas. Por meio dessa premissa, a experiência comunista parte de um pressuposto comum onde a desigualdade social gera problemas que se desdobram em questões como a violência, a miséria e as guerras. A intenção de banir as diferenças entre os homens acaba fazendo com que muitos enxerguem o comunismo como uma utopia dificilmente alcançada».

Rainer Sousa fala seguidamente das conjecturas de Platão, dos ideais da Igreja na luta pela abolição das desigualdades, que na Idade Média serviram para a crítica da sociedade daquele tempo e até a defesa da supressão da classe nobiliárquica e a revolta camponesa como mecanismos de justiça social.

A ascenção da burguesia
«No período de ascensão da burguesia mercantil, outros pensadores também se preocuparam em criticar os valores de seu tempo em favor de uma sociedade ideal. No século XVI, o filósofo britânico Thomas Morus redigiu a obra “Utopia”, lançou novas bases onde o comunismo seria vivido por meio de mecanismos que subordinassem a individualidade em prol do coletivismo. Contrariando uma tendência do pensamento renascentista (o individualismo), Morus buscou uma maior comunhão social».
O advento da «Revolução Inglesa» incentivou «práticas comunistas». Diz Rainer Sousa, «Em meio às reivindicações da nascente burguesia britânica, trabalhadores urbanos e camponeses reivindicavam o fim das propriedades privadas e coletivização igualitária das riquezas. Nessa época, um grupo conhecido como “diggers” (do inglês, cavadores) plantava em lotes públicos e distribuía os alimentos colhidos entre a população inglesa».


O aparecimento do capitalismo
«O desenvolvimento da sociedade capitalista trouxe novas inspirações ao pensamento comunista. O auge dessas tentativas de explicação das desigualdades surgiu com os pressupostos do socialismo científico de Karl Marx e Friedrich Engels. Inspirados pela dialética hegeliana e uma interpretação histórica das sociedades, esse pensadores buscaram na realidade material a construção de um argumento que colocou no antagonismo das classes sociais as bases de transformação do mundo».

«Dessa maneira, o socialismo lançou uma ousada proposta de transformação ao buscar na luta de classes e no materialismo histórico, meios racionais de mudança. Segundo o pensamento marxista, as desigualdades seriam suprimidas no momento em que as classes subordinadas tomassem o controle do Estado. Controlando esta instituição teriam a missão histórica de promover mudanças favoráveis ao fim das desigualdades sociais e económicas».

A etapa socialista
«Esse governo guiado pelo interesse dos trabalhadores, ao longo do tempo, reforçaria práticas e costumes em favor do comunismo. De acordo com o pensamento socialista, a real instituição do comunismo somente aconteceria no momento em que o Estado (compreendido como uma instituição de controle) fosse extinto em favor de uma sociedade na qual as riquezas fossem igualitariamente divididas a todos aqueles que contribuíssem com sua força de trabalho».
De uma "aula" de Rainer Sousa
Mestre em História

O texto integral pode ser visto em:
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Comunismo"; Brasil Escola. Disponível em http://www.brasilescola.com/historiag/comunismo.htm. 

Sem comentários:

Enviar um comentário