Um texto interessante de Aníbal Garzón, mostra como os Governos autoproclamados democráticos, manipulam a opinião pública através da comunicação dita social. Garzón compara as alterações constitucionais em Espanha e na Venezuela.
O Governo espanhol vai alterar a Constituição nos artigos 134, sobre a Dívida Pública, e 135, sobre os Pressupostos Gerais do Estado, em favor de novas medidas de ajuste neoliberal para que o défice não ultrapasse 0,4% – "uma medida que afetará as classes sociais mais desfavorecidas, ao privatizarem-se alguns serviços públicos". Diz então Garzón:
"Que a Constituição espanhola seja modificada pelo Presidente Zapatero e os parlamentares da sua formação política, o PSOE, juntamente com os deputados da oposição do PP... sem se realizar nenhum referendo popular, parece que cria uma validade a nível internacional como aprova a própria União Europeia, dado que é uma orientação no sentido da privatização e dos mercados internacionais.
Etiquetas que estamos tão habituados a ouvir nos meios de comunicação social e fazem com que nos pareça que a realidade social e política é tal como o poder a constrói e não tal como é. Da mesma forma que na Líbia os armados são rebeldes, mas, na Colômbia as FARC são terroristas; da mesma forma que o Irão é uma ditadura, mas a Arábia Saudita é uma monarquia tradicional; ou que em Cuba há repressão e em Espanha, Chile ou Inglaterra tentam controlar os antissociais – Zapatero é democrata e Chávez um ditador.
Dialeticamente, as coisas são brancas ou negras, mas o poder simbólico do capitalismo internacional decide de que cores devem ser pintadas. Só faz falta que as lutas populares as repintem".
* Aníbal Garzón é um sociólogo catalão – participa no sítio catalão Kaos en la Red
Porém, se Chávez modificasse a Constituição sem referendo e, além disso, com certos movimentos, para uma economia pública, como nacionalizar entidades produtivas ou pôr barreiras à atividade privada, tanto nacional como internacional, seria um déspota antidemocrático.
Etiquetas que estamos tão habituados a ouvir nos meios de comunicação social e fazem com que nos pareça que a realidade social e política é tal como o poder a constrói e não tal como é. Da mesma forma que na Líbia os armados são rebeldes, mas, na Colômbia as FARC são terroristas; da mesma forma que o Irão é uma ditadura, mas a Arábia Saudita é uma monarquia tradicional; ou que em Cuba há repressão e em Espanha, Chile ou Inglaterra tentam controlar os antissociais – Zapatero é democrata e Chávez um ditador.
Dialeticamente, as coisas são brancas ou negras, mas o poder simbólico do capitalismo internacional decide de que cores devem ser pintadas. Só faz falta que as lutas populares as repintem".
* Aníbal Garzón é um sociólogo catalão – participa no sítio catalão Kaos en la Red
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